Alexander acordou com dores em vários pontos do seu corpo.
Sua respiração estava entrecortada e seus olhos ardiam muito. Sua cabeça doía e ele lembrava do beijo de Carion. Os seus lábios estavam quentes ainda. " Não acredito que ele fez isso" pensou.
Abrindo os olhos ficou surpreso pois estava tudo escuro. "Será que estou cego?" perguntou a si.
Ele conseguia vagamente diferente a penumbra da escuridão total. "Como vim parar aqui?".
Alex sentiu o pânico invadir seu corpo. Precisava achar uma saída daquele local então começou a tatear as paredes . Não encontrou nada, porém em algum momento sentiu que a textura era diferenciada. A maior parte do local era feita de rocha bruta, mas havia uma parte feita de algo parecido com madeira. Parecia com uma porta ou um portão. Não havia maçaneta, nem cadeado. Alex começou a bater na esperança de que alguém o ouvisse . Não houve resposta.
Conforme o tempo passava , Alex sentia o ar ficando cada vez mais saturado. Depois da regeneração que ele forçou sua reserva de energia tinha ficado baixa. Ele precisava sair dali, a temperatura estava subindo muito rápido e pelas suas contas em pouco tempo iria lhe faltar oxigênio.
Alex foi até o portão novamente e já estava começando a suar. Com os olhos fechados ele se concentrou em um ponto especifico na madeira e começou a desfaze-la na sua mente.
Ele sentiu o repuxo no estômago e seu nariz começou a sangrar. Em pouco tempo toda a madeira foi retirada em lascas e seus pedaços caiam no chão. Alex deu um passo a frente e abriu os olhos.
O contraste de luz era um pouco mais claro, mesmo assim ainda estava um pouco escuro. Ele percebeu que se tratava de uma caverna. uma lufada de ar bateu no seu rosto. A sensação era estranha e boa.
-Então é você mesmo?!
Alex se virou e viu um cara de estatura médio de porte atlético que usava um colar abarrotado de dentes e no centro um grande cristal azul. As roupas dele eram muito engraçadas e lembravam um homem das cavernas, pois pareciam uma tanga feita de couro.
- Quem é você? - perguntou Alex com uma voz rouca. - E por que me deixou preso?
O sujeito deu uma risada.
Alex se aborreceu.
- Isso não teve graça !- Falou Alex.
- Calma! - falou o sujeito - venha comigo, precisamos ser rápidos.
Alex desconfiou no começo, mas depois foi com ele. O túnel a frente era repleto de estalactites e estalagmites que pareciam lanças gigantes . Aguá gorgolejava de algum local. A sua garganta estava seca e Alex foi seguindo o som até um lago cristalino. Pelo que Alex observou ele havia se formado através das gotas que caiam do teto e fazia um som agradável ao tocar a água.
Ao se aproximarem, Alex percebeu que dentro do lago haviam peixes que cintilavam em várias cores. Em algumas pedras do lago cresciam algumas algas que também brilhavam. "bioluminescência" pensou Alex maravilhado.
-São kamptus... peixes que usam da ilusão para predar algumas especies - disse o sujeito.
Assim que terminou a frase um dos Kamptus saiu do lago nadando pelo ar, espalhando feixes de luzes. Azul , verde, amarelo, vermelho, laranja, roxo e dentre outras cores.
-É melhor você se afastar, geralmente é assim que eles atraem as presas - falou o sujeito enquanto caminhava lentamente para trás.
-Ele me parece muito dócil - Falou Alex estendendo a mão para tocar o Kamptu.
Alex estava rodeado de kamptus.
O terror veio quando eles abriram um sorriso nada amigável. Fileiras de dentes pontiagudos e negros que se estendiam até além da boca, percorrendo o corpo até a cauda.
O sujeito estava sem reação e pálido.
Mais e mais kamptus surgiam de todos os lados. Até mesmo do teto da caverna rodeando-os e expondo seus dentes. Alex recuou sua mão em fazer movimentos bruscos, olhou para o sujeito com movendo os lábios sussurrando "socorro" . O sujeito pegou algo das costas.
Alex viu um arco feito de cristais. Calmamente o sujeito puxou três flechas e começou a mira-las.
Os kamptus faziam um barulho semelhante a gargalhadas.
O barulho do arco retesado deixou os kamptus alertas. De repente Alex ouviu os disparos.
Nos primeiros segundos nada aconteceu.
Os kamptus estava se preparando para atacar e soltavam chiados estridentes.
As flechas cravaram-se em pontos estratégicos no teto.
Um barulho estarrecedor ecoou ao lado de Alex. Tão alto e estridente quanto um trovão. Dezenas de kamptus jaziam no chão com os olhos revirados e totalmente queimados. O sujeito pegou a mão de Alex e os dois saíram em disparada pelo túnel.
Alex sentiu um arrepio com o toque da mão dele com a do sujeito. O sujeito retesou o arco mais uma vez e começou a disparar enquanto eles corriam. Havia um luz forte no fim do túnel da caverna. Alex olho para trás e percebeu que ainda estavam sendo perseguidos.
Os kamptus que restaram estavam cintilando em negro e ficaram fazendo barulhos guturais.
Finalmente no fim da caverna o sujeito atirou flechas fechando a passagem dos kamptus com uma explosão, porém ele e Alex foram arremessados para fora da caverna.
Alex teve de agarrar um rochedo, pois aquela caverna ficava muito acima do chão propriamente dito.
"Estamos muito alto!!" exclamou ele em seus pensamentos.
O sujeito estava ofegante.
- Acho que agora você já pode dizer quem você é - falou Alex escalando o rochedo
- Meu nome é... Roi II, futuro rei dessas terras...
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Fronteiras : O chamado
General FictionGuerras, Armas biológicas, A Ordem, O fuso-dimen... tudo isso vem de encontro com os pensamentos do pobre Alexander. separado dos pais e com uma missão de salvar todo um universo paralelo ao seu, Alex irá passar por altas aventuras e dificuldades pa...