CAP. 2 | Imprevisível

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ÁRIES MILLER

Em toda a minha vida me vi sozinho,lutando contra as minhas obrigações e vivendo em encontros arranjados. Tudo para me casar e gerar um primogênito. Mas ninguém me conhece o bastante para saber sobre mim.

Talvez amanhã eu acorde e si quer vou lembrar de todas as memórias boas. E séria bom,mas sei que só estou aqui vivo hoje por conta daquelas memórias. Não consigo me imaginar em um caixão com pessoas ao meu redor chorando, provavelmente a maioria que estará lá,vai fingir choro. Sei que nunca fui amado por todos, principalmente quando me casei,mas ainda sim se minha mulher estivesse viva,ela sim choraria por mim e se culparia por minha morte,mesmo que a culpada não fosse ela.

Se ela e a minha pequena estivessem aqui hoje,concerteza, seríamos uma família feliz. Eu faria de tudo para ver as duas felizes,abriria mão de tudo, só para tê-las ao meu lado novamente.

5 Anos atrás

— Anda logo Áries — ela disse ofegante,rindo da situação que eu me encontrava. — por que insiste em vir correr comigo,se você não aguenta nem 10 minutos?

— Por que eu te amo Angel, e não vou te deixar ir embora tão cedo — revelei, parando para descansar.

— Porque parou? - ela perguntou,ignorando totalmente o que eu disse.

— Estou descansando  - respondi, trazendo-a para mais perto.

— Você sabe... — ela disse em um tom baixo, olhando para meus lábios

— Eu sei?... — Sim. Eu sei.

— Por que insiste em algo que não pode acontecer? — ela pergunta com os olhos marejados.

— Às vezes me pergunto se deveríamos ter nos permitido chegar tão longe, sabendo que o final seria tão doloroso. — ela disse entre lágrimas.

— Eu sei que isso dói, de verdade. Não queria que isso acontecesse, por que tínhamos que nos apaixonar? — as palavras afiadas dela,eram como facadas em meu coração.

— Acho que o coração não entende de lógica, só segue seus próprios impulsos, mesmo que seja para o nosso próprio prejuízo. — digo com um nó em minha garganta.

— E agora, o que fazemos? Continuamos seguindo esse caminho duvidoso, sabendo que no final só haverá mais dor? — ela pergunta.

— Não sei ao certo. Mas uma coisa é certa: não consigo imaginar minha vida sem você. Mesmo que isso signifique que devemos enfrentar essa dor juntos.— disse,e logo em seguida a puxo para um abraço caloroso.

Anos atuais

O que aconteceu para isso se tornar algo proibido? Não somos Adão e Eva,e muito menos vivemos em uma era medieval. Então por que?...

Em toda a minha vida, tenho lutado contra as expectativas impostas sobre mim, tentando encontrar meu próprio caminho em meio ao caos. Mas às vezes me pergunto se estou apenas dançando conforme a música de um destino já traçado.

Quem sou eu, afinal, para desafiar as convenções? Será que estou destinado a seguir o mesmo caminho que tantos outros antes de mim trilharam, ou posso realmente escolher meu próprio destino?

É como se estivesse preso em um labirinto de escolhas, sem saber qual direção seguir. E se eu escolher o caminho errado? E se me arrepender das decisões que tomei?

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