#𝗖𝗛𝗔𝗜𝗡𝗦𝗔𝗪𝗠𝗔𝗡 - Diabos. Criaturas que nascem apartir de qualquer coisa, elas são uma ameaça pra sociedade, mas tendo cuidado podem ser até mesmo uma arma bem usada. Em um mundo onde mortes acontecem diariamente por conta dessas criaturas...
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Fui acordando aos poucos com a claridade que estava no ambiente. Quando eu percebi, estava deitada no sofá, estava tudo tão quentinho. Até estranhei um pouco. Fui abrindo os olhos lentamente, virei para o lado e notei que meu rosto estava em algo meio macio, não entendi muito de primeira, mas quando olhei direito percebi que era o Denji.
Tá, eu não sei como ele estava deitado ali comigo, na verdade, quando olhei eu mal me preocupei. Eu apenas queria levantar, provavelmente ele deve ter deitado ali por ser o cachorrinho carente e querer um pouco da minha atenção enquanto dorme. Eu me levantei, passando por cima dele e colocando minha pantufa. Cobri ele novamente e o empurrei pro meio do sofá, pra que ele não caísse no chão e se machucasse. Olhando pro rosto dele, percebi que ele tem bochechas meio rechonchudas, ele era meio fofo...mas ainda sim era um diabo.
Dei de ombros, fugindo dos pensamentos sobre aquele garoto. Fui em direção ao banheiro, quando olhei a hora ainda era de manhã, um domingo de manhã. Percebi que a porta do quarto do Aki ainda estava fechada, pressumindo que ele ainda estava dormindo. Apenas mudei de roupa e comecei a arrumar o resto da casa, coisa rápida, lavar a louça, varrer o chão e tirar as roupas do varal. Após terminar eu fui passar o café, quando percebi, vi que Denji havia acordado. Ele veio na minha direção. De início, fiquei parada com a xícara na mão, tentando entender o motivo de ele estar vindo ate mim.
O garoto estava coçando os olhos, tentando aliviar o rosto após ter acabado de acordar. Quando eu o olhei, não parecia estar com uma expressão boa. Ele chegou próximo do meu rosto e me deu um peteleco. Aquilo doeu!
- Olha só, da próxima vez quando for dormir, vê se solta minha roupa! Quer me chamar pra dormir era só falar, não precisava me puxar a força... - ele disse, passando por mim e abrindo a geladeira.
De início eu não entendi muito. Apenas me lembrei do pesadelo que tive em relação aos meus pais, tive a impressão de que estava chorando. Eu iria virar para ele, pra retruca-lo, mas da minha boca não saiu nenhuma palavra. Não por que eu não quis, mas sim por que não consegui na hora.
Eu me virei de voltar para o balcão, colocando as maos sobre ele e olhando a xícara de café atentamente, prestando atenção no líquido escuro e como o açúcar derretia nele. Naquele momento, o que me veio na cabeça era se eu iria continuar a viver aquela vida pra sempre. Não quero ser cobaia daquela ruiva oxigenada. Fala serio, quem confia nela? Tá nítido na cara daquela puta que ela só quer fuder com nossa vida. E pra piorar, não tem como fugir dela, tenho a impressão de qualquer lugar que eu esteja ela vai estar junto comigo.
