Capítulo 3

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Mel

A imagem de Ana não sai de minha mente, imagino que seja uma pessoa que não tem noção da realidade, se o antigo terapeuta dela fazia isso, então o marido foi traído inúmeras vezes. O seu prontuário está cheio de pontos de interrogação, sei que tenho muitas coisas para desvendar, hoje é um grande dia para isso, só fico imaginando como que será nossa sessão.

No horário em que ela deveria entrar na sala sou surpreendida pela minha colega, seus olhos encontram os meus e ela sorri, percebo que não se sente muito à vontade. Começo a me aproximar dela quando escuto vozes alteradas dentro do nosso consultório.

—  Não me importa se ela está com algum paciente, vou falar com essa mulher agora – exclama um homem completamente irritado.

Camila sorri para mim e entendo que ele está bravo comigo por algum motivo. Me direciono à porta e ela segura o meu braço.

— Eu não iria lá se fosse você, ele parece muito nervoso – comenta.

— Não fiz nada, não devo me esconder – digo.

— Para ele você fez, pois parece que a mulher dele foi embora e deixou uma carta, pelo jeito a culpa é sua – fala e sorri.

Olho-a confusa e saio da sala, vejo um homem de costas para mim, ele usa um terno, fico imaginando que deveria ter cobrado mais pela consulta, já que parece que ganha muito bem. Não confio no que Camila falou, tem apenas alguns meses que atendo meus pacientes, eu estava de férias, não fiz nada para irritar tanto alguém.

O homem continua resmungando, observo minha colega a sua frente parecendo desesperada, sorrio e direciono toda a minha coragem para este momento.

— Posso ajudar? - indago, minha voz sobressai e ele se vira para me encarar.

Quando nossos olhos se encontram, tudo o que consigo fazer é lembrar da boate, o meu corpo reage instantaneamente assim que o seu olhar passa por ele, no momento em que finalmente fixa em meus olhos sei que se sente da mesma forma. Ficamos nos encarando por alguns minutos e as meninas nos olham curiosas, percebendo que ele não tomara iniciativa, decido tirar um pouco mais de coragem de  dentro de mim.

— Podemos conversar na minha sala? - questiono e encaro o papel que esta em sua mão.

O homem delicioso abre os lábios para dizer algo, mas não escuto um único som, viro-me e começo a andar esperando que ele me siga, caso contrário não conseguirei resolver essa questão. Meu coração esta cada vez mais disparado, quem será a mulher dele? Por que viria atrás de mim por causa dela? Tem tantas perguntas em minha mente que só percebo que está atrás de mim quando ouço-o trancar  a porta.

Respiro fundo e viro-me, seus olhos estão tão curiosos como os meus, vejo o mesmo desejo que vi na boate. Ele coloca a carta em cima da mesa e se aproxima de mim, vejo que em sua camisa tem alguns botões abertos, quero abrir mais, quero tê-lo completamente nu.

Conforme ele caminha até mim, não me movo, algo me obriga a ficar colada no chão, assim que para em minha frente suas mãos tocam o meu rosto e antes que eu possa falar alguma coisas seus lábios tomam os meus com um desespero muito parecido com tudo o que estou sentindo agora, retribuo o beijo permitindo que sua língua invada minha boca, deliciando-me com a sensação que causa em meu corpo.

Suas mãos deslizam pelo meu corpo, acariciando-me, apalpando-me, faço o mesmo e começo a abrir sua camisa, ele não coloca nenhuma objeção, conforme vou tirando sua roupa o homem misterioso tira a minha, quando estamos nus ele se afasta de mim e encara o meu corpo, seus olhos veem ainda mais de mim, o seu prazer me deixa convencida de que sou a mulher mais linda do mundo.

Quando para de me olhar, me pega no colo e me leva até a minha mesa, colocando-me deitada ali, seu corpo é inclinado ao meu, seus lábios que antes devoravam os meus, agora devoram o meu corpo, beijam meus seios e os sugam como se tivesse realmente sentido falta disto, começo a gemer baixinho não quero que ninguém nos escute.

Ele vai descendo pela minha barriga chegando a minha boceta que está completamente molhada esperando desesperadamente por ele, seus lábios não demoram para me devorar, meu clítoris inchado implora por mais, coloco minhas mãos em meus lábios no momento em que um orgasmo delicioso liberta-se em seus lábios. Sinto-o sugando-me conforme gozo e isso apenas aumenta minha intensidade e desejo.

Quando finalmente para, afasta-se e vira o meu corpo deixando-me de barriga para baixo, escuto-o colocar a camisinha e me ajeito na mesa, apoio os meus pé no chão deixando os meus seio bem acomodados na madeira maciça, escuto quando vem até mim, ele ajoelha e volta a me chupar, agora penetrando-me com sua língua, sinto um prazer ainda maior invadir-me, no momento em que finalmente para fica de pé e me penetra com o seu membro que parece ter sido feito para mim, sinto-me completa.

Suas investidas são desesperadas, uma de suas mãos segura o meu quadril e a outra puxa o meu cabelo. Não poder gemer parece um tanto injusto já que este é de fato o homem mais gostoso que já esteve comigo, sem me importar mais começo a gemer de forma desesperada, meus gritos ecoam pela sala e isso parece animá-lo, pois começa a bater com força em minha bunda aumentando ainda mais o prazer, ele geme tanto quanto eu, nossos corpos necessitavam deste contato, agora percebo que sentiu minha falta da mesma forma ou ainda mais do que o tanto que senti a dele.

Sinto o seu gozo forte invadir-me, isso é o suficiente para trazer um novo orgasmo para mim, mais forte e intenso do que o outro, seu gozo aumenta ainda mais conforme minha vagina o aperta dentro de mim, nossos gemidos se acalmam, sinto-o sair de dentro de mim e isso faz uma sensação de vazio me dominar, assim que ele se afasta levanto-me e viro-me vejo que está vestindo suas roupas e faço o mesmo.
Agora, quando estamos devidamente acomodados, sento-me em minha poltrona costumeira e ele no sofá, seus olhos me encaram como se nada tivesse acontecido, faço o mesmo, embora por dentro tudo esteja ardendo.

— Qual o seu nome? - indago.

Ele parece ponderar, não sei por que não quer falar quem é, no entanto não acho que podemos continuar com isso sem nos apresentarmos. Após alguns segundos seus lábios me surpreendem.

— Andrei – murmura.

Encaro-o boquiaberta, será que é o terapeuta? Ou nunca existiu um?




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Será que esse nome é coincidência?
Comentem as suposições de vocês.

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Até o próximo capítulo

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