Chapter One

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Espírito vingativo.
Ponto de vista de Lily Morrow

"Me mate! Só não mate a minha família..."

Abro meus olhos lentamente, eu só escutava ruídos aéreos. Tudo em volta é vazio e sem cor. Fecho meus olhos novamente.

"É a mim que vocês querem, eu me rendo!"

Abro meus olhos lentamente.. tudo era branco, será que esse é o meu fim?

— Os batimentos cardíacos da paciente estão voltando ao normal. - Uma moça de jaleco fala enquanto olhava pro monitor.

...

Se passou alguns dias que eu e meus pais, foram vítimas de um "assalto" dentro de minha residência. Meus pais foram cercados e baleados com uma espingarda. Infelizmente.. eles não sobreviveram.

Saber que seus pais morreram depois de sobreviver em uma troca de tiros, é bastante doloroso. O mais pesado foi.. em saber justo no dia do meu aniversário.

Quem eram aqueles homens, porquê queriam o cadáver de minha mãe...

Essa dúvida me atormenta, cada segundo eu via aquele atentado, era uma sequência infinita. Apenas.. queria ter morrido.

Maldito tiro de raspão, era para eles terem me arremessado naquela estante com mais força, assim eu morreria e estaria junto com meus pais.

Esse caso foi parar nas TVs locais, ao ponto do concelho tutelar me visitar. Na mente dele a minha mãe era envolvida em algum tráfico. Não acredito nessa teoria, sinto que esse assassinato foi planejado.. uma vingança talvez?

Agora, estou dentro de um carro de um estranho, sendo levada para um orfanato. Estava com o fone de ouvido, isso fez o homem do concelho tutelar falar de maneira informal para sua parceira.

Estou começando a estranhar o ambiente. Quem construiria um orfanato distante da cidade? Que louco.

Sentia algo me abraçando, em seguida... Fiquei sonolenta. E só acordei quando cheguei no local.

O orfanato era enorme, sua arquitetura era baseada no barroco. Tinha várias estátuas rústicas, para um orfanato, achei que ia se parecer uma "escola interna".

A dona do local conversava com os concelheiros tutelar, enquanto eu, ficava sentada no segundo degrau da escadaria. Aquilo era entediante. O chão parece antigo, a madeira dessa escadaria tinha um cheiro terrível.

Sinto-me observada, será que são as câmeras desse local? Confesso, estou ficando com medo. Será que é um tráfico de humanos? Preferia mil vezes levar três tiros no peito com uma escopeta do que se vendida igual um objeto, porém.. com prazo de validade.

"Pai nosso que estás.. no.. céu."

Quem disse isso? Será que tem alguém orando lá em cima? Meu celebro vai derreter!

— Lily, conheça a Bae Jin-sol, ela irá te mostrar a sua nova casa. - Confesso, ouvir isso de alguém é estranho. Pelo ou menos a dona desse lugar rústico está sendo gentil.

Enquanto andávamos, eu sentia uma presença ruim, confesso, estou ficando com medo.

— Lily, você parece tensa. - Bae Jin-sol para de andar, enquanto me olhava com um olhar de preocupação.

— Não é nada, apenas estou nervosa. - Eu minto.

— Confesse, você também está sentindo uma energia ruim. - A garota me olhou sério, parecia está incomodada com algo.

— É normal ouvir vozes de crianças orando? - Pergunto após me render.

— Não. - Bae Jin-sol para, e abre a porta.

— Lily, essa é Oh Hae-won, ela irá te explicar como funciona esse lugar. - A mais alta fecha a porta. Ficamos em um silêncio constrangedor.

— Vou ser direta, Bae e eu achamos estranho o assassinato dos seus pais. Ao mesmo tempo lembramos que isso não era a primeira vez. - A áurea séria e madura dessa garota, de alguma forma me intimida.

— Nós estávamos investigando sobre esse lugar, notamos que todos os órfãos que tiveram pais assassinados, acabavam morrendo de maneira nada normal. - Bae foi direta.

— Bae se ofereceu para mostrar o orfanato, para de alguma forma tentar lhe avisar, não quero que outra pessoa inocente morra. - Oh Hae-won contava isso em uma forma natural.

Passamos meia hora discutindo sobre isso, era muita coisa para minha mente. No fim aceito investigar com elas. De alguma forma.. me sinto segura perto delas. Bae Jin-sol confessou que sentiu uma energia positiva em mim, isso explica do fato delas terem empatia por mim, já que.. nem faz uma hora que cheguei nesse lugar.

Nós saímos do "esconderijo secreto", ouvimos um grito de desespero, corremos na cozinha para ver, e era.. uma garota! A garganta dela estava cortada, o sangue se espalhava pelo chão. Mesmo caída no chão, sua feição era de medo.

Imediatamente a dona desse orfanato chega, nós explicamos a ela o que tinha acontecido. A senhora ficou olhando pro cadáver da garota, sua feição era de medo, dúvida e culpa.

O corpo foi levado por alguns médicos, o estranho é o fato do jaleco deles serem preto, e não branco.

Subimos para o dormitório, Oh Hae-won me contou que a Shin Ryu-jin ouvia vozes direto, a vítima sofria de depressão por conta de seu passado doloroso com a família materna.

— Acredito que essas vozes infernizaram a Shin Ryu-jin, ao ponto dela não aguentar mais e cometer suicídio. - Bae Jin-sol argumenta.

— Sem sombra de dúvidas. Acredito que não seja apenas um suicídio. - Oh Hae-won especula.

— Aqui é comum ver pessoas.. cometendo suicídio? - Eu pergunto.

— Bom.. pra falar a verdade.. as garotas daqui sempre morrem de maneira anormal. - Oh Hae-won confessa.

— Antes de parar nesse orfanato, eu tinha lido um livro sobre lugares sendo construídos perto de cemitérios, e casas mal assombrada. - Bae conta empolgada.

Ficamos discutindo isso em uma maneira discreta, ao mesmo tempo várias dúvidas começam a martelar minha mente.

Por que a senhora Park não demonstrou surpresa ao ver a vítima naquele estado?

Por que a ambulância não tinha um automóvel, marca, e jalecos da cor preta? Será que as mortes eram ocultadas no registro?

Por que esse orfanato é distante da cidade, e perto de montanhas, como se fosse o meio do "nada"?

A dúvida que está me deixando estressada é: quem são esses espíritos vingativos? Por quê eles querem matar as meninas daqui?

Espero descobrir esse mistério, antes que esses espíritos vingativos se livrem de mim. Bae acredita que eles queriam usar Shin Ryu-jin como aviso.

Pétalas de Lírio - NMIXXOnde histórias criam vida. Descubra agora