🦋 7th Time Loop - VOLUME 04 🦋

Capítulo 02

Autor (a): Touko Amekawa

O LÍDER DA TROPA DE CAÇA DE RISHE em sua quinta vida sempre tinha um sorriso ambíguo no rosto. Com cerca de vinte anos de idade, embora ninguém soubesse se essa era sua idade real, ele era bonito e alto, mas não o suficiente para se destacar. Seu cabelo cortado era de um castanho comum, feito por uma tintura especialmente elaborada que danificou seu verdadeiro cabelo loiro alaranjado — embora ele o passasse por "frizz natural".

Ele costumava encarar as pessoas com seus olhos amendoados, mas sabia exatamente quando interromper, sempre contornando a linha entre amigável e familiar demais. Todas essas características o tornaram popular entre as mulheres, mas ele tinha muitos segredos e não havia sinceridade em nenhum de seus relacionamentos.

— Eu? Ah, eu não amo nenhuma delas. Mas você está linda como sempre, Rishe.

Muitas vezes ele fazia comentários irreverentes como esse com um sorriso completamente insincero. Mas a irreverência não era reservada apenas para dar em cima de Rishe; ele dava ordens ridículas a seus homens com o mesmo tom, a mesma alegria desconhecida e casual.

— A presa percebeu que a estamos cercando? Bem, não importa. A esta altura, é uma caçada fácil. Basta acabar com ela antes que escape e venceremos.

Em contraste com sua atitude frívola, ele era incrivelmente apaixonado por seu trabalho. Ele usava muitos nomes, mas nunca o seu verdadeiro. Entre Rishe e sua tropa, ele se chamava "Raul".

Ao voltar para a pequena cabana e ver Raul sentado na cama, Rishe gritou:

— Raul! Você não está planejando caçar nesse estado, está?

Seus companheiros estavam todos perdidos. Raul deu de ombros, com um tom de desprezo.

— O que foi isso, Rishe? Somos praticamente uma família, então espero que você diga "Estou em casa!" quando entrar, certo?

— Não mude de assunto! Você tem uma costela quebrada! Não está em condições de se mover!

— Está tudo bem, está tudo bem. O analgésico que você me deu está funcionando. Sinto que posso fazer qualquer coisa agora. — Raul sorriu, encolhendo os ombros e vestindo sua jaqueta de caça habitual. — Essa é a nossa deusa da sorte! Sempre melhorando com o arco, se sentindo em casa na floresta como se tivesse nascido aqui, e você também sabe fazer remédios! Escolhê-la há cinco anos foi a decisão correta.

— Raul. Os analgésicos são para ter um sono reparador, não para se esforçar quando não deveria.

— Vou melhorar se você me der um empurrãozinho.

— Em vez disso, você receberá um pouco de conversa fiada se não for para a cama.

Por alguma razão, Raul sentiu cócegas ao ver Rishe olhando para ele.

— Escute aqui, Raul...

— Mas é um jogo muito bom! Não posso ficar esperando aqui quando uma presa como essa é presa fácil. — Seu sorriso era tão irreverente como sempre, mas seus olhos eram sinceros pela primeira vez. — Sei que não pareço, mas sou muito leal à família real Siguel.