I'll be here patiently waiting

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Pov. Carina Deluca


Acordei na manhã seguinte numa cama estranha e o cheiro de Maya ainda marcando minha pele. A cama parecia uma zona de guerra. Os lençóis não encaixavam no colchão e se enrolavam em meu corpo; os travesseiros estavam jogados no chão. Minha pele estava coberta de marcas de mordidas e dedos poderosos, e eu não tinha a menor ideia de onde estavam minhas roupas.

Uma olhada no relógio me disse que já se passava pouco mais das cinco horas. Virei para o lado, puxando o emaranhado dos meus cabelos e piscando os olhos na penumbra. O outro lado da cama estava vazio e apenas insinuava a marca do corpo de Maya. Ergui a cabeça ao som de passos e a vi andando em minha direção, sorrindo e usando apenas a lingerie, carregando duas canecas fumegantes em cada mão.

– Bom dia, dorminhoca – ela disse, deixando as canecas no criado-mudo. O colchão afundou quando ela se sentou ao me lado. – Tudo certo? Doendo em algum lugar? – sua expressão era afetuosa, com um sorriso no canto da boca. Eu tive que me perguntar se algum dia me acostumaria com a realidade de Maya me olhando de um jeito tão íntimo. – Não fui particularmente suave com você ontem.

Fiz uma avaliação mental: além das marcas que ela deixou por todo o meu corpo, minhas pernas estavam fracas, parecia que meu abdômen havia feito centenas de flexões e, entre as pernas, eu ainda sentia o eco de seus dedos me castigando.

– Doendo nos lugares certos.

Ela coçou o queixo, deixando os olhos passearem por meu rosto antes de caírem em meus peitos. Típico.

– O que você acabou de dizer agora é minha frase preferida sua. Você podia até me enviar isso numa mensagem mais tarde. Se estiver se sentindo generosa, podia também incluir uma foto dos seus peitos.

Tive que rir, enquanto Maya pegava uma caneca e me entregava.

– Alguém esqueceu o chá ontem.

– Humm. Alguém ficou distraída.

Balancei a cabeça, fazendo um gesto para ela colocar a caneca de volta. Eu queria ter minhas duas mãos Améliares. Maya era predatória e sedutora em cada minuto do dia; mas, pela manhã, deveria haver uma lei contra ela.

Ela sorriu, entendendo onde eu queria chegar, lentamente passando as mãos por meus cabelos, alisando-os pelas costas. Eu tremi ao ver a emoção em seus olhos, ao sentir a eletricidade na ponta de seus dedos, produzindo um calor já familiar entre minhas pernas. Eu gostaria de saber o que exatamente eu enxergava naqueles olhos: amizade, ternura, algo mais? Engoli de volta a pergunta que estava na ponta da minha língua, sem ter certeza se nós duas estávamos prontas para ter uma conversa tão honesta tão cedo, depois daquele último desastre.

Pela fresta na janela, vi o céu num tom azul-escuro e cheio de nuvens, deixando cada linha em sua pele ainda mais delineada,

Ela respirou fundo quando deslizei um dedo debaixo do elástico de sua calcinha.

– Quero desenhar em você – eu disse, piscando rapidamente para medir sua reação. Ela ficou surpresa, mas, mais do que isso, ela parecia faminta, com os olhos azuis pesados e escondidos nas sombras.

Ela deve ter concordado, pois se virou para procurar uma caneta na mesinha de cabeceira e voltou com um marcador preto. Maya passou por cima de mim e se deitou de costas, esticando-se no meio de sua cama.

Eu me sentei, sentindo o lençol escorregar por meu corpo e o ar frio me lembrou do quanto eu estava nua. Não me permiti tempo para pensar no que estava fazendo e engatinhei até subir nela, montando-a com minhas coxas envolvendo seu corpo.

I' Wont Give UpOnde histórias criam vida. Descubra agora