Capítulo 13

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O Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1 de 1991 estava marcado para o dia 12 de maio, e Analice mal conseguia conter a ansiedade. Ayrton a havia convidado para assistir à corrida por telefone, e ela estava contando os dias para vê-lo novamente. Uma semana antes da corrida, porém, Ayrton decidiu fazer uma surpresa.

No fim do dia, enquanto Analice se preparava para deixar a faculdade, ela ouviu um murmúrio crescente entre os estudantes. Curiosa, virou-se para ver o que estava causando tanto alvoroço e seu coração disparou ao ver Ayrton Senna parado à entrada, sorrindo para ela.

"Meu Deus, é o Ayrton Senna!" alguém sussurrou ao seu lado.

Sem pensar duas vezes, Analice largou os livros e correu na direção dele. Ayrton abriu os braços e a envolveu em um abraço apertado assim que ela chegou.

"Ayrton! O que você está fazendo aqui?" perguntou ela, a voz embargada pela emoção.

"Eu não consegui esperar mais uma semana para te ver", respondeu ele, acariciando suavemente seu rosto. "Queria te fazer uma surpresa e passar um tempo com você antes da corrida."

Os estudantes ao redor observavam a cena, boquiabertos e tirando fotos com seus celulares.

"Você não imagina o quanto estou feliz em te ver", disse Analice, sentindo lágrimas de alegria se formando em seus olhos.

"Eu também estou feliz, minha Licinha", respondeu Ayrton, dando-lhe um beijo na testa. "Vamos sair daqui e passar um tempo juntos."

Enquanto caminhavam para o carro de Ayrton, os murmúrios e os olhares curiosos continuavam. Analice podia sentir a excitação no ar, mas estava tão envolvida no momento que nada mais importava.

"Todo mundo está nos olhando", comentou ela, meio envergonhada, enquanto entravam no carro.

"Deixe eles olharem", respondeu Ayrton com um sorriso travesso. "O que importa é que estamos juntos."

Ayrton a levou a um restaurante aconchegante, onde poderiam ter um pouco mais de privacidade. Enquanto se acomodavam na mesa, Analice não conseguia parar de sorrir.

"Então, o que você estava fazendo na faculdade quando eu cheguei?" perguntou Ayrton, curioso.

"Estava saindo de uma aula de economia", respondeu ela. "E você, como foi seu dia?"

"Tive alguns compromissos, mas não conseguia parar de pensar em você. Decidi que precisava te ver antes da corrida", confessou ele, pegando a mão dela sobre a mesa.

"Você é incrível, Ayrton", disse Analice, apertando a mão dele. "Estou tão feliz por você estar aqui."

Eles conversaram sobre a próxima corrida, os preparativos de Ayrton e como ele estava se sentindo em relação ao Grande Prêmio de Mônaco.

"Vai ser uma corrida difícil, mas estou confiante", disse ele. "E saber que você estará lá me apoiando faz toda a diferença."

"Eu não perderia isso por nada", respondeu Analice com firmeza.

Enquanto a noite avançava, eles aproveitaram cada momento juntos, rindo e conversando sobre suas vidas e sonhos. O relacionamento entre eles estava agora mais forte e assumido, e ambos sentiam que nada poderia abalar o que tinham.

"Vamos fazer essa semana contar", disse Ayrton enquanto caminhavam de volta para o carro. "Antes de Mônaco, quero passar cada momento que puder com você."

"E eu quero aproveitar cada segundo ao seu lado", respondeu Analice, segurando a mão dele firmemente.

"Vamos para casa? Tenho certeza de que seus pais vão querer me matar se não aparecermos logo." Ele riu, enquanto guiava Analice em direção ao carro.

No caminho de volta para casa, Analice não conseguia parar de sorrir. Ela se sentia grata por ter Ayrton ali, compartilhando aquele momento com ela e conhecendo sua família.

Chegando em casa, os pais de Analice receberam Ayrton de braços abertos. "Ayrton, que prazer tê-lo conosco", disse o pai de Analice, estendendo a mão para cumprimentá-lo. "Você está cansado da viagem? Por que não fica conosco esta noite? Temos um quarto preparado para você."

Ayrton agradeceu, expressando sua gratidão pela hospitalidade. "Será um prazer ficar com vocês esta noite. Estou realmente cansado da viagem", admitiu ele, com um sorriso sincero.

Após acomodarem Ayrton no quarto de hóspedes, Analice e ele trocaram um olhar cúmplice quando ficaram sozinhos por um momento. Ayrton quebrou o silêncio com um tom brincalhão: "Eles acharam que iam nos separar mesmo?"

Analice riu suavemente, sentindo-se feliz e descontraída na presença dele. "O que você está aprontando, Ayrton?" perguntou ela, com um sorriso, enquanto ele piscava para ela.

Com cuidado, Ayrton empurrou gentilmente Analice para fora do quarto e fechou a porta com um sorriso travesso. Ele podia ouvi-la rir do outro lado da porta.

No andar de baixo, os pais de Analice estavam felizes em ver o quanto ela estava radiante ao lado de Ayrton. Sentados na sala, conversaram animadamente enquanto Ayrton se instalava confortavelmente no quarto de hóspedes.

Depois de algum tempo, os pais de Analice decidiram se retirar para seus quartos, desejando boa noite um ao outro e apagando as luzes da sala. Com a casa mergulhada em silêncio, Ayrton esperou pacientemente, aguardando que todos estivessem dormindo.

Quando a madrugada finalmente chegou, Ayrton saiu de seu quarto de fininho, movendo-se silenciosamente pelo corredor. Ele abriu a porta do quarto de Analice devagar, tentando não fazer barulho. Ao entrar, ele encontrou Analice já deitada, aparentemente adormecida.

Ele sorriu ao vê-la e, com um toque leve de humor, murmurou: "Eu sei que você está acordada, pode abrir esses olhinhos."

Analice, que estava fingindo dormir, não pôde deixar de sorrir ao ouvir a voz dele. Ela abriu os olhos lentamente, revelando um brilho de alegria. "Você me pegou", disse ela suavemente.

Ayrton deitou-se ao lado dela, abraçando-a com carinho. "Não consegui ficar longe de você", confessou, seus dedos desenhando linhas suaves no rosto dela.

"Estou feliz que você veio", respondeu Analice, aconchegando-se mais perto dele.

Eles ficaram ali, em um abraço apertado, compartilhando o silêncio e a presença um do outro. O conforto de estarem juntos dissipou qualquer preocupação que poderiam ter tido. Ayrton começou a falar baixinho, contando detalhes sobre a viagem e como estava ansioso pelo próximo Grande Prêmio em Mônaco.

"Mal posso esperar para você estar lá comigo. Vai ser incrível ter você me apoiando de perto", disse ele, com um tom de esperança.

"Eu também estou ansiosa, mas estou preocupada com esse tempo fora, perdendo aulas", respondeu Analice, expressando sua dúvida.

"Vamos encontrar uma maneira de fazer isso funcionar", disse ele, com determinação. "Eu quero você ao meu lado, mas também quero que você alcance todos os seus sonhos."

Analice sorriu, sentindo-se reconfortada pelas palavras dele. "Obrigada, Ayrton. Vamos fazer isso dar certo."

Com um beijo suave, eles se despediram da conversa e se deixaram envolver pelo calor do abraço, adormecendo nos braços um do outro.

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Na Velocidade do Amor | Ayrton SennaOnde histórias criam vida. Descubra agora