Parte 3 • A História de Carol

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  Esse é um momento de choque e confusão. James fica com uma cara engraçada, de quem não está entendendo direto o que está acontecendo, enquanto Carol sorri para ele sem graça.

— Mas... Como? Quero dizer... Você... Já sabia? E você... — James a questiona.

— Sim... — Carol responde coçando a cabeça.

— E você... Você também tem esse fetiche?

— Sim. Eu sei que não parece — ela ri — mas é verdade. Eu acho melhor explicar pra você como eu cheguei a isso.

  Finalmente Carol tem uma chance de contar tudo o que ela guardou sobre si, durante todo esse tempo. Por anos ela escondeu seus reais interesses, por trás de uma figura que se faz mais bem vista e aceita pelos outros. Eis que ela conta:

"Sabe, desde pequena minha mãe me criou com uma neura de que é inadmissível uma mulher ficar gorda. Na verdade, isso veio do meu pai. Ele sempre foi muito controlador e sempre ameaçou deixar minha mãe se ela saísse do padrão que ele mesmo criou pra si. No fim ele foi embora de qualquer jeito, mas minha mãe manteve alguns de seus defeitos consigo. Me lembro até hoje do dia em que ela plantou essa ideia em mim...
Lembra daqueles biscoitos de chocolate que ficaram bem populares a uns anos atrás? Os BlueCooks? Aqueles que pararam de serem vendidos por serem realmente muito calóricos. Então. Quando eu tinha 9 ou 10 anos de idade, eu viciei neles. Só que me minha mãe reparou que eu estava ficando gordinha e me repreendeu, me proibindo de come-los e dizendo que se eu ficasse gorda, nunca arranjaria ninguém na vida, que uma mulher gorda é relaxada e não passa real respeito."

  Carol faz uma breve pausa, olhando para baixo com certa tristeza, transparecendo que a experiência fora bem marcante.

"Aquilo me marcou bastante. Dali em diante eu sempre regrei tudo o que eu comia. Comecei a caminhar quase todos os dias, até hoje. Entrei na academia no ensino médio e por um bom tempo eu fui bem orgulhosa com o esse corpo que cultivei. Porém, ninguém realmente parecia gostar de mim, mas sim da minha aparência. Todos meninos que eu ficava não sabiam me dizer o que eles gostavam em mim, além do meu corpo, da minha aparência. Sem falar que sempre tinha as patrícias invejosas que criavam rivalidades bobas por isso.
As amigas que tenho hoje são as únicas que considero como verdadeiras, por estarem comigo pelo tipo de pessoa que sou e não pelo tipo que eu pareço ser.
Mas enfim. Foi no ensino médio que eu descobri o fetiche. Ouvi minha mãe falar aquelas mesma frase de novo e isso atiçou minha curiosidade. Então fui ao Google e pesquisei se haviam pessoas que realmente gostavam de mulheres gordas e, é claro, eu encontrei. Eu li sobre e vi vídeos de casais praticando. Achei bem estranho, inclusive, ainda acho algumas coisas do meio bem estranhas, mas ao mesmo tempo fiquei fascinada. As mulheres tendo prazer em comer e felizes, me lembrou o que eu sentia quando mais nova. E eu vi pessoas que amavam as outras, independente do físico. Logo eu descobri em mim o desejo de engordar. Me imaginei gorda várias vezes e a ideias me excitava demais. Eu queria uma barriga gordinha para apertar e brincar."

  Só de ouvi-la dizer aquilo, James já se sentia levemente excitado.

"Mas eu evitei procurar pessoas online. Por que sempre eram pessoas que viviam longe demais e também tinha medo de me envolver com um tarado muito extremo. Não queria me expor a estranhos. Eu queria encontrar alguém no meu dia a dia que se interessasse por isso, ou que não ligasse que eu engordasse um pouco. Também não comecei a engordar por conta própria porquê queria ter a experiência de ter um parceiro para ajudar e apreciar o processo desde o começo, então mantive as aparências até agora.
Mas foi só esse ano, no primeiro semestre de faculdade, que encontrei você. E eu descobri seu gosto em comum por acidente na verdade."

  Agora James até se inclina para frente, para entender como, já que isso era o que mais o intriga.

"Desde o começo eu te achei diferente e interessante. Eu gosto do seu lado artístico e do seu jeito. Me intrigou bastante, ainda mais por você não ficar igual aos outros caras, babando e puxando meu saco por nada. Você é mais na sua e isso me chama a atenção. O que me convenceu de vez que você é a pessoa certa foi em uma das nossas aulas de marketing, semanas atrás, quando usamos a sala de anfiteatro.
Eu me sentei na fileira atrás de você e eu pude vê-lo organizando seus desenhos na pasta, e entre os desenhos eu vi um de uma moça gordinha posando. Meu coração deu um salto naquele momento, porque eu reconheci aquela mulher. Era uma das modelos dos fóruns que vive postando fotos. E mais do que isso! Eu reconheci os seus traços de desenho.
Quando eu voltei para casa naquele dia, vi que eu já seguia um perfil que posta artes de mulheres gordinhas e demais coisas do fetiche com o mesmo traço. E qual não foi minha surpresa ao ver o mesmo desenho que vi na sua pasta postado lá."

  James fica boquiaberto e surpreso. Até um pouco envergonhado.

— Me desculpa por isso e por não ter falado antes... Você deve me achar muito estranha agora...

— Não! De forma alguma! — diz James de repente — Na verdade... Eu acho que nunca estive tão feliz, por finalmente encontrar alguém que compreende meus gostos.

— Então... Você aceita ser... Meu namorado feeder? — Carol pergunta.

  Agora, com tudo muito mais claro e com pensamento bem mais decidido, James responde sem medo:

— Sim!

  Os dois dão as mãos e sorriem de felicidade. Um toque improvável do destino os juntou, após anos em que cada um escondeu seus interesses e desejos.

  Com um pouco mais de conversa, Carol e James já conhecem mais sobre o que cada um mais gosta e menos gosta no fetiche. Por sorte, os dois não são fãs do meio mais "extremo" do fetiche, como alimentação forçada, funil e super obesidade. Aliás, dali eles já planejam um objetivo, uma meta de peso que Carol pode chegar, sem a prejudicar muito e pender pro exagero.
  Como ela é alta, tendo 1,72 de altura, menos de dois centímetros de diferença de James, eles chegam a conclusão que ela pode sim aguentar ganhar bastante peso sem muitos problemas.
  Carol já o convida para ir até sua casa amanhã, para começarem logo sua jornada. Ela diz que não terá ninguém lá e eles terão bastante privacidade.
  Os dois mal podem conter a felicidade. Pela primeira vez eles se beijam. Um beijo verdadeiro e longo.

  Ao saírem do café, Carol se despede dizendo:

— Até amanhã! — ela dá um beijo de despedida e então chega perto do ouvido de James e sussurra — Eu tô loca pra ver você me deixar enorme.

  Aquilo exita o jovem rapaz de uma forma inacreditável. Ele a vê partir, com rebolado, e contempla seu corpo magro, pensando em como vai ser incrível poder engorda-la.
  É um sonho que está finalmente se realizando.

Carol e James - Minha Namorada Quer ser Gordinha Onde histórias criam vida. Descubra agora