scène 2

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(imagem da tracie e Tasha)

Era uma manhã ensolarada de terça-feira quando [Nome] terminava de se aprontar para o trabalho. Ela se olhou no espelho e suspirou dolorosamente.
Não importava quantas vezes ela tinha feito isso, [Nome] se acostumava. Já estava na hora de retocar a raiz de seus cabelos, que já ficavam cacheados de novo. Depois de novamente, passar a escova e chapinha em seu cabelo. Ela saiu, decepcionada como sempre, mas não tinha muito o que fazer

Lá fora, o mundo ainda lutava para deixar para trás velhos preconceitos, Seu salão era um microcosmo dessa batalha diária. Não era raro encontrar clientes que, ao entrar, ficavam surpresos ao ver que a dona do estabelecimento era uma mulher negra.

Era uma dor de cabeça danada.

Shh...- Malcom puxava o ar entre os dentes enquanto observava a mulher trancando a porta de casa.— Lá vai ela de novo...

Ela usava um vestido branco, com saltos da mesma cor, o que realçava mais sua cor marrom. Os cabelos estavam soltos e voavam livremente com a lebre brisa do dia.

[Nome]!- Disse uma das crianças que jogavam bola ali em frente a rua, ela logo vieram correndo a abraçar.

— Ah, oi!- respondeu um pouco apressada, pois vieram muitas crianças para falar contigo.— Hey, Mark, o que é isso no teu nariz?! Sangue?!- Ela pegou um lenço de sua bolsa limpando o nariz da criança.

— Não liga não tia...- Mark diz se separando dela e limpando o nariz com o próprio braço, logo depois sorrindo.— Foi só o Bruce! Mas foi por acidente!- diz ele como se não fosse nada. Desço fiei.

— Ah... O Bruce?- Ela olhou para frente, onde a poucos metros tinha um campo de beisebol. Algumas crianças brancas diziam algo para uma outra que estava no centro delas. "É isso ai Bruce!" "Mostra quem manda!."

— "Olha lá, meu lindo, que tal mostrares ao Bruce aquele 'redshort' que o tio Malcolm te ensinou naquele dia, hein?"- [Nome] perguntou se levantando. A criança pensou um pouco mas aceitou.— Só que disfarçadamente, ok?- ela acentiu de novo.— Quem ele pensa que é pra fazer o que vem entender com o meu pretinho?- Ele riu sapeca.— Pode ir.

Alguns homens, (seu vizinhos) que estavam olhavam sorrindo. [Nome] era como um sonho para a maioria dos homens negros daquela vizinha. Até de brancos em segredo.

Ou... [Nome], gracinha! 'Cê tá cada vez mais linda hein...- Diz o amigo de Malcom, um meido a gangster, que se achava o dono da parada.

Ela era uma mulher que se destacava por onde passava, uma daquelas figuras que todos conheciam no bairro. Com sua personalidade cativante e seu jeito acolhedor, ela não apenas conhecia, mas também chamava pelo nome todos os moradores locais. Era como se fosse a ligação que unia as pessoas da vizinhança, sempre pronta para um sorriso, uma palavra amiga ou um gesto de ajuda. Seu carisma era tão forte que era difícil encontrar alguém que não a admirasse ou não se sentisse à vontade na sua presença. Ela era o coração pulsante da comunidade, uma presença constante e reconfortante para todos ao seu redor.

[Nome] apenas revirou os olhos sorrindo.

É mesmo! Que gracinha hein! Fiu! Fiu!- Alguns riem, outros sorriem...

E ela, bem, ela sorri olhando para a janela da casa de ambos, só que maldosa.

— A é? Malcom? É dog'ão?- Ela sorri, e as duas mulheres, Morgan e Kelly, aparecem cruzando os braços atrás deles.— Vocês deveriam se orientar e aprender a checar quem está atrás de vocês.- [Nome] volta a caminhar.— Kelly e Morgan! Estão vendo? - Elas sorriem pegando uma, a orelha de Malcom e a outra, a de dog'ão.- Não sou eu que dou passe pro marido de vocês!

The true meaning of a man, to a woman;  Nanami KentoOnde histórias criam vida. Descubra agora