Capítulo 1

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Me pegava com a atenção presa nas gotas que congelavam ao escorrer na janela de meu vagão, a Mudança climática era algo surreal, antes era tudo tão quente vivido e feliz, agora apenas conseguia sentir um frio imenso, a paisagem pálida em tons gelados faziam o momento parecer triste, mas era algo lindo, neve, eu nunca tinha visto neve antes, parece ser tão macia....me sinto envolvida pela paisagem que passava depressa parando lentamente com o fim do trajeto, a porta da cabine se abre e o velho sábio me olha com um sorriso gentil.

— Chegamos querida! — se aproxima estendendo a mão para mim.

— Finalmente....minhas costas doem. — digo pegando em sua mão parando em pé vendo minhas malas.

— Não se preocupe com elas, já tem encarregados que cuidaram disso. — sorri saindo da cabine. — devemos ser rápidos, todos estão nos esperando para comer! — sua voz era média, um tanto serena.

Meus olhos brilhavam a cada passo que dávamos, que lugar diferente! Era tão belo, frio....mas ainda sim belo, cada canto esculpido, a rua as plantas o castelo.....tão incomun, no meu país de origem as coisas eram muito diferentes, era lindo e quente, cheio de cor e vida, temo não me adaptar como desejo a esse novo lugar, ainda assim é mágico!

[...]

O velho irresponsável avia saído na noite passada, nos disse apenas para aguardar sua chegada no dia seguinte, já faziam cerca de 30 minutos que esperávamos sua entrada no salão, e nada.
O que poderia ser tão importante para causar esse atraso, o amaldiçoava em murmúrios quando as portas foram abertas, o homem entrou parando direcionando seu olhar a alguém, " Lary! Lary!" Ele chamou algumas vezes até uma voz doce e suave tomar o salão vasto e quieto.

Pela pouca curiosidade segui o olhar até a voz e então as batidas de meu coração falharam por um minimo momento, uma façe tão delicada e bonita, olhos claros e grandes uma boca carnuda na medida certa o tom pêssego que tinha em seus lábios subiu para suas bochechas redondas e fofas, cabelos negros cumpridos que desciam como caixos soltos e belos, um porte pequeno e indefeso, a pele parecia doce como mel, o tom vivido e delicado parecia ter esquentado aquele lugar frio, sentia meu coração duro como o puro gelo aquecer com a aproximação dela, quanto mais perto estava mais os seus detalhes lindos e incomuns eram notados por mim, Lary.....esse era seu nome, observava aquele chapéu imundo sendo trazido e por um momento orei para ouvir um "sonserina" ser dito em alto e bom tom.

[...]

Chegamos a frente de duas portas enormes, estava tão entretida com a decoração que se mesclava com o imenso corredor que nem percebi elas sendo abertas e o homem adentrar ao salão, encarava os quadros na parede ao lado das tochas e derrepente ouvi meu nome se repetir algumas vezes.

— Lary? Está tudo bem? — parado próximo às portas olhando a menina de forma curiosa. — gostou dos quadros?

— céus...mil perdões! — pega na saia de seu vestido o erguendo andando com passos longos até o velho a frente e arrumando as madeixas desajeitadas que caiam em seu rosto. — sinto muito....a-acabei me distraindo por um momento. — abaixando a cabeça sentindo seu corpo estremecer e suas bochechas corarem ao ver quatro mesas imensas tomadas por muitas pessoas que os encaravam quietos.

— está tudo bem, se fosse minha primeira vez num lugar tão diferente, nem teria passado pelas portas. — diz sereno com um sorriso acolhedor. — agora devemos ir, lá na frente descobriremos qual será sua casa. —estendendo o braço para a menor enganchar.

Tentava não olhar em volta apenas focar no chão a frente, escutava cochichos curiosos, meu coração batia de forma acelerada um nó se formou em minha garganta, apertei o braço do mais velho respirando forte com a sensação torturante de não estar pronta para passar por tal situação, senti uma mão quente ser colada em cima da minha a acariciando de forma calmante.

"Querido professor Snap"Onde histórias criam vida. Descubra agora