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Harry estava tão ansioso pelo sábado que mal podia esperar pela semana acabar. Naturalmente, quando você está ansioso por alguma coisa, o tempo fica mais lento. Toda a conversa sobre a antecipação fazer valer a pena era uma grande besteira. Muito provavelmente alguém inventou isso para manter a sanidade enquanto esperavam.

Às cinco para as sete, ele parou na frente da porta do escritório de Snape e considerando que esta era provavelmente a primeira vez que ele chegava cedo, ele não sabia se deveria esperar até o relógio bater sete ou se poderia bater e ousar perturbar o Professor cedo.

A porta se abriu alguns momentos depois e um Snape levemente irritado disse:

— Não há razão para não entrar, Sr. Potter. Afinal, isso foi obra sua — ele poderia ter parecido irritado, mas Harry não conseguiu afastar a sensação de que era apenas para um show, quando Snape fez sinal para que ele entrasse.

— Como suas habilidades com poções não são tão péssimas como costumavam ser, você pode começar cortando a raiz de valeriana. E Sr. Potter — ele olhou incisivamente para Harry como se dissesse que ao primeiro sinal de uma bagunça o garoto sairia pela porta antes de dizer 'Quadribol'. Como se fosse um privilégio cortar e fatiar e tudo mais. — Certifique-se de que as peças estejam iguais. — Com isso ele decidiu criar o que parecia ser a base para a poção.

Harry suspirou. O que ele esperava, afinal? Mas ele seria amaldiçoado se estragasse tudo, então pegou uma faca e se certificou de cortar os pedaços de modo que parecessem um com o outro. Ou o mais próximo possível.

Depois de alguns minutos, houve uma batida na porta. Harry continuou trabalhando na raiz, parabenizando-se silenciosamente pelo quão bem estava indo e ouviu Snape dizer:

— Entre.

— Severus! — Mills entrou com um sorriso radiante.

O cara era mais chato que um mosquito. E era apenas o começo do ano letivo!

— O que você quer, Mills? — falou Snape lentamente.

— Pensei em passar por aqui para ver se a detenção do jovem Potter foi cancelada e, com sorte, persuadi-lo a vir beber comigo. — Ele fez uma pausa, nunca olhando na direção de Harry. — Você tem certeza de que o Sr. Potter não será capaz de fazer o que quer que esteja fazendo sozinho? Tenho certeza de que ele não contaria a ninguém se você desaparecesse por algumas horas. — Ele piscou para Snape. PISCOU para ele!

— Sr. Potter? — Harry olhou para Snape. — Você acredita que será capaz de completar a poção de cura sozinho?

Harry balançou a cabeça lentamente.

— Não, professor. — Como se ele não soubesse nada sobre isso, exceto cortar a raiz em cubos. Seguindo as instruções de Snape. Escusado será dizer que mesmo que soubesse fazer a poção, ele não diria isso.

— Aí está, Mills. Por favor, feche a porta ao sair. — Snape voltou para sua poção, sem lançar outro olhar ao professor de DCAT. Harry fez o mesmo e os dois ignoraram a porta até ouvi-la sendo fechada.

— Por que você simplesmente não diz a ele que não está interessado? — perguntou Harry antes que ele pudesse impedir que sua boca se abrisse.

— Perdão? — Snape fez uma pausa no meio do corte e olhou para Harry.

— Sinto muito, não é da minha conta. Vou calar a boca agora. — Harry tentou se concentrar nos cubos, mas podia sentir seu rosto esquentar e se perguntou se algum dia aprenderia a pensar antes de falar.

— A menos que você tenha tido acesso a alguma informação que eu não tive, duvido muito que você saiba o que ele está querendo, Sr. Potter, ou estou enganado? — ele perguntou, zombando.

Suitor  | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora