Capítulo 05

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Autor (a):Touko Amekawa

A IGREJA PEQUENA E ABANDONADA havia praticamente desaparecido da memória das pessoas assim que uma maior foi construída no centro da cidade. A estátua de sua deusa havia sido removida e havia uma fina camada de poeira sobre os bancos do salão vazio.

Raul se empoleirou na parte de trás de um banco, com o cotovelo no joelho e o queixo na mão. As cavaleiras de Fabrannia faziam seu trabalho sozinhas, de costas para ele. Raul as observava, ridicularizando-as languidamente.

— Demorou bastante tempo para nos reunirmos, não acha?

Os cavaleiros o encararam como ele esperava.

— Fique quieto. Ao contrário de você, nós devemos seguir as ordens de Sua Majestade.

— Tão tenso! Mas acho que isso não é surpresa. — Raul sorriu e espiou atrás dele. — Você deve fazer um bom trabalho ao matar Harriet ou não conseguirá culpar Galkhein pelo crime, não é?

Harriet sentou-se na plataforma onde ficava o púlpito, com as mãos amarradas atrás das costas e a cabeça pendendo impotente.

— Que insolente. Não se esqueça de que só o incluímos em nossos planos porque você se curvou diante de nós e implorou.

— Ah, sim? Você nem percebeu que eu era uma farsa. Ainda bem que estou do lado de Fabrannia, porque se eu estivesse aqui para salvar a Harriet, nossa...

— Acredito que eu tenha lhe dito para ficar quieto.

Aparentemente, eles estavam dolorosamente cientes de que não haviam reconhecido o Curtis de Raul como uma farsa. Raul riu e olhou em volta da igreja abandonada.

— Bem, tanto faz. Apresse-se e traga o resto de seus cavaleiros para cá. — Havia apenas vinte cavaleiros Fabrannianos presentes na igreja. Devia haver uns dez ainda a caminho. Raul estalou o pescoço e disse em tom de brincadeira: — Afinal, tive uma pequena briga com o príncipe herdeiro de Galkhein. Vou precisar que o grupo de vocês me proteja até que eu possa fugir para Fabrannia!

— Hmph. É típico de um caçador ser um maldito covarde.

— Isso é um pouco exagerado, você não acha? Eu não era parte integrante de seu esquema de sequestro?

Ele sabia que não deveria levar seu assédio longe demais. Sob os olhares de ódio deles, Raul desceu do banco e foi até Harriet. Ele se ajoelhou na frente dela.

— Harriet. Você está chorando?

— Raul... por que você está fazendo isso?

Harriet olhou para ele, tremendo, e Raul ficou surpreso ao ver que, embora estivesse assustada, ela não estava chorando.

Bem, eu estou surpreso. Eu tinha certeza de que ela estaria branca como papel e chorando muito.

Ele se certificou de que sua expressão fosse fria e não revelasse sua surpresa.

— Essa frase é minha. Por que você traiu Fabrannia? Dar as moedas que o Rei Walter lhe confiou àquela garota... Você achou que ela veria o que eram e a ajudaria? — Até Raul ficou surpreso com aquela atitude. — Que garota má você é. E você deveria ser uma princesa! Você sabia que, se fizesse isso, Fabrannia não protegeria mais Siguel e todo o país estaria em perigo, não sabia?

— Urgh......

— Quero dizer, tudo o que Siguel tem a seu favor é a sua casa de apostas. Ela precisa da ajuda de seus aliados, que são liderados por Fabrannia. Portanto, se Fabrannia se voltar contra ela, será o fim para a pobre Siguel... e nós, "caçadores", somos apenas um grupo de mercenários. Não somos cavaleiros que juraram fidelidade a você ou algo assim.

🦋 7th Time Loop - VOLUME 04 🦋Onde histórias criam vida. Descubra agora