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Era tarde da noite, não tinha pregado os olhos.

Estava com insônia.

Me levantei e fui dar uma caminhada com o Tom.

— Aonde vai, querido?

Levei um susto da minha mãe.

— Que susto mãe. Vou ir caminhar com o Tom.

— A essa hora? - confirmei - Tá bom, mas volte cedo.

...

— Que sede...

Tom não parava de latir.

— Tom, pare de latir por favor.

— Conversando com um cachorro, australiano?

Pra piorar, Lee Know apareceu. Por isso Tom não parava de latir.

— Me deixa em paz, cara.

— Hm... não.

Que garoto irritante.

Me levantei e fui para uma loja de conveniência comprar uma bebida.

Não podia deixar Tom sozinho, tinha medo dele fugir.

— Deixa que eu cuido dele.

Esse garoto é persistente demais, pelo amor de Deus.

— Eu mandei você me deixa em paz, Lee Know.

— É, porém eu não quis.

— O que você quer de mim?

— Conversar.

Deu uma risada de doer a barriga.

— Você querendo conversar? Essa é nova.

— Não vejo graça nisso.

Ele estava sério. Logo entrou na loja.

Depois de alguns segundos voltou com duas bebidas.

— Tome.

— Não pedi pra você comprar.

— Vai aceitar ou não?

Franzi o cenho e peguei.

— Venha.

O segui, somente para parar de me encher a paciência.

Não demorou muito para que ele sentasse em um banco.

— Vai ficar em pé?

Fiquei quieto e apenas sentei ao seu lado.

— Quer conversar sobre o que?

— Quero te pedir desculpas pelo o que fiz com você até hoje.

Não estava acreditando naquelas palavras.

— Sobre tudo na verdade. Sei que não vai acreditar, mas queria de te pedir algo antes que seja tarde... Poderia cuidar da minha avó? Ela tem Alzheimer e eu terei que me mudar de cidade.

Eu estou sem acreditar nisso.

— Quando vai se mudar?

— Depois de amanhã.

Tão rápido assim, e agora?

— É uma decisão difícil pra mim.

— Eu te imploro, por favor.

Ele está implorando. Depois de tudo o que ele fez comigo me deixou com hematomas, me deixou com traumas e fez eu me odiar.

Por que estou aqui agora do seu lado ouvindo o que ele disse?

— Sim.

— Muito obrigado, não sei como te recompensar por isso. Aqui está meu número.

Ele me entregou um papel com um número e sumiu de vista.

Espera... O que eu acabei de fazer? Eu disse "sim" pensei compulsivamente.
Estou ferrado.

...

Enquanto tomava banho minha mente insistia em fazer a mesma pergunta sem parar " Por que você disse aquilo? ". Eu não tenho ideia do porque eu respondi aquilo, eu estava fora de si.

— Ei, sai logo daí. Quero usar o banheiro!!

Ouvi batidas desesperadas na porta. Era minha irmã.

— Já tô saindo!

Gritei saindo rapidamente do banheiro enrolado em uma toalha.

— Depois eu te mato, pirralho!!

Gemi de dor, ela me distribuiu um tapa em minhas costas.

+ 𝗔𝘂𝘁𝗼𝗿𝗮

Oioi, estão bem? Espero que sim, irei postar mais capítulos no final de semana. Bjss dyvos e dyvas.











𝗢 𝗡𝗼𝘃𝗮𝘁𝗼 | 𝖬𝗂𝗇𝖼𝗁𝖺𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora