A Proposta. ᵈᵃᵉʳᶦⁿ

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Seis meses. Seis meses se passaram depois que Haerin correu na chuva para chegar até a editora. Seis meses que ela se ajoelhou e a pediu em casamento. Seis meses que não se desgrudaram e usaram esse tempo para se conhecerem como um casal.

Depois daquela segunda chuvosa, Haerin praticamente tinha se mudado para o apartamento de Danielle. Todos os dias depois de saírem da editora, elas seguiam para lá e jantavam. Quando a Kang dizia que precisava ir embora, pois já estava tarde, a editora-chefe a persuadia de mil maneiras diferentes só para ela ficar ao lado. Obviamente, Haerin não negava, até porque estava gostando cada vez mais de dormir ao seu lado.

Com a Kang ao seu lado, Danielle sentia que estava sendo conquistada todos os dias. Haerin sempre queria saber como ela estava ou como se sentia sobre as coisas ao seu redor, sempre a dava flores, levava para jantar fora nos fins de semanas e dizia incansavelmente o quanto a amava. As palavras de sua noiva sempre causavam algo no fundo de seu peito, mas melhor que isso, ela demonstrava. Apesar dos presentes e jantares, era nos detalhes que Marsh era conquistada.

Querendo mostrar para Haerin o quanto se importava, Danielle começou a demonstrar mais seu amor. Como falar sobre seus sentimentos não era seu forte, dedicava boa parte de seu tempo a ficar com a noiva, e isso fazia a Kang se sentir muito importante em sua vida. Aos poucos, elas foram construindo algo muito forte e intenso. Geralmente elas estavam na mesma frequência e quando acontecia de não estarem, uma acaba se dedicando um pouco mais à relação do que a outra. Apesar de muitas conversas que tinham para se entenderem da melhor forma possível, algumas vezes o instinto falava mais alto. Era muito perceptível para as duas quando uma delas não estava bem por algum motivo.

Após três meses do pedido de casamento, Haerin soube que seu livro seria publicado. Ela mal conseguia controlar a sua emoção quando Danielle a entregou o primeiro exemplar. Automaticamente, os olhos de Haerin se encheram de lágrimas e tudo o que conseguiu fazer foi abraçar Danielle no meio do escritório para demonstrar a felicidade que estava sentindo. Entre o choro de alegria, a Kang disse à noiva que daria aquele livro para sua avó, pois ela era a pessoa que mais acreditava nela. Rapidamente, a Marsh concordou com aquilo e até imaginava que ela faria isso.

Uma semana após o primeiro exemplar, Haerin subiu de cargo, passou de assistente para editora. Agora, era ela que tinha a sua própria assistente. Quando isso aconteceu, Danielle teve várias crises de ciúmes. Não era nada horrendo ou que interferisse no trabalho da noiva, mas não conseguia deixar a cara emburrada de lado. Sempre que isso acontecia, a Kang a puxava para um beijo apaixonado e reafirmava que só tinha olhos para ela. Alguns dias depois, a Marsh já não se preocupava tanto com isso, confiava plenamente na mulher que amava.

Quatro meses depois de reatarem, pode-se dizer assim, elas retornaram para Jeju onde fizeram um jantar de noivado. Apenas a família participou e Song Kang aproveitou a situação para se desculpar com a filha e com sua futura esposa pelas suas atitudes do passado. Querendo apenas manter o bem-estar, as duas o desculparam, mas deixaram claro que se ele fizesse qualquer outra coisa, não havia mais perdão.

Vovó Kang, Yoo-Jung, Hanni, Leeseo e Hyein surtaram de mil e uma maneiras diferentes quando elas revelaram que iriam oficializar a união em Jeju. As cinco mulheres se ofereceram para arrumarem tudo para elas e, dessa vez, deram uma despedida de solteira onde as duas participariam. Danielle não aceitou fazer algo sem que Haerin estivesse presente.

A mais velha da família Kang era a que mais se encheu de orgulho por elas estarem fazendo tudo do começo e tudo às claras com elas mesmas. A senhorinha dos cabelos de neve adorava tanto Daerin, que desejava do fundo do coração que elas soubessem levar aquela relação por muitos anos. As duas eram felizes juntas, nitidamente se amavam e se respeitavam, mereciam ter um relacionamento pleno.