capítulo 1: a casa ao lado

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— JIMIN! VENHA AQUI, QUERIDO! — A voz da minha mãe ecoa pela casa

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— JIMIN! VENHA AQUI, QUERIDO! — A voz da minha mãe ecoa pela casa. Estou no meu quarto, organizando algumas coisas no guarda-roupa. Hoje foi o dia da mudança para Busan, a cidade onde nasci, mas da qual quase não tenho lembranças, já que nos mudamos para Seul quando eu ainda era bebê.

Enquanto desço as escadas, noto as grandes janelas que deixam entrar a luz da tarde, iluminando a sala espaçosa e revelando a vista da costa de Busan. É uma cidade costeira, cheia de vida e de cor, onde o mar e as montanhas se misturam num contraste incrível. Até o ar parece diferente, mais fresco e salgado.

— Estou indo, mãe! — Grito, enquanto apresso o passo pelo longo corredor até a escada. Meus irmãos devem estar organizando suas coisas nos quartos, assim como eu estava fazendo antes de minha mãe me chamar. Quando atingimos a maioridade, decidimos morar juntos. Nós, como a maioria dos irmãos, temos nossas desavenças, mas nada que chegue às vias de fato. Ji-Hyun e Nayeon, por outro lado, são os que mais brigam. Eu, sendo o irmão do meio, acabo sendo o "esquecido" — mas não me importo; prefiro ficar longe da guerra deles.

Chego ao fim da escada e vejo minha mãe tentando carregar caixas pesadas. Aproximo-me rapidamente.

— Oi, mãe! O que a senhora precisa? — Pergunto, notando a caixa em suas mãos.

— Querido, você sabe que eu ainda posso carregar umas caixas, né? — ela diz com um sorriso, vendo minha expressão preocupada.

— Mãe, não pegue peso! É perigoso subir a escada com coisas pesadas, ainda mais sem ver direito onde pisa. — Tento parecer firme, mas minha preocupação é evidente. Faria qualquer coisa pelos meus pais e irmãos, e jamais deixaria que algo acontecesse com eles.

— Meu filho, eu posso estar mais velha, mas não estou incapacitada de fazer as coisas. — Ela responde num tom suave, colocando a caixa no chão.

— Ninguém disse isso, querida. Mas vamos aceitar que nosso filho está certo — você tem um marido musculoso para ajudar! — Meu pai intervém com uma piscadela, fazendo minha mãe e eu rirmos. É o tipo de comentário bobo que só ele faz, mas que acaba aliviando qualquer tensão.

— Então, senhor musculoso, leve essas caixas para o banheiro do corredor, por favor. — Minha mãe diz, sorrindo. Papai pega a caixa e, antes de subir, deixa um selinho nela. Sei que muitos achariam estranho, mas eu acho fofo. Anos de casamento e eles ainda são assim.

— Jimin, faz um favor pra sua mãe? — ela sussurra, com aquele sorriso carinhoso de sempre.

— Claro, mãe. O que a senhora precisa?

— Vá até a loja de conveniência e compre algo para comermos esta noite. Amanhã vamos ao mercado com mais calma.

— Pode deixar, mãe. Vou só pegar meu celular. — Digo, já subindo as escadas.

Chegando ao quarto, olho ao redor e percebo que meu celular não está onde eu achei que estava.

— Estranho... Jurei que tinha deixado aqui.

— Procurando por isso? — Ouço a voz de Ji-Hyun e vejo ele parado na porta, segurando o meu celular com aquele sorrisinho irritante.

— Peguei emprestado. Meu celular tá carregando, então vou jogar no seu por um tempo. Tudo bem, maninho? — ele diz, com um ar de sarcasmo. Eu me seguro para não dar um tapa nele.

— Tá bom, "maninho". Só não descarrega, ok? Vou lá na conveniência rapidinho. — Respondo, tentando manter a calma. Não tenho nada demais no celular, exceto fotos da nossa cachorrinha que deixamos com meus pais em Seul para que tivessem companhia.

Ao descer as escadas, vou até minha mãe e lhe dou um beijo na testa.

— Mãe, eu já vou indo, ok?

— Tudo bem, querido. Não demore muito. — Ela diz, e eu assinto antes de sair.

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Quinze minutos depois

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A caminhada até a loja de conveniência foi agradável. Caminhei pela avenida principal de Busan, observando o vai e vem das pessoas e o brilho do pôr do sol no mar. Chegando à loja, pego o que precisamos e me dirijo ao caixa. Enquanto espero, ouço a conversa de dois senhores ao meu lado.

— Você já viu aquele lugar, né? O “Neon”? — diz um dos homens, intrigando-me. Eles estão falando sobre uma casa ao lado da minha.

Percebendo minha curiosidade, eles me olham e o mais velho diz:

— Você é o novo morador daquela casa, não é?

— Sim... vocês estavam falando da casa ao lado da minha? — Respondo, tentando não parecer intrometido.

— Isso mesmo. Aquela casa é uma lenda por aqui. O dono é um homem misterioso, chamamos ele de "Neon", mas ninguém sabe o nome verdadeiro dele. Ele é muito reservado. Dizem que ele nunca ri, nunca fala com ninguém.

— Nossa, sério? — pergunto, um pouco surpreso.

— Dizem que ele é uma espécie de ser sobrenatural, amaldiçoado a vagar pela terra. Mas claro, isso é só lenda. — completa o outro senhor, com um tom misterioso.

— Ah, entendo... essas histórias costumam ser exageradas, né? — Tento soar casual, embora confesse que a história me deu um certo arrepio.

— Sim... mas dizem que ele hipnotiza pessoas bonitas e leva para a casa, onde… dizem que ele toma o sangue delas. — O senhor mais jovem fala num tom sombrio, me fazendo gelar por dentro.

— Bom... eu... preciso ir, meus pais estão me esperando. — Digo rapidamente, pegando minhas sacolas e me afastando.

Ao sair da loja, um dos senhores me chama de novo.

— Ei... não seja tão curioso. È un percorso senza ritorno...

Aquelas palavras, ditas em italiano, ficam ecoando na minha mente enquanto caminho de volta para casa. Será que há algo mesmo naquela casa? O que queriam dizer com "um caminho sem volta"?

💫

espero que tenham gostado 😁😁

esse capítulo foi curto...mais eu acho que está bom para o primeiro capítulo né?

Desculpem os erros ortográficos

Se encontrarem algum erro me avisem, e me dêem dicas de como melhorar a escrita!

o que querem? capítulos longos e poucos episódios ou capítulos pequenos e mais episódios?

por favor me ajude recomendando para as pessoas...

espero que a escrita esteja boa!!

obrigado leitores!!💜💜

A CASA AO LADO  [JIKOOK] Onde histórias criam vida. Descubra agora