Capítulo 2 - Chumbo trocado não dói - parte final

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- Vamos sair, só nós duas ... tentar pra vê se dessa vez dá certo.

O coração de Carla por um instante vacila antes bater acelerado com a possibilidade delas terem um 'date' após um tempão do término.

- Você está falando sério, Tatá?

Thaís chega bem mais perto de Carla e olhando-a bem nos olhos, responde:

- Claro que não! Eu tô brincando, Cá! - ela cai na risada. - Você caiu direitinho!

A raiva se apodera de Carla e tomada por aquele sentimento de revolta, ela começa a bater em Thaís.

- Você é uma estúpida, Thaís Bráz! ... Uma nojenta! - ela esbraveja acerta um tapa e outro na morena que corre dela ao redor da mesa.

- Viu, você caiu direitinho no meu papo. Caiu! Caiu! - sorrindo, Thaís debocha da outra mulher que lhe golpeia as costas com com os punhos cerrados.

- Infeliz! Fica com essas brincadeiras ridículas. Qual é a sua?

Thaís consegue correr mais a ponto de ficar do outro lado da mesa, e bem de frente para Carla.

- Você caiu, meu amor! Qual é a bronca? Por que não admite que anda gosta de mim e que nunca me esqueceu, Cá? - a provocava mais ainda, fazendo a loira ficar mais irada com ela.

- Gosto é uma ova, sua idiota! - Carla joga um guardanapo embolado na direção da morena que ri, divertindo-se com a raiva da outra mulher.

- Gosta sim! O seu olhar me diz isso!

- Que olhar o quê? Deixa de ser perturbada, Bráz!

- Perturbada nada, Díaz! O seu olhar pra mim quando te fiz a proposta, dizia bem assim ó: ''sim, eu quero sair com você, Tatá, porque ainda sou louquinha por você!'' - a morena faz uma voz fina, tentando imitar a de Carla.

A loira já cheia de todo esse escarcéu e deboche da outra, alcança Thaís e pegando-lhe pela blusa de botões, empurra a morena na direção do fogão e com isso, Thaís acaba esbarrando a mão em uma panela quente, e se queimando.

- Aaaaaaiiiiiiiiiiii... Merdaaa!!!!

***

- Se eu soubesse que ia ser atendida por um ''anjo'' como você, teria queimado todo o corpo!

Thaís canta descaradamente a enfermeira que a atende na ala de emergência do hospital Central. A jovem apenas sorri envergonhada com o galanteio.

- Sorte sua que essa queimadura não foi séria. Uma semana sem mexer a mão e vai ficar bem.

A enfermeira pega a gaze e coloca nela um pouco de pomada, explicando a Thaís enquanto lhe passa o medicamento, que ela terá que usá-lo todo dia e também terá que enfaixar a mão depois com gaze, para evitar o contado da pele com coisas que possam causar infecção. Bráz assente sem tirar os olhos da profissional de saúde.

Enquanto isso na sala de espera do hospital...

- Eu acho que tu exagerou com a Tatá, visse Carlinha?! A pobrezinha estava se ardendo toda e com os olhos cheios de lágrimas quando entrou naquela sala! - Juliette comenta preocupada com a amiga.

Logo após o acidente de Thaís, a advogada trouxe a amiga ao hospital e obrigou Carla a trazê-las, pois segundo Juliette, a loirinha foi a responsável pelo acontecido e nada mais justo do que ela acompanha-las.

- Ai, também não é assim. Não enfeite tanto o pavão, porque ele não merece, Ju!... Thaís exagerou na cena.

- Não me pareceu, não.

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