Mel
Já faz uma semana desde que Ana apareceu para uma sessão e desde então não consigo tirá-la da cabeça, tem algo tão familiar que me faz pensar que já a vi em algum outro lugar, por outro lado o homem da noite da boate, não se distancia de minha mente.
Penso se isso é de fato um castigo, começo a me analisar para descobrir o que ele despertou em mim, no entanto, sempre que o coloco em minha mente, acabo com a mão no meio das minhas pernas, completamente excitada, com os olhos fechados imaginando que me segura contra a parede, é como se estivesse em um ciclo vicioso que é este homem que não conheço.
Seus olhos encarando-me, a forma grosseira que me encara, como se eu realmente fosse dele. Desejo ardentemente ter os seus olhos em mim novamente, quero ser apenas dele e o que me espanta é que jamais me senti dessa forma. Mudo meus pensamentos e faço algumas anotações, em seguida pego o prontuário de Ana, faltam trinta minutos para que a mulher chegue e eu preciso estar preparada de alguma forma e não pensando em como seria delicioso ser dominada, por um homem que apenas me usou.
Os minutos passam rápido o suficiente, e nada para ser bom o bastante para chamar minha atenção e me fazer esquecê-lo, estou viciada em um cara que jamais irei encontrar, isso é terrível. Já pensei em procurá-lo nas redes sociais, mas isso foi inútil, não sei ao menos o seu nome, e se eu o encontrasse o que faria? Iria me humilhar para ele me comer de novo? Sim, provavelmente era isso que faria, não preciso de dignidade, necessito dele no meio das minhas pernas.
— Mel – chama minha colega no momento em que abre a porta. — Ana chegou, posso falar para ela entrar? - indaga e sorri.
Retribuo o sorriso, tentando ao máximo conter minha excitação, se eu continuar assim terei que ir ao banheiro.
— Claro – falo, me esforçando para disfarçar.
Assim que a garota sai, arrumo minha mesa rapidamente e vou me sentar em uma poltrona, deixando um sofá grande e confortável disponível para que ela se sente ou deite. Os biscoitos e o chá estão na mesa de centro, antes que eu possa respirar novamente, Ana entra e sorri parecendo nervosa. A mulher não é mal cuidada, talvez esteja cansada e isso é fácil de ver em seus olhos, contudo ela parece muito bonita e isso faz com que algumas perguntas se formem em minha mente.
Iniciamos com algumas conversas, indago como está e como passou a noite, suas respostas são curtas, ela observa todo o lugar, não se deitou no sofá, é como se esperasse por alguém. Seu comportamento me intriga ao mesmo tempo em que começo a perceber o que passa em sua mente.
— Já esteve em um lugar como este? - investigo.
— Sim, Andrei sempre conversava comigo em um consultório bem parecido com o seu – informa e sorri.
Noto que o Andrei é alguém importante para ela, primeiro por se lembrar dele em um momento tão íntimo, segundo pela maneira que sorri apenas por falar dele, neste momento ela se deita no sofá, de uma forma tão confortável que fico ainda mais intrigada.Sua saia que cobria seus joelhos estão acima da coxa, ela fecha os olhos e uma de suas mãos encontra sua perna assisto-a se acariciar.
— Eu podia falar com ele sobre tudo, todos os meus problemas Andrei resolvia. Sempre me disse que tinha uma maneira diferente de tratar seus pacientes, todos tinham um tratamento especial e exclusivo, o homem gostava de umas coisas diferentes. Assim que eu chegava, ele não estava na sala, mas eu via em cima do sofá uma camisola azul clara e uma venda preta, assim como orientado, eu coloca a venda em meus olhos e em seguida tirava a roupa e vestia a camisola. Quando eu conseguia me vestir de forma adequada, deitava-me no sofá, logo ele aparecia, pedia que eu começasse a falar e enquanto fazia isso, seus lábios tomavam minha intimidade fazendo com que todas as lembranças dolorosas me causassem prazer.
Enquanto conta sua história, vejo sua mão encontrar sua intimidade. Ana começa a se masturbar em minha frente, fico encarando a mulher com os olhos fechados tocar a si mesma, sua respiração começa a ficar cada vez mais ofegante, de repente ela para de se movimentar e abre os olhos, as lágrimas gritantes e controladas impedem que comece a chorar.
Ela vem até mim e pega em minha mão, a obedeço como se estivesse hipnotizada, sigo-a até o sofá e sento-me, a garota volta a se deitar e abre as pernas para mim, mostrando-me que está sem calcinha.
— Faça como ele Mel, leve a minha dor embora e me dê prazer – suplica.
Olho-a como se fosse um dos objetos mais importantes de minha carreira, tudo o que ela me mostrou hoje me dá material para anos, olho para o relógio e vejo que nossa sessão chegou ao fim. Encaro a mulher desesperada em minha frente, e não mudo minha expressão, sinto que irá aprender que o Andrei tinha realmente um método particular.
— Encerramos por hoje Ana, aguardo-a para a próxima semana neste mesmo horário? - indago séria.
Vejo-a se sentar parecendo desconfortável, sei que terá muita coisa para pensar, e refletir é o melhor que pode fazer neste momento. Ela sorri para mim e se despede, respiro fundo assim que sai, encaro a câmera e fico imaginando como dever ser este vídeo, já passei por coisas estranhas na sessão, no entanto está foi para o topo da lista.
Organizo algumas coisas e aguardo o próximo paciente, sentindo-me feliz ele por ser alguém que não quer esse tipo de método em sua análise.
🔥 💣
O que vocês acharam da Ana?
Agiriam como a Mel?
Me contem aí como estão se sentindo após ler esse capítulo...
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Ansiando Por Você
Historia CortaMel, uma terapeuta que leva uma vida tranquila, resolve ter um dia para agir indiferente a todos os seus padrões. Ela acaba em uma balada e tem a noite de sexo mais incrível de sua vida. Ela não conhece o rapaz, e quando descobre que ele é o marido...