( Passado)
3
Em seguida, chegou dois homens, que estavam entre os soldados à nossa frente e um deles, bateu no vidro do carro e apenas disse:
- Saíam do carro!
__________________________________Meu pai, somente olhou para ele e não ousou se mover, por qualquer motivo que seja.
Então o soldado, estando muito irritado, disse mais uma vez:
- Saíam logo do carro!
__________________________________Meu pai, sem escolha, saiu, para que minha mãe, também não precisasse se retirar do carro.
Ele estava muito amedrontado, dava para ser notado, no olhar dele.
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Então o meu pai, estando trêmulo de medo, pediu ao soldado:
- Por favor! me levem, mas não machuquem o meu filho e a minha mulher, eu imploro!
- Deixe-os ir, logo estarão longe daqui e você não voltará a vê-los novamente.
O soldado em resposta, zombou dele dizendo: - Por que eu deveria poupar à vida da sua família? Seu porco sujo!
*
O soldado, logo após dizer aquilo de forma invasiva para o meu pai, cuspiu nele.
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Enquanto isso, o segundo soldado, decidiu olhar no bolso do meu pai, que ficava na jaqueta dele.( Ele pegou a identidade e olhou atentamente o nome e sobrenome. Após analisar com calma, ele olhou para o meu pai e disse:
- Anda! Pegue o seu filho e vá embora!
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- Assim tão de repente?- Mas e a minha mulher?
Disse assustado.- Sua mulher fica! Pois ela não parece uma de nós.
Disse o segundo soldado.Minha mãe ouvindo tudo, gritou:
- Não!!! Por favor! O meu filho precisa dos meus cuidados, ele precisa de mim!
- Ele não pode ficar sem uma mãe!
O soldado, gritou com a minha mãe, irritado: - Cala a boca!
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( Informação extra, Oli: Na identidade do meu pai, estava o sobrenome "KAEDE" e o segundo soldado que estava à esquerda do nosso carro, viu que meu pai, era um antigo servente do exército e que era um deles. )
4
O Soldado, para não machucar um garoto de "raça pura", resolveu exercer uma condição:
- Vá! Ou terei que matar o seu filho, Junto com à sua mulher!
O meu pai, fechou os olhos e chorou.
Ele se virou em direção à minha mãe e disse:
- Desculpa! Me perdoe...
(Ele disse com decepção.)
Minha mãe, estando preocupada e com medo, disse:- Oliver... Querido, saiba que eu te amo, muito meu amor e daqui para frente, você ficará só com o papai.
- Não fique assutado tá bom? Eu prometo que voltarei para você, quando tudo se resolver.
Depois de ter me dito isto, ela se retirou do carro e foi em direção ao segundo homem.Ela foi embora com ele, entre as cinzas.
Ela desaparecia aos poucos, pela fumaça das chamas e eu só olhava, até a última sombra dela desaparecer.
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*
Narração do futuro:
(Ela disse que voltaria, mas depois daquele dia, eu vejo que era mentira, pois eu nunca mais voltei a vê-la.)
Eu fiquei com o meu pai, por um bom tempo, até ele ser chamado para lutar na guerra e nunca mais voltar.
Eu fiquei órfão de pai e mãe e eu nunca mais consegui esquecer daquele dia.
Nunca deixo de pensar, que se eu não fosse considerado um menino de "Raça pura", eu seria morto junto com à minha mãe.
Autor:
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Está história é uma crítica a 2° guerra mundial.
Para entender o 1° e 2° capítulo da história, peço que você leitor, conheça um pouco mais sobre a 2° guerra mundial.
Explicando um pouco deste capítulo: O Oli não foi morto junto com a mãe dele, pelo fato dele ser loiro de olhos claros.
Durante o movimento "Nazista",
Milhares de Judeus, Negros e Ciganos, foram mortos e a mãe do "Oli" era cigana.
Naquela época, o movimento nazista, queria transformar a Alemanha, em um país de "raça pura" ou "Raça ariana". Isso era o que os nazistas queriam: um país composto por pessoas brancas, com características como: loiro de olhos claros.
Todos os povos que não eram da raça ariana, foram considerados membros de raça inferior.
E passaram a ser perseguidos.Peço que procurem mais afundo por esta informação, por este site de História:
"Históriadomundo.com.br"
*
Está história é fictícia, algumas coisas colocadas na história, não foram acontecimentos "Reais".
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Sou apenas Oli
Teen FictionO amor não é louco. Sabe muito bem o que faz, e nunca, nunca, age sem motivo. Loucos somos nós, que insistimos em querer entendê-lo no plano da razão. (Marina Colasanti) A criação de um mundo único vem de um grande número de fragmentos e caos. (Hay...