Hello meus ávidos leitores, sentiram saudades?
Eu resolvi desengavetar esse conto que estava há muito tempo guardado entre meus escritos. Não é uma mera história de amor como as outras, essa aqui é uma tragédia para nos fazer refletir...
Refletir sobre a visão de mundo. Refletir sobre nossa empatia. Refletir sobre nossas atitudes.
Esse conto é bem curtinho, porém bastante polêmico, acima está localizada a música tema que deu nome a essa história. Resolvi publicar ele inteiro para não ficar nada pendente.
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Era uma vez.... Um garoto chamado Armando Pieni, 19 anos, nascido em Brasília, no Brasil, cabelos castanhos e rebeldes, magro, pele pálida, seus olhos também eram castanhos. Um garoto alegre, mas tímido e, de certa forma, carente de atenção e afeto. Mas, ao frequentar festas, ele muda totalmente a personalidade, torna-se extrovertido e ótimo dançarino. Quem podia imaginar isso? Ele gostava de namorar sério com as meninas. Era um garoto inocente e romântico por natureza, escrevia histórias, poemas, cartas; amava ler e ouvir música.
Enfim...
A história que vou lhe contar, querido leitor, não é apenas uma história, trata-se de uma tragédia; Um conto, um amor que foi desperdiçado por aqueles que, muitas vezes, acreditamos ser "nossa alma gêmea". Mas que só nos decepcionam e acabam por nos transformar irreversivelmente.
Antes do presente
Certo dia, seus colegas da escola o chamaram para uma roda de amigos que ia ter num dos parques da cidade de Brasília, mesmo relutante ele foi. Chegando ao parque, ele sentiu aquele ar puro e gelado em seu rosto, os pinheiros brilhavam sob a luz do sol, afinal era de tarde. Um dos seus amigos, o Thomas, veio puxá-lo para onde estava o restante da turma; Armando conhecia todos ali, exceto um. O garoto que tinha os olhos focados na conversa, cabelos negros e olhos castanhos, já que aquele garoto vestia-se como um menino rico. Armando ficou meio incomodado com a presença daquele ser ali.
-Gente, olha só quem está aqui. – falou Thomas, apontando para Armando.
-Armando!!! – a turma foi abraçar o garoto, exceto aquele rapaz com ar orgulhoso, o olhar de desprezo dele era evidente. Armando evitou olhar para a face daquele ser que o tratava com tamanha repulsa. As horas foram passando e os jovens se divertindo naquele parque, na hora de ir embora, uma surpresa.
-Tchau, Armando! – disseram todos.
-Tchau, pessoal!
-Ei, prazer em conhecê-lo, sou Paulo. –disse o aquele mesmo garoto que antes tinha o olhar de desprezo, agora possuía um semblante ameno.
-Prazer, Armando.
-Já sabia. – o tom de ironia era evidente.
Aquelas palavras irritaram o garoto e ele acelerou o passo e Paulo tentou acompanha-lo.
-Ei, me espera. – dizia ele inconformado porque o outro estava andando apressadamente. – Desculpa se disse algo que não devia, seu estressadinho.
"Esse garoto me paga por tamanha afronta!", pensara ele indignado com as ironias do outro; esperou até que o outro o alcançasse para continuar seu caminho.
-Agora eu lembrei de você! – disse o garoto ao analisar mais atentamente Paulo.
-Como?
-Eu te conheço! Você que é o primo do John, ele estuda comigo, te vi na casa dele semana passada. – disse Armando.
-Não me diga. – ironizou Paulo, Armando o ignorou. – Você é um idiota.
-Ei, não me chame de "idiota", você é tremendo babão do seu primo. – ironizou Armando – Aposto que vocês têm relações bem mais profundas. – Paulo mostrou um olhar de desapontamento e, em seguida, repulsa.
-Como se atreve a dizer tamanha bobagem?
-Basta não me provocar, idiota.
-Tô nem aí, estressadinho.
Armando virou a face e prosseguiu seu caminho, Paulo vinha logo atrás com a cabeça baixa. Os dois mal se conheceram e já estavam se engalfinhando como gato e rato. Eles se encontravam pelas ruas, mas nenhum falava com o outro, agiam como se fossem desconhecidos. Mesmo quando estavam na casa de John, evitavam contato.
E, mesmo apesar deterem começado com o pé esquerdo, os meses e alguns anos se passaram...
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Monstro
Historia CortaEra uma vez.... Um garoto chamado Armando, 19 anos, nascido em Brasília, no Brasil, cabelos castanhos e rebeldes, magro, pele pálida, seus olhos também eram castanhos. Um garoto alegre, mas tímido e, de certa forma, carente de atenção e afeto. Mas...