Three - Love.

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Nanami pousou delicadamente a xícara sobre a mesinha de centro, o leve tilintar do porcelanato ecoando na sala. Seus olhos, arregalados em um misto de surpresa e fascínio, fixaram-se na tela da televisão, onde [Nome] capturava sua atenção. No colo, a pequena felina, aninhada com conforto, respondeu à súbita quietude com um ronronar suave, um vibrar tranquilo que preenchia o ar com uma sensação de serena cumplicidade.

Um rubor intenso tingiu as faces do loiro, espalhando-se como uma chama silenciosa. Aquelas palavras proferidas pelo homem, carregadas de uma paixão genuína e inconfundível, penetraram fundo em seu ser. É como se cada sílaba tivesse o poder provocando uma tempestade interior que Kento mal conseguia disfarçar.

O coração do homem palpitou vigorosamente em seu peito, como um pássaro ansioso por voar para longe. Um sentimento caloroso e reconfortante inundou seu ser, espalhando-se como um suave raio de sol em um dia de inverno gelado. Era uma sensação gostosa, que acariciava sua alma e o fazia sorrir involuntariamente.

Cada batida do coração parecia ecoar pelos seus ossos, pulsando com uma energia vibrante e contagiante. Nanami não conseguia conter a alegria que transbordava de dentro de si, sentindo-se em êxtase diante da magnitude da emoção que o envolvia. Era como se o universo conspirasse a seu favor, guiando-o por um caminho de felicidade e plenitude.

O loiro fechou os olhos por um momento, permitindo-se saborear aquele instante mágico em toda a sua intensidade. O sentimento quente e gostoso que pulsava em seu peito era como um bálsamo para sua alma, preenchendo cada fenda vazia com amor e esperança. Era um momento de pura magia, em que o mundo parecia se abrir diante de seus olhos, revelando possibilidades infinitas e promessas de um futuro radiante.

E assim, o coração do ser apaixonado continuou a bater forte em seu peito, impulsionado por um sentimento puro e genuíno que o enchia de gratidão e amor. Era um momento único e precioso, que ele guardaria para sempre em sua memória como um tesouro inestimável. Pois ali, naquele instante sublime, ele descobriu que teria chance com o homem que ama.

— Temos chance, Yumi. — Ele sussurrou, acariciando o pelo da gatinha branca que ronronava no colo do dono.

Nanami era um homem apaixonado, um ser dotado de sensibilidade ímpar e um coração que batia em sintonia com o pulsar da própria vida. Desde o início, ele acompanhou a trajetória do amado, em um afeto que se iniciou na admiração pela escrita de um autor do Wattpad, evoluiu para um sentimento avassalador, um crush forte e arrebatador.

O amor de Kento era puro, profundo e genuíno, nascido das entrelinhas das palavras que [Nome] compartilhava com o mundo. Cada frase, cada pensamento registrado, era como um portal que se abria para o coração do apaixonado, revelando a essência de um ser que transcendia o mundo físico e se tornava uma figura imponente em sua mente e em seu peito.

Ao acompanhar a carreira do autor, o loiro sentia-se envolvido por uma paixão avassaladora, que só encontrava paralelo nas histórias românticas que lia em livros e assistia em filmes. Era um amor que o fazia suspirar, que o transportava para um estado de encantamento onde ele se sentia igual às adolescentes que se apaixonavam por um ator inalcançável, sabendo que jamais teriam a chance de conhecê-lo pessoalmente.

Mas para Nanami, era possível, ele ia conhecer [Nome], ia conhecer o homem que ama. Seu coração batia forte, impulsionado por uma força irresistível que o guiava em direção ao amado, em uma jornada de descoberta e autoconhecimento.

[...]

A luz tênue do crepúsculo envolvia o quarto, criando um jogo de sombras que dançava nas paredes. Satoru aproximou-se lentamente, seus olhos azuis fixos na figura de Suguru, cuja pele pálida totalmente marcada de chupões e mordidas contrastava suavemente com a penumbra.

Os dedos de Gojo começaram a deslizar pela pele de Geto, traçando caminhos delicados e provocando arrepios instantâneos. Suguru fechou os olhos, a sensação do toque do albino enviando ondas de calor através de seu corpo. Cada carícia era um lembrete silencioso da proximidade e da intensidade do momento compartilhado.

Os olhos negros se abriram por um breve instante, revelando um brilho escuro e intenso antes de se revirarem de prazer. Um suspiro baixo escapou de seus lábios, ecoando na quietude do quarto. Satoru inclinou-se, seus lábios encontrando a pele do homem, depositando beijos suaves e quentes ao longo de seu pescoço e ombros.

Cada beijo era uma promessa silenciosa que já chegava ao fim. Um romance adolescente entre ambos estava acabando, isso era o último encontro, uma última vez antes de finalmente o ponto final.

Satoru buscava um amante, alguém dedicado unicamente ao prazer efêmero. Ele era um libertino, incapaz de enxergar além do presente imediato, sem qualquer interesse em compromissos duradouros ou em construir um relacionamento sólido. Sua visão estava restrita ao hedonismo, à procura incessante de satisfação momentânea.

Em contraste, Geto já não compartilhava dessa perspectiva. Ele ansiava por um amor verdadeiro, alguém com quem pudesse viver e perpetuar a família que havia começado. Agora pai de duas meninas, Suguru refletia sobre o futuro com a seriedade de quem sente o peso dos anos. Ele desejava encontrar um parceiro com quem pudesse casar e escrever uma história juntos, almejando uma união sólida e duradoura, baseada no amor e na construção de um legado familiar.

O toque era como fogo que se espalhava pela pele de Geto, fazendo-o arquear levemente o corpo em resposta. As mãos do albino continuavam a explorar, percorrendo a pele do dono de longos cabelos negros com uma combinação de urgência e ternura, enquanto seus lábios traçavam um caminho de carícias.

Suguru sentia cada fibra de seu ser responder ao toque de Satoru, a conexão entre eles crescendo com cada movimento. O mundo exterior se desvanecia, deixando apenas a sensação intensa dos dedos do albino na sua pele e o calor dos beijos que ele distribuía com precisão.

A respiração de ambos se tornou um ritmo sincronizado, uma melodia silenciosa que preenchia o espaço ao redor deles. Suguru inclinou a cabeça para trás, os olhos novamente se fechando, perdido nas sensações avassaladoras que o dominavam.

Finalmente, os movimentos de Satoru desaceleraram, seus dedos ainda traçando caminhos na pele de Suguru, mas agora com uma suavidade que falava de satisfação e cumplicidade. Eles permaneceram assim, em silêncio, a proximidade entre eles se tornando uma conversa sem palavras, repleta de emoções e sensações compartilhadas na quietude do crepúsculo.

— Essa é a última vez. — Sussurrou o homem de cabelos negros, ele puxou o ar para os pulmões e soltou um suspiro — Última vez, Gojo. Agora irei procurar alguém para ter um futuro.

Uma risada quase que debochada saiu dos lábios do outro homem, fazendo Geto apenas ter a certeza de manter os olhos fechados.

— Alguém para ter um futuro? Sério? Tá querendo um cavaleiro em um cavalo branco? — Perguntou e Suguru sentiu os dedos do albino passando suavemente por seus fios molhados, colocando atrás da orelha — Ninguém vai te querer por amor, estamos fadados a sermos considerados apenas objetos sexuais, usados e descartados.

As palavras doíam profundamente, cada uma ferindo como uma lâmina afiada cravada em seu peito. Esta era a pior parte de todas as tentativas de Satoru em expressar seus sonhos de ter alguém para o futuro. A cada confissão de seu anseio por um companheiro, era assaltado pela lembrança dolorosa de que qualquer pessoa que se aproximasse o faria por interesse na fama, no dinheiro, ou, tragicamente, para tratá-lo como um mero objeto sexual.

— Saí daqui, Satoru! — ele basicamente gritou abrindo os olhos lacrimosos e focando no albino.

— Não, não sairei antes de cuidar de você. — ele falou firmemente, levantando-se da cama e pegando o dono de fios negros nos braços. — Posso ser xingado dos nomes que você quiser, Suguru. Mas não serei escroto o bastante para te deixar aqui, sujo.

E naquela noite, tendo o corpo banhado pela água quente da banheira. Suguru assistiu sua entrevista pela televisão a qual tinha no banheiro, em seu rosto tinha um sorriso suave.

Sua face avermelhada, seu tom animado quando conversava sobre suas obras, sobre o quão ansioso estava para conhecer pessoalmente os atores. 

Ele te amava. Naquele momento não tanto como amava Satoru, o coração dele, mesmo machucado agora estava aquecido, pois sentia que tinha outra pessoa que poderia direcionar o amor.

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⏰ Última atualização: May 27 ⏰

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