I Hate You ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ

vinte e seis

Uma semana se passou desde o dia em que eu e Vinnie nos resolvemos. Confesso que as coisas depois daquele dia ficaram um pouco estranhas, mas isso não quer dizer que é ruim. Só é estranho o fato de que antes daquele dia, qualquer coisa que Vinnie me falasse, me irritaria, e depois daquele dia, qualquer coisa que Vinnie me diz, me interessa.

Não sei se é por que ele parou de ser um idiota comigo, ou por outro motivo, mas eu gostei da nossa aproximação.

Hoje ele me chamou para sair, e eu estava terminando de me arrumar quando meu celular vibrou, indicando uma nova mensagem. Era dele, me dizendo que estava me esperando na curva da rua da minha casa, já que por conta do meu pai, ele não pode aparecer na porta da minha casa.

Mandei mensagem de volta quando finalizei minha maquiagem dizendo que já estava indo. Peguei minha bolsa e sai do meu quarto.

— Já estou indo. — avisei meus pais quando cheguei na sala.

Eles estavam sentados no sofá, enquanto assistia alguma coisa que não prestei atenção.

— Vai com cuidado. — disse minha mãe me mostrando um pequeno sorriso. — E se divirta.

— Vai sair com quem mesmo? — meu pai perguntou desconfiado.

— Com a Nessa. — menti na cara dura, sem nem tremer minha face.

Mesmo desconfiado, meu pai não me impediu dessa vez. Sai de casa e andei até onde o carro de Vinnie estava estacionado.

— Boa noite. — disse quando entrei dentro do carro, atraindo a atenção do garoto que um tempo atrás, me irritava profundamente, mas hoje e agora, me causa sensações estranhas na minha barriga sempre que o vejo.

— Está linda, coisa cruel. — ele disse me olhando atentamente com um sorriso nos lábios.

— Você também não está nada mal. — eu disse sorrindo.

— Pode falar que eu estou gostosão. — disse em tom de diversão enquanto piscava o olho para mim. Revirei meus olhos, não conseguindo controlar que um sorriso aparecesse no meu rosto.

— Idiota. — eu disse mostrando a língua pra ele.

— Quem mostra a língua, pede beijo. — disse e eu abri um sorriso convencido.

— Acha que eu sou fácil? Tem que me levar para sair primeiro, e tem que me conquistar muito bem, aí eu penso se você merece um beijo. — eu disse divertida com um tom esnobe, enquanto eu empinava meu nariz.

— Ah, coisa cruel e linda, vou te conquistar tanto hoje, que você com certeza vai querer um beijo meu... — disse e abriu um sorriso malicioso, fazendo eu perceber que iria falar algo besta logo depois, porque eu conheço muito bem o Vinnie. — E não vai ser só na boca.

Sua mão foi parar na minha coxa, dando um aperto na mesma. Senti minhas bochechas esquentarem com suas palavras.

— Cala a boca e dirige, idiota. — eu disse dando um empurrão no seu braço.

Vinnie riu e retirou sua mão da minha coxa, ligando o carro. Ainda com um sorriso no rosto, começou a dirigir e eu simplesmente não conseguia parar de olhar para ele, ainda sentindo meu rosto corado.

Depois de alguns minutos, o carro parou e eu percebi que o lugar que Vinnie me trouxe era uma hamburgueria. O lugar parecia animado, tinha música e era bem iluminado.

Descemos do carro e entramos no estabelecimento, nos sentamos em uma das mesas mais a fundo da hamburgueria e uma garçonete veio nos atender quando nos sentamos. Pedimos dois lanches e uma porção de batata frita.