O futuro em meus olhos...

O que eram aquelas visões?

Me levantei da cama, a imagem daquele garoto estava presa em minha cabeça. Quem era ele, e o porquê dele estar em meus sonhos?
Eram muitas perguntas para poucas respostas, e era minha primeira visão sobre ele. Soltei um suspiro, me levantando da cama e agora sim calçando meus chinelos, logo pegando o celular e vendo que já era 06:12 hrs. Precisava me arrumar para ir à escola.

Sem muitas delongas abri a porta do quarto, descendo as escadas quando dei de cara com meu irmão. Ele tinha os cabelos encharcados.

— O que ouve? — Minha voz era um pouco sonolenta, enquanto encarava ele, porém tive uma resposta muito curta.

— Nada. — Ele disse e voltou a caminhar até a direção do banheiro do andar de cima. Esse jeito de não explicar as coisas me irritava, e muito.

Decidi ignorar, voltei a andar e cheguei até a cozinha. Minha mãe estava fazendo o café da manhã, enquanto seus belos cachos loiros estavam presos a um rabo de cavalo.

— Bom dia, mãe… — Me aproximei dela e dei um beijo em sua bochecha, que ao receber o toque demonstrou um sorriso gentil.

— Bom dia, Sophia, dormiu bem? — Ela perguntou, virando um pouco o rosto para poder me olhar.

— Sim… O que tá preparando? — Exclamei, me aproximando da panela. Dentro dela tinha alguns ovos mexidos. Sem demorar, peguei um pão que estava dentro do armário, havia sido comprado a três dias atrás, porém ainda dava para comer. Abri o pão e coloquei o ovo, me sentei na cadeira e comi em silêncio, sem saber se contava sobre a visão que havia tido. Não era tão importante, eu ao menos entendi o que havia acontecido nela.

— O que aconteceu? — Ao ouvir a pergunta da minha mãe, minha testa se franziu. Ela havia percebido?

— Hm?... — Minha mãe logo se virou, puxando uma cadeira e se sentando em minha frente.

— Está quieta. Você nunca cala a boca, e agora, está em silêncio. O que aconteceu, Sophia? — Não consegui esconder minha surpresa, eu não sabia que era tão fácil me ler.

— Apenas… Foram visões novas, entende? — Eu paro por uns segundos, enquanto minha mãe ainda me olha, esperando que eu continue. — Um garoto loiro, ele parecia ameaçar um garoto de cabelo esverdeado… Eu não sei o porquê ou para quê, mas isso está me deixando confusa..

— Talvez você deva esperar. Suas visões te dão respostas, não é? Então espere por uma nova. Alguma hora você vai entender… — Ela disse com aquele sorriso doce de sempre, o que me trazia conforto e segurança. — Agora termina de comer, não pode se atrasar.

Eu concordei, logo comendo e me arrumando para a escola. Antes de sair de casa, recebi um beijo da minha mãe e fui ignorada quando dei tchau para o meu irmão… Nada de novo para ser sinceramente. Andei pelas ruas com o fone no ouvido, escutando minha playlist no aleatório até que senti um peso em meu ombro. Ao me virar vi Laura.

— Você quer me matar de susto garota? — Eu disse ao tirar os fones do ouvido.

— Você que anda muito assustada, até parece que deve algum agiota… — Ela soltou uma risada da própria frase. — Mas vem cá, falando sério agora, como tá se sentindo sobre aquele negócio da U.A? Como é o nome mesmo?... — Ela parecia se esforçar para lembrar o nome.

— Vestibular? — Eu pergunto, sabendo que essa era a resposta.

— Isso! Está ansiosa? — Ela disse enquanto caminhava do meu lado.

— Eu preferiria dizer que estou com medo. Você sabe, não acho que uma individualidade de água chamaria tanta atenção… — Preferi que Laura não soubesse sobre meu dom de visões, mas sim, que soubesse a minha individualidade de combate. Graças a meu pai, tenho uma individualidade de Hidrocinese, podendo mexer com água e etc, mas as visões são um dom que recebi aos seis anos de idade.

— Você é ótima, eu tenho certeza que vai passar… Aliás, quando for uma heroína profissional não esquece de mim, ok? — Ela disse e me deu um tapinha nas costas. Laura era minha amiga desde pequena, não sei se teria como esquecer dela.

— Pode deixar! — Ri um pouco ao responder.

O resto do dia passou rápido, o que aumentou meu nervosismo e ansiedade para o vestibular na U.A. Quem acreditaria que eu iria fazer o teste, e até tenho chances de passar… O problema foi que não tive visões sobre esse dia, o que pode significar que não tem nenhum perigo. Mas ainda sim, me deixa nervosa. O que me restava fazer era ir para casa e me deitar, torcendo para que tudo ocorresse bem.

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–Notas:--

Oii gente, eu queria dizer que esse capítulo foi mais para introduzir um pouco, sabe?? No próximo capítulo já irei começar a trabalhar com a U.A e sobre o poder dela!

Aliás eu não expliquei, mas ela tem duas individualidades, digamos assim. Ela tem um dom das visões, porém sua individualidade oficial é Hidrocinese:
— Capacidade de gerar, moldar, controlar e etc a água. — E ela não comenta sobre o dom dela.
Eu explicarei mais sobre isso no futuro. Cometem o que acharam e se tiverem ideias ou críticas construtivas eu aceito!!

Obrigada por lerem e beijocas da gabizoca ;)