𝐂𝐀𝐏 𝟖

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A realidade é que naquele maldito dia, eu não fui capaz de fazer absolutamente nada

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A realidade é que naquele maldito dia, eu não fui capaz de fazer absolutamente nada.
Aquele demônio estava me seguindo, dês de que eu saí daquela casa. Se eu soubesse que meus pais tinham envolvimento com eles, nunca teria ficado irritada em saber que morreram por conta do que eles mesmos diziam ser profissionais. Minha mãe era soberba, o lado ruim dela ser assim é que qualquer pessoa na visão dela nunca seria melhor que ela. Meu pai era um homem preguiçoso, nunca tinha tempo pra mim, mas se olhasse pra ele, ele estava ocupado em uma coisa que diríamos ser desnecessário. Uma filha é mais importante que um jogo de Beisebol? Não é?
Só fui saber a verdadeira sobre eles depois daquele demônio. Se Aki não tivesse percebido a tempo eu deveria ter morrido, ele praticamente tirou minha energia vital me mostrando lembranças que eu não queria ter visto. Parece que é dessa forma que ele funciona, quanto mais curioso em relação a ele você for, mais alucinações pavorosas sobre seu maior medo ele te mostra. A questão é que meu maior medo sempre foi a rejeição, rejeição dos meus pais, dos meus amigos, dos adultos, do mundo. Em geral, a rejeição. Busquei alívio dessa pressão em lugares horrorosos. E nem mesmo com isso eu consegui, parecia um ciclo infinito vicioso.

Quando acordei, estava deitada em uma maca, por incrível que pareça, eu sentia tudo. O líquido entrando pela minha veia, ouvia o som dos pássaros do lado de fora da janela, as gotas do soro se movendo no aparelho, os passos vindo do corredor. Talvez eu deveria ter sido mais esperta, mas mesmo que eu não olhasse pra ele, de alguma forma eu iria ceder aquilo. Eu sabia que havia algo errado, mas reagi como se nada 'tivesse acontecido.
Estava sentindo minha cabeça latejar, a sensação de estar levando marteladas na cabeça. Eu sabia que tinha algo errado, eles fizeram alguma coisa comigo. Eu sabia que eu iria morrer, senti meus olhos se fechando no meu último suspiro de vida, como eu se quer estou conseguindo pensar agora?
Lembro que o dia em que aconteceu aquilo era 03 de abril, e agora já é 27 de abril. Por quanto tempo eu dormi? Por que eu tive que perder tanto tempo dormindo? Será que eles estão bem? Bem sem mim? Na verdade, eles estão bem, qual seria a importância da minha presença mesmo? Eles são fortes, e eu não.
Me sentei na maca, olhando diretamente para o chão. Meus olhos ardiam, era doloroso ficar com eles abertos por muito tempo, ainda mais por conta da claridade do ambiente. Uma enfermeira passou por ali, assim vendo que eu estava acordada. Ela correu em direção a porta e parecia estar chamando um médico, queria entender o que eles estavam falando, mas minha cabeça ainda estava latejando. Me levantei da maca e peguei o soro, nem que eu precisasse andar com ele pelas ruas, eu só queria ir pra casa. Estava saindo daquela cabine, quando de repente acabei pousando meu rosto no corpo de alguém, pelo cheiro de geleia, era o Denji. Só de sentir que ele estava ali, meus olhos reagiram e apenas comecei a chorar. Abracei ele tão feliz que mal poderia crer que estava viva pra ver seu rosto novamente. Senti as mãos dele passeando pelas minhas costas e me abraçando levemente, o conforto delas me trazia alívio. O sentimento de angústia foi embora assim que ele chegou. A enfermeira chegou na sala com o médico, mas olhando aquilo era pensou que não era mais necessário, aparentava estar tão bem ao lado dele que qualquer máquina não faria um terço da minha felicidade a não ser ele.

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⏰ Última atualização: Sep 15 ⏰

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𝐂𝐇𝐀𝐈𝐍𝐒𝐀𝐖 𝐌𝐀𝐍 - 𝗗𝗲𝗻𝗷𝗶 - 𝗥𝗲𝗺𝗮𝗸𝗲Onde histórias criam vida. Descubra agora