Capítulo 19

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O voo de volta ao Brasil parecia interminável para Analice. As últimas semanas passaram pela sua mente, uma mistura de emoções intensas. Chegando a Florianópolis, sentiu uma sensação de alívio ao pisar em solo familiar. Seus pais estavam lá para recebê-la, e o calor do abraço deles a fez perceber o quanto precisava daquele conforto.

"Como foi a viagem, querida?" perguntou sua mãe, olhando preocupada para o rosto cansado de Analice.

"Foi... intensa", respondeu ela, tentando sorrir. "Mas agora estou feliz de estar em casa."

Nos dias seguintes, Analice tentou se readaptar à rotina. A faculdade e os amigos a ajudaram a se distrair, mas as lembranças de Ayrton e tudo o que havia acontecido ainda pesavam em seu coração. Ela se mantinha ocupada, mas sempre havia um momento de silêncio em que seus pensamentos voltavam para Mônaco.

Uma noite, o telefone tocou. Era Ayrton. Ela hesitou por um momento antes de atender.

"Alô?" disse ela, tentando manter a voz firme.

"Analice, sou eu, Ayrton", disse ele, com um tom suave e hesitante. "Como você está?"

"Estou bem", respondeu ela, tentando não deixar a voz trêmula. "E você?"

"Tenho pensado muito em você", confessou ele. "Queria te ligar antes, mas sabia que precisava de um tempo."

Analice suspirou, sentindo um aperto no peito. "Ayrton, eu também pensei muito em você. Mas essa situação toda foi difícil demais."

"Eu sei, e sinto muito por isso", disse ele, com sinceridade. "Queria poder fazer as coisas de forma diferente."

"Mas não pode, não é?" respondeu ela, com um toque de tristeza na voz. "O que aconteceu, aconteceu."

Ayrton ficou em silêncio por um momento, refletindo sobre as palavras dela. "Eu entendo se você não quiser mais falar comigo, mas queria que soubesse que ainda me importo muito com você."

"Eu também me importo com você, Ayrton. Mas preciso de tempo para entender tudo isso e ver o que é melhor para mim", disse ela, com a voz embargada.

"Claro, Analice. Eu respeito isso. Só queria que soubesse que, independente de qualquer coisa, eu estarei sempre aqui para você", respondeu ele, com sinceridade.

"Obrigada, Ayrton. Eu preciso ir agora", disse ela, sentindo as lágrimas começarem a rolar.

"Ok. Cuide-se, Analice. Espero que possamos conversar de novo em breve", disse ele, com um tom de despedida.

"Você também, Ayrton. Até algum dia", disse ela, desligando o telefone.

A conversa deixou Analice pensativa. Ela sabia que ainda sentia algo por Ayrton, mas também sabia que precisava seguir em frente e focar em sua própria vida. O tempo seria o melhor remédio para suas feridas.

A conversa deixou Analice pensativa. Ela sabia que ainda sentia algo por Ayrton, mas também sabia que precisava seguir em frente e focar em sua própria vida. O tempo seria o melhor remédio para suas feridas.

Nos dias que se seguiram, Analice se dedicou aos estudos e à sua rotina na faculdade. Os amigos a ajudaram a se distrair e a encontrar momentos de alegria novamente. Clara, em especial, estava sempre por perto, oferecendo apoio e companheirismo.

Certa tarde, enquanto tomavam um café no campus, Clara perguntou: "E então, como você está se sentindo? Parece que está mais leve ultimamente."

Analice sorriu, apreciando a preocupação da amiga. "Estou tentando me concentrar em mim mesma, Clara. Acho que finalmente estou começando a me sentir mais forte."

"Isso é ótimo, Analice. Você merece ser feliz e encontrar sua própria paz," disse Clara, segurando a mão dela com carinho.

Pouco tempo depois, Analice recebeu um telefonema de Enzo.

"Oi, Analice. Como você está?" perguntou ele, com o tom amigável de sempre.

"Oi, Enzo. Estou bem, e você?" respondeu ela, sentindo-se mais leve ao ouvir a voz dele.

"Estou bem também. Sabe, estava pensando em você e em como as coisas têm sido difíceis. Queria saber se você gostaria de passar um tempo aqui na Europa de novo. Sem compromissos, só para relaxar", sugeriu ele.

Analice ponderou por um momento. A ideia de uma viagem sem preocupações parecia tentadora. "Eu vou pensar, Enzo. Pode ser uma boa ideia."

"Ótimo. Qualquer coisa, estarei aqui para te receber", disse ele, com entusiasmo.

"Obrigada, Enzo. Você tem sido um grande amigo. Vamos nos falar mais sobre isso em breve", respondeu ela, sentindo-se grata.

Depois de desligar, Analice se deitou na cama, pensando na proposta de Enzo. Talvez uma nova viagem pudesse ajudá-la a clarear a mente e a encontrar novas perspectivas. 


* Amanhã sai os dois últimos capítulos e epílogo.

Na Velocidade do Amor | Ayrton SennaOnde histórias criam vida. Descubra agora