𝐒𝐘𝐌𝐏𝐇𝐎𝐍𝐘 𝐎𝐅 𝐂𝐇𝐀𝐎𝐒 𝄂 Aqueles que não se lembram do passado estão fadados a repeti-lo.
Todos temos um passado.
Todos temos segredos.
Quando Amaris Northman chega a Nova Orleans, traz consigo segredos sombrios e uma aura enigmática que...
❝O demônio mais astuto não é aquele que nos ataca, mas aquele que nos faz gostar dele.❞ —Søren Kierkegaard
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A DOR PULSANTE atingiu sua mão. O silêncio que se seguiu foi momentâneo, mas intenso. Todo o ambiente pareceu pausar enquanto os dois olhares se encontravam, o choque na expressão de Sophie sendo rapidamente substituído por uma fúria mal contida.
Hope, porém, sentiu algo muito diferente. O peso do que acabara de fazer caiu sobre ela como um balde de água fria. Ela nunca imaginou que seria capaz de fazer algo assim. A ideia de ter agido impulsivamente, de ter deixado a raiva assumir o controle, a fez se sentir horrível. Seu corpo tremia ligeiramente, não mais de raiva, mas de arrependimento.
— Eu... eu não queria... — Hope sussurrou, mas a frase soou falsa até para ela. Não era bem verdade. Ela queria , sim. Por um segundo, queria fazer Sophie sentir o mesmo que ela.
Sophie ainda estava parada ali, tocando o nariz. Ela parecia mais surpresa com a reação de Hope do que qualquer outra coisa, enquanto Jenna, desesperada, tentava estancar o sangramento da amiga.
Hope não conseguiu lidar com o peso da situação. Sentiu uma vontade urgente de sair, de desaparecer do local e se esconder de si mesma. Olhou rapidamente para Peter, que observava tudo em choque.
Apressando-se para sair, Hope empurrou pessoas pelo caminho, sem ligar para os olhares surpresos nem para os murmúrios que se espalhavam. Ela não queria mais estar ali. Não conseguia olhar para ninguém sem se sentir envergonhada e assustada com a própria atitude.
Hope respirou pesadamente, ainda sentindo o peso da raiva e do arrependimento em seu peito. Olhou em volta, seus olhos se fixando no balcão do bar, iluminado por luzes que piscavam em cores quentes, como se fosse um refúgio em meio ao caos. Dirigiu-se até lá em passos rápidos, quase ansiosos, ainda assimilando o que havia acabado de acontecer... O impacto do soco, a expressão de Sophie e, mais do que tudo, o medo que sentia de si mesma.
Quando se aproximou do barman, ele estava ocupado servindo outras pessoas, e Hope precisou aguardar, observando as garrafas e os copos atrás dele, tentando controlar a respiração descompassada.
Ela olhou para a bebida em suas mãos, ainda com vestígios de gin espalhados pela blusa. O arrependimento crescia, mas precisava de algo para acalmar os nervos, algo que a tirasse daquele estado de pânico.
— Ei... — Hope tentou chamar a atenção do barman, sua voz saindo mais baixa do que pretendia, o ambiente cheio de som e movimento dificultando sua comunicação.
O barman não a ouviu. Estava ocupado com uma nova rodada de clientes e apenas acenou com a cabeça, indicando que logo a atenderia. Hope sentiu um nó se formar no estômago. Tentou novamente, desta vez mais alto, sentindo a ansiedade se espalhar por seu corpo.