Chefe e secretário.

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                                        Izuku Midoriya

Imagino que todas as pessoas no mundo se sintam frustradas. Em algum momento da vida de cada ser humano, algo simplesmente deixa de ser o suficiente, deixa de ser motivo de felicidade, satisfação, de realização.

Não tem um motivo específico para esse sentimento, talvez seja a falta da adrenalina, do desafio ou de ter que provar para alguém — ou para si mesmo — de que é capaz de alcançar todos os seus objetivos. Enfim, digamos que meu atual chefe e também ex-casinho de uma noite, é o responsável por me transformar em uma pessoa muito frustrada.

A cada dia a tarefa árdua de lidar com ele, se tornava mais e mais difícil. Katsuki não facilitava a minha situação, seja em público ou quando estávamos a sós resolvendo algum problema na sua empresa, ele simplesmente não se importava. As piadinhas maliciosas, de duplo sentido ou até difamatórias eram soltas em qualquer lugar ou hora, me deixando sempre alerta e a flor da pele. Céus, ele estava me deixando louco.

Às vezes eu me pegava imaginando como seria se ele simplesmente me atacasse de uma vez, me jogasse na mesa do seu escritório e realizasse todos os meus desejos promíscuos e proibidos, mas que me faziam querer ele ainda mais.

E então, eu me lembrava que Katsuki Bakugou é o meu chefe, e que chefes não transam com funcionários.

Já era sexta feira, fazia cerca de cinco meses que eu estava trabalhando para ele, no geral é um trabalho bom, tenho um ótimo salário e horários fixos para entrar e sair, e raramente preciso fazer hora extra, mas justo nessa sexta feira Katsuki me informou que precisaríamos fazer hora extra.

Aparentemente um bom negócio havia aparecido de última hora e tínhamos urgência em avaliá-lo, já que muitas empresas estavam interessadas no projeto milionário que estava em nossas mãos.

— Cadê o relatório de controle de gastos? Preciso dele atualizado, não podemos deixar passar um único dólar do orçamento, esses caras são muito desconfiados com empreiteiros.

— Calma aí, acho que está na pilha de impostos.

— Não misture as coisas, Izuku.

Achei o relatório que Katsuki pediu enfiado em uma pilha de prós e contras da empresa, ele não precisava saber que eu havia momentaneamente colocado para descarte informações importantes sobre o projeto, então apenas o entreguei como se o ocorrido não tivesse acontecido.

Meu corpo já estava cansado, o dia havia sido corrido demais, cheio de reuniões e formulários de possíveis negócios, com grande capital envolvido e muita burocracia para lidar. Meu cérebro estava quase entrando em curto circuito.

— Isso aqui é uma lista de materiais, Izuku, cadê o relatório?

— Ah, me desculpe, peguei o papel errado.

— Achei que fosse mais focado — Katsuki riu meio amargurado — Tá difícil arrumar um funcionário decente hoje em dia.

Uma veia pulsou em minha testa, o estresse da semana estava tomando conta de cada célula do meu corpo, e Katsuki apenas estava me deixando ainda mais estressado.

Merda, porque mesmo que eu fui aceitar esse emprego?

— Eu apenas me enganei, ok? Sinto muito, estou cansado.

— Oh, me desculpe senhor Midoriya, não quis deixá-lo ainda mais sobrecarregado.

Um sorriso cínico brincou nos lábios do meu chefe, como se ele tivesse pensando em alguma piada muito interessante de repente.

Amor não, ataque cardíacoOnde histórias criam vida. Descubra agora