Primeiro dia do fim!

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POV. S/N SANTOS

Eram por volta das 8h30 da manhã, eu estava no banheiro escovando os dentes, quando ouvi o barulho do alarme nuclear soar. A princípio fiquei apavorada, então parei imediatamente o que estava fazendo e fui correndo pegar minha mochila para me deslocar até a base militar.

Graças ao meu trabalho, obtive algumas informações privilegiadas, do tipo que... a terceira guerra mundial estava prestes a começar, por isso resolvi deixar uma mochila pronta com coisas básicas de sobrevivência.

Caso esteja se perguntando o porquê de tanta precaução, imagine que diante de um sinistro, na melhor das hipóteses você terá que andar quilômetros a pé, podendo demorar dias até chegar em algum abrigo ou lugar seguro, isso se você conseguir sobreviver a jornada!

- Meu Deus não acredito que isso realmente está acontecendo!

Exclamei com as mãos na cabeça, ainda atordoada

Terminei de calçar meu coturno militar e arrumei a mochila em minhas costas. Como forma de preparação psicológica, respirei fundo 3 vezes e fui em direção a saída.

E sim, eu sou uma oficial militar recém formada, ainda não tenho experiência em campo de batalha de fato, apenas muitos treinamentos, apesar do meu vasto conhecimento teórico, nunca tive a oportunidade de pô-lo em prática, até então.

- Vamos lá S/N você consegue, não será tão diferente dos tratamentos!

Respirei fundo mais uma vez, então segurei a maçaneta da porta... quando senti um forte impacto sobre meu corpo, me arremessado contra a parede

- Oh céus... o que foi i...?

Me perguntei em pensamento, ainda sentindo um pouco de confusão mental e um forte zunido nos ouvidos.

- Preciso sair logo daqui!

Comecei a recobrar os sentindos e finalmente me livrar dos escombros, por sorte a casa não desmoronou completamente sobre mim.

- Minha nossa!

Me assustei ao ver meu bairro totalmente destruído, e aparentemente eu era a única sobrevivente, com muita dificuldade saí andando por entre os escombros.

- Socorro... Alguém me ajuda...

Ouvi uma voz fraca vinda dos escombros

- Calma, calma eu vou te ajudar!

Comecei a retirar os destroços

- Minha perna, não consigo mexer minha perna!

- Calma já estou te vendo!

O rapaz estava todo ensanguentado

- Como você se chama?

- Shawn!

- Ok Shawn, eu vou te tirar daqui mas, mantenha-se calmo!

- Ok, ok... mas me tira logo por favor!

Percebi uma enorme placa de concreto sobre sua perna esquerda

- Puts, preciso de alguma coisa para usar como alavanca!

Comecei a olhar em volta e avistei uma barra de ferro, logo corri para buscá-la.

- Ai... ai... tá doendo muito!

- Só mais um pouco... aaah...

Coloquei toda minha força para conseguir levantar o concreto, mas deu tudo certo, por sorte a perna dele não foi completamente esmagada.

- Pronto! Conseguimos!

- Caralho, agora tá doendo ainda mais!

Ele exclamou com uma feição de dor

- Ela está quebrada, mas você teve sorte de não ter uma fratura exposta ou... dela não ter sido esmagada!

Ele apenas me olhou fixo

- Deixa eu ver isso!

Pensei em improvisar uma tala, para não piorar o estado da lesão, mas mal tive tempo de agir e senti novamente um impacto, dessa vez mais fraco.

- Rápido precisamos sair daqui! Agora!

PARADOXO - Jenna OrtegaOnde histórias criam vida. Descubra agora