Capítulo 34 - A casa mal assombrada - parte final

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É por volta das onze e pouco da noite, a casa está no mais puro silêncio quando Juliette vem da biblioteca do casarão onde tinha ido deixar um romance que estava vendo e ouve uns sons estranhos, para logo em seguida escuta uma voz horripilante murmurar: Vou te pegar, Juliette!

Ao ouvir tais palavras, a advogada começa a correr no intuito de fugir do que acha ser um fantasma que está atrás dela.

Mais adiante, ao fim do corredor, a morena enxerga uma porta e sem saber o que há por trás dela ou aonde ela levará, entra ali.

Quem a persegue – no caso Sarah, mas a advogada não faz idéia disso ainda - também entra junto com Juliette no lugar escuro que se trata de uma espécie de armário velho embutido a parede.

- Não faça nada comigo. – Juliette suplica ao se dar conta que a pessoa ou fantasma está junto com ela ali naquela escuridão.

- Calma sou eu, Ju!

- Sarah?

Andrade aperta o interruptor que encontra ao tatear a parede e assim, a pequena lâmpada acende, iluminando o cubículo que elas se encontram.

- Buuuuu...! – Sarah sorri ao falar.

Sem achar a menor graça naquilo, Juliette começa a estapear Sarah ao mesmo tempo em que a xinga por tê-la quase matado de susto.

- Desculpa, Ju!... Ai!... Para de me bater e me ouve, por favor.

- Fala então! – a advogada dá um último golpe no braço da mais alta e para de bater nela, porque havia se cansado.

- Quero conversar com você. Saber o que tem. Por que ultimamente tem me tratado tão mal?

- Eu não tenho nada. Esquece isso.

Juliette não tinha a menor pretensão de contar a Sarah que a razão pela qual vinha lhe tratando daquele jeito grosseiro nos últimos dias, é porque Andrade tinha – na cabeça da advogada - voltado com o ex!

- Esquecer?... Não posso! Anda, conta o que tem contra mim pra estar agindo assim, Freire!

Nem sob tortura ela contará a verdade, mas resolve inventar algo rápido, pois se bem conhece Andrade, ela não lhe dará paz enquanto não abrir a boca.

- Olha, Sarah... O que acontece é que... Eu tô sendo mázinha e implicante com você sem motivo algum. Só resolvi agir assim e pronto!... Desculpe-me por isso e prometo voltar a ser a mesma com você.

- Você é pirada, Ju. Mas tudo bem, eu te desculpo.

Sarah estende a mão para a advogada e ambas selam as pazes com um aperto de mão.

- Agora vamos dar o fora daqui, porque já estou ficando agoniada nesse cubículo.

- Vamos então, doutora!

Sarah segura na maçaneta e ao girá-la para abrir a porta... Ela não abre! Curiosamente, a porta está trancada... por fora.

- Ôôô... Temos um probleminha!

- Que problema, Sarah?

- A porta trancou por fora, Ju! - conta se voltando para a advogada.

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