único.

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Tossi com a fumaça que saiu do forno no momento em que abri, enfiei minhas mãos lá dentro e tirei dali a pequena torta de maçã, sorrindo satisfeito. Coloquei a comida na mesa e tirei minhas luvas de cozinha, comecei a colocar os talheres na mesa e ouvi a tranca da porta fazer barulho.

Logo a porta se abriu, revelando ser meu noivo.

— Oh! Você cheg....

Fui murchando aos poucos, porque o mesmo nem fez questão de olhar em minha cara e saiu correndo em direção ao nosso quarto. Estranhei pois faziam semanas que eu não via e o mesmo nem me deu um oi. Larguei tudo que fazia e fui atrás dele no quarto.

Parei a frente da porta vendo o loiro juntar roupas na mala, foi aí que me desesperei. Corri na direção dele e fechei a mala, impedindo que ele guardasse as roupas

— O que você pensa que está fazendo?!

O outro murmurou algo irritado.

— Estou fazendo minhas malas, que eu já deveria ter feito há muito tempo. — Massageou as têmporas. — Eles querem que eu vá para Nova York.

Franzi o cenho surpreso e assustado.

— Innie. Eu tenho dito adeus demais, está começando a virar um costume. Não seria melhor ir de uma vez?

Meu mundo caiu, mas não me senti apenas triste, senti raiva.

— O quê?! Você não pode ir! Vamos nos casar.... — Me aproximei. — Por favor Binnie, fala para eles...

Implorei e segurei na manga da roupa dele.

— Não posso, meu amor. — Fez uma pausa e segurou em meu rosto. — Você sabe a verdade, eu prefiro ficar aqui abraçado com você do que pegar aquele avião maldito.

O loiro me puxou para um abraço apertado e eu desabei em lágrimas, molhando a roupa inteira dele. Ele bagunçou meus fios castanhos e deu um beijo no topo da minha cabeça.

— Tem muitas coisas que eu queria te dizer agora, mas talvez por agora o melhor seja um adeus.

Eu me mantive calado, apenas engolindo suas palavras duras.

— Você diz que eu sempre estou saindo e que não gosta de dormir sozinho. Mas eu prefiro ir embora de uma vez do que te aquecer por apenas algumas noites antes de ir embora novamente.

Ele me soltou do abraço e pude me sentir esvaziando aos poucos.

— Porém o carro está lá fora.... — Olhou através da janela. — Mas eu realmente não quero ir hoje.

Eu esfreguei o rosto limpando as lágrimas e segurei na roupa do menor, o impedindo de fazer qualquer coisa.

— Eu não vou entrar naquele carro, a não ser que você me deixe fazer as malas, irei com você! — Insisti.

O outro negou com a cabeça e eu continuei insistindo, abriu a boca para dizer algo mas eu o impedi.

— Eu cansei de te amar de longe e nunca estar onde você está. — Funguei. — Eu realmente odeio seu emprego.

O loiro pareceu não conseguir se segurar e me agarrou, me abraçando com muita força. Retribuí o abraço soluçando muito.

Pude ouvir seu celular vibrar várias vezes, tentei pedir para que o outro atendesse, mas ele me impediu de me comunicar. Depois de um longo tempo nos separamos e ele alcançou o próprio celular no bolso.

Apenas olhou por alguns segundos e guardou novamente no bolso.

— Meu chefe tem me ligado muitas vezes, mas eu não vou hoje.

Um pequeno resquício de sorriso apareceu em meus lábios.

— Eu não suporto te deixar aqui sozinho... Foda-se eles, foda-se o carro e foda-se Nova York.

Sua fala me arrancou uma risada fraca e corri para abraçar o mesmo com muita força.

— Obrigado.

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Car's outside | 𝗝𝗲𝗼𝗻𝗯𝗶𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora