Capítulo 04

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~atualidade~

03 janeiro
6:00

A época natalícia finalmente chegou ao fim, e agora a tão aguardada jornada universitária está prestes a começar.

O que mais me motiva, e enche de entusiasmo, é a perspectiva de rever a minha melhor amiga.

— Menino! Bom dia! Aqui está o seu pequeno-almoço habitual.

— Bom dia, Clara. Como está? — respondo, ainda sonolento.

— Estou bem, menino. Coma para ter força para o dia! — diz Clara, saindo do quarto.

Após o pequeno-almoço, levanto-me e vou até à casa de banho do quarto, onde lavo o rosto no lavatório.

Escovo os dentes e logo ouço o cabide com a minha roupa universitária sendo pendurado no guarda-fato.

Visto-me, sentindo que a roupa me cai perfeitamente, sem querer ser pretensioso.

O meu telemóvel toca e atendo prontamente.

~chamada on~

— Importas-te de dizer aos teus seguranças para me deixarem entrar? — diz Inês, um tanto irritada.

— Ahahah, eu já desço. — respondo com humor.

~chamada off~

Desço as escadas e sou imediatamente recebido por gritos vindos da parte exterior do palácio. Ao sair para investigar, vejo os meus seguranças discutindo com os seguranças da Inês.

Assim que chego à porta, todos os meus seguranças se colocam em posição, fazendo-me continência.

— Posso saber a que se deve todo este barulho? — pergunto, sério.

— Senhor, estávamos apenas a fazer o nosso trabalho. — dizem os seguranças.

— Fizeram-no muito bem, mas esta confusão toda foi desnecessária. Há um botão vermelho em ambas as paredes que serve para me chamar. — digo, repreendendo-os.

Olho para a Inês, que ri desalmadamente. Agarro-a pela mão e levo-a até ao meu quarto.

Ela insiste em cumprimentar todas as empregadas do palácio, mais de 30. Após o momento de felicitações, ela joga-se na minha cama, que sempre adorou.

— Math, tens falado com o Italiano?

— Tenho... — sorrio.

— Posso saber o porquê desse sorriso?

— Acho que estou a gostar dele... — digo, de cabeça baixa.

Inês grita, dizendo que sempre soube e quer fazer aqueles vídeos fofinhos que vê na internet. Eu argumento que sinto que o meu amor por ele não é recíproco. Ela ri-se da minha cara, debochando.

Termino de me arrumar e saímos no carro de segurança máxima direto para a universidade. Ao chegar, os seguranças abrem a porta para mim. Saio usando calças cargo, um moletom branco, um cachecol, óculos pretos e sapatos pretos.

Dou-lhe o meu braço e caminhamos até a entrada da universidade, cercados por telemóveis apontados para nós e seguranças impedindo que nos incomodem com pedidos de fotos ou autógrafos.

Após essa entrada cansativa, seguimos para os nossos aposentos na universidade, tentando causar o mínimo impacto possível. Enquanto Inês trabalha no seu computador, dou uma volta no dormitório e dou de cara com ele... o Italiano.

Ele me abraça com seus braços fortes, prendendo-me contra seu incrível tronco. Após aquele abraço quentinho naquela manhã fria, ele me convida para sairmos à noite.

— Primeiramente, o que fazes aqui?

— Estou aqui a estudar também. — diz ele.

— Hrum, pensei que era para me veres.

— Ah, isso também. Ahaha. Mas aceitas?

— Não estou para eventos.

— É uma coisa simples.

— Ok, eu vou.

Ele abraça-me novamente e vai embora, todo feliz. Ao chegar ao quarto e contar à Inês, ela sorri, tentando disfarçar, o que me chama a atenção. Talvez saiba de algo.

Quando a noite se aproxima, Léo (o Italiano) chega para me levar ao nosso "encontro". Viajamos no seu carro luxuoso por longas estradas escuras. Após um tempo, ele encosta e coloca-me uma venda nos olhos.

Ele desce do carro, abre a minha porta, segura minha mão com delicadeza e guia-me. Após alguns minutos, ele ordena que eu suba em algo, o que faço sem medo, pois confio nele.

Logo uma música romântica soa ao redor. Ele ordena que eu retire a venda. Ao fazê-lo, vejo-o ajoelhado diante de mim, com uma caixa contendo um lindo anel de diamantes.

Olho ao redor e vejo que estamos dentro de uma canoa em um lago, decorado com rosas e luzes sobre a água que brilham junto com a noite estrelada.

— Sei que não nos conhecemos há muito tempo, mas o pouco que foi, bastou para saber que tu és a melhor pessoa que conheci em toda a minha vida. Quero passar cada minuto dela contigo, ao meu lado. Poder dizer que és meu é o que tenho pensado... Matheos, aceitas namorar comigo?

— Eu... eu...

Fiquei um pouco indeciso sobre o que dizer naquele momento, mas logo aceito.

Ele levanta-se coloca o anel no meu dedo, tudo andava devagar, dos seus olhos corriam lágrimas cintilantes.

Ele agarra o meu rosto, uma mão em da lado. Aproxima o seu rosto do meu, a música soava, ele com os olhos alagados, olha-me. Sinto a sua respiração acelerada.

Uma brisa vem até nos, ele lentamente aproxima os seus lábios dos meus que logo retribuem o gesto.

Um beijo amoroso logo começa, os seus lábios incansáveis devoravam os meus.

Eu coloco uma mão em seu cabelo e a outro por baixo da sua blusa em cima do seu peito e oscilava rapidamente.

Ficamos largos minutos naquela esfera amorosa, até que o mesmo me abraça, acolhe-lhe em seu corpo forte.

Ele acaba por se deitar em cima de uma cama improvisada que havia feito, e eu logo me deito sobre o seu peito onde faço carinho até altas horas da manhã.

Prestes a dormir, ele leva-nos até costa.
Ele agarra-me ao colo levando-me até ao carro.

Eu e ele vamos até à sua casa de praia que se encontrava certamente vazia.
Pois seria apenas uma das dezenas de casas que vão uma vêz por ano.

Entramos na casa, eu viro-me para o mesmo para perguntar se mais alguém sabia daquele pedido mas logo sou silêncio por o seu dedo que desliza sobre a minha boca e logo é substituído um os seus lábios novamente.

Ele encosta-me à parede, coloca um dos seus braços sobre a mesma e o outro acarinhava-me.

Ele leva-me ao colo novamente até ao seu quarto onde ficamos aquela noite mas nunca passando de beijos.

Ao acordar somos recebidos com um escândalo.
O....

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⏰ Última atualização: May 20 ⏰

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