A chegada

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-Acorda! - ouso minha mãe gritando, mas o porque raios ela está me acordando em pleno sábado?

-oque foi? Hoje é sábado, mãe! Me deixa dormi || digo com a voz sonolenta e puxando o coberto que a mesma tinha tirado de mim.

-não, você vai acorda! Finalmente vamos ter gente nova nesse fim de mundo - ela fala.

- E VOCÊ NÃO SABE QUEM! - ela fala muito alto, acho que até a vizinha nova escutou.

-não, eu realmente não sei quem. || digo em um tom de ironia.

- a minha melhor amiga de infância! em toda a minha vida eu nunca imaginaria isso, eu com os meus 31 anos de vida, nunca imaginei que a minha melhor amiga da escola estaria morando do lado da minha casa. || ela fala tão adolescente que as vezes eu esqueço que ela é minha mãe.

-não estou nem um pouco animada, juro || digo levantando.

- e ela tem uma filha da sua idade, tem 17 anos || ela diz.

-nossa, serio? Que divertido! A gente vai poder brincar no meu quarto enquanto vocês vão estar conversando na sala. || digo feliz e ironicamente.

-A! Você é muito desanimada || ela diz saindo da cama.

-não sou, mas você me acordou as 7 da manhã em um sábado! || digo irritada.

-elas chegaram ontem e vão vir almoçar hoje, foi por isso que eu te acordei. || ela diz gritando da escada.

-E oque eu tenho a haver com isso? Não acredito que em pleno sábado você vai trazer estranhos pra cá|| digo gritando.

-você tem que dar um jeito nessa cara e botar uma roupa descente! É isso oque tem haver com você, e ela não é estranha, ela é como uma irmã para mim!|| ela diz gritando e rindo.

-nossa, muito engraçado! || grito.

Levanto e vou até o banheiro que tem no meu quarto ver a minha situação, e realmente eu estava em um estado crítico, meu cabelo estava todo pra cima e sujo, eu estava de pijama e precisando de um banho (lavei o cabelo no dia anterior e tomei banho antes de dormi) eu realmente precisava daquilo tudo? Sim, mas eu não quero ter que lavar o cabelo, porque se eu molho ele, eu tenho que lavar.

Tomo um banho e tento colocar uma roupa confortável, coloco um vestido num tom branco com detalhes azuis, flores azuis bem pequenas, ele tinha mangas bufantes curtas, e ele era um pouco curto e transparente, comprei pela internet e o tecido é meio duvidoso, não dá pra ver nada, ele só marca um pouco.

Desço e já são 9 horas.

-a casa já está arrumada, só falta arrumar a mesa e termina de fazer o almoço. || minha mãe diz.

-mãe, pelo amor de Deus! ainda são 9 da manhã || digo indignada com a sua ansiedade.

-eu quero que seja especial, já tem tempo que eu não vejo ela. || ela diz sorrindo.

Eu olho pra ela e vejo a decepção em seu olhar.

-oque aconteceu pra vocês duas terem se separado na adolescência? || eu pergunto e ela me olha, acho que ela tem muito oque falar pra mim.

-eu era jovem e tive você com 14 anos, antes de eu engravidar teve uma festa de um garoto muito lindo, ela gostava dele, tínhamos sido convidadas e fomos a festa. Nisso, ela ficou com esse menino, eu fiquei com muito ciúmes e não entendia o porque daquilo tudo, ela estava bebada e eu também estava, mas eu botei a culpa nela e fiquei com muita raiva, e ela estava confusa e querendo saber o porque eu estava daquele jeito, e o pior é que eu tinha a mesma dúvida que ela. || ela falou e antes que terminasse o tempo já tinha voado, alguém interrompeu batendo na porta.

-deixa que eu atendo. || eu digo indo atender meio confusa e com aquilo ainda na minha cabeça.

Abro a porta e vejo uma mulher com cabelos loiros enrolados não naturalmente, ela tinha a pele igual a neve e tinha sardas pelo corpo, ela estava vestindo uma calça e uma blusa larga fora do seu padrão de beleza, já gostei dela.

-oi, seja bem vinda! Pode entrar. || digo com um sorriso no rosto.

Ela me olha por um segundo e por um momento é meio constrangedor, mas uma menina atrás dela a cutucou.

-mãe, ande logo || uma voz não tão feminina falou atrás dela, a voz dela era doce, mas não tão feminina, faz sentido?

-ai, perdão! Você cresceu tanto! Está uma mulher, oh meu Deus, não acredito que perdi tantos anos da sua vida Olívia, já está com 16 anos certo?|| ela diz, e nossa! Não teve contato com a minha mãe, mas sabe tanto sobre mim que chega a ser assustador

Riu sem graça e sem saber oque responder.

-É.. bem, cresci. || digo rindo.

-está é minha filha, Ellie || ela diz chegando mais para o lado, já que estava a um degrau a frente e ficando um pouco mais alta do que a filha.

Seus olhos encontram os meus, mesmo com um coque da pra ver que seu cabelo é grande e tem um tom escuro, esta com um óculos meio redondo preto, e está tbm usando um coque despojado, tinha poucas sardas no rosto, tinha um piercing na sobrancelha e estava com uma calça e uma blusa larga quase igual a mãe, mas a diferença é que a mãe estava com uma calça apertada jeans e ela estava com uma calça estilo moletom, e um casaco vermelho escrito "beacon Hills lacrosse" não entendi muito bem, mas achei a combinação perfeita.

-oi, prazer!|| digo meio constrangida, já que ela não falou nada, eu tive que falar alguma coisa pra situação não ficar mais estranha ainda.

-prazer, acho que já sabe meu nome, né? || ela diz com um sorriso pequeno no rosto ainda me olhando.

Elas entraram e minha mãe deu um abraço tão forte na mãe da Ellie, que por acaso se chama mary, o nome da minha melhor amiga.

Durante o almoço elas conversaram sobre tudo, sobre oque aconteceu nesses últimos e longos anos.

E durante essa longa conversa eu sentia os olhares da ellie, sentia seus olhos olhando para os meus, as vezes eu a olhava e via ela olhando para baixo, não estava ficando muito confortável com a situação, mas ela era bem bonita e então os seus olhares meio que ficaram bons.

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A filha da minha vizinha Onde histórias criam vida. Descubra agora