NOTAS DA AUTORA:
Oi, clã!
Boa leitura! 🐇
🌙
— São cinco dólares.
Yoongi tragou o cigarro, arrancando tudo o que droga tinha para oferecer até o filtro. O odor acre subia no ar, mas a nicotina não trazia nenhuma calma para seu sistema. Expirou a fumaça lentamente pelas narinas, assistindo às cinzas caírem entre suas botas. Ergueu a cabeça e fitou atrás das prateleiras, baixas e quase vazias, da loja de conveniência, atrás da vidraça embaçada e necessitava urgentemente de uma lavagem, Jimin de pé, encostado no capô frontal do Fusca.
— São cinco dólares.
Yoongi mordeu com mais força o chiclete de merda entre os dentes, sabia que o Park estava puto da vida. Era assustador e excitante vê-lo daquele modo, porque Jimin ficava lindo quando estava bravo. No entanto, tinha ciência de que naquela noite iria lidar apenas com o lado puto da vida e não o sexy.
— São cinco...
— Eu ouvi da primeira vez. — enfiou a mão no bolso da jaqueta e arrancou de lá uma nota amassada de cinco dólares e colocou sobre o balcão. — Valeu. — agarrou as duas latas de Coca-Cola e a pequena barra de chocolate, não deu uma última olhada para o atendente.
Jogou o resto do cigarro no primeiro degrau de concreto fora da loja e pisou na ponta avermelhada com o calcanhar da bota. Seu fusca era o único carro entre as guias do posto de gasolina, e ele e Jimin eram os únicos clientes, não podia se esperar algo diferente eram três horas de uma madrugada fria.
O Min leu no entortar sutil dos lábios do Park o quanto ele estava pronto para explodir. Para Yoongi, nunca deixaria de ser impressionante o quão rápido foi o tempo precisado para aprender o queria dizer cada micro expressão no rosto de Jimin, sabia de tudo; bater os calcanhares contra o chão, não significava ansiedade e sim frustração, revirar os olhos, não era desdém e sim provocação, baixar o olhar, não era submissão e sim desinteresse.
— Aqui está. — estendeu uma das latas de Coca-Cola rumo ao Park.
— Não, valeu.
— É sua favorita...
— Eu não quero a merda de uma Coca-Cola, Yoongi.
— Qual é? — Yoongi se encostou lentamente no capô no carro, para logo após se sentar sobre ele. — Você não pode relaxar e deixar isso de lado? Não foi tão ruim assim.
Jimin virou a cabeça em sua direção de uma vez e olhou como se o Min estivesse maluco.
— Não foi tão ruim assim? Jungkook estava drogado. DROGADO! Literalmente caindo de bêbado. Ele estragou nosso primeiro show. Nossa primeira sessão de fotos. Fodeu com a porra toda. E vocês, puta merda. — O Park agarrou os cabelos entre as mãos com tanta força que suas juntas ficaram pálidas. — O Jin teve a audácia de se desculpar em nome dele e o Taehyung ficou lá na pensão cuidando do filho da puta, como se Jungkook fosse um bebezinho ou a droga de uma donzela em perigo. — a língua de Jimin bateu entre os dentes, foi o movimento que o interrompeu de continuar berrando.
— Jungkook precisava de ajuda, paixão, tenta entender isso, não parece, mas ele é gente também. — Yoongi abriu a lata de Coca-Cola, num gesto estrategicamente calmo, o que foi uma péssima escolha, pois Jimin arrancou o refrigerante de sua mão.
— Como é? Tenho que entender o Jungkook agora? O filho da puta é ele.
— Sei disso, mas... — o Min parou, não porque Jimin o interrompeu com falas, mas sim com o ato de lançar a lata de refrigerante no meio da rua. O barulho do fecho abrindo, o material metalizado ricocheteando no asfalto e o líquido espalhando-se pela rua atravessou o silêncio do posto de gasolina.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Coelhos Na Lua (Kth + Jjk)
FanfictionEm 1969 parecia que cada jovem de Nova Iorque estava fascinado pela ideia de se tornar um grande rockeiro, alguém como John Lennon ou Jimi Hendrix, viver sob o lema sexo, drogas e Rock 'N Roll. Além de dinheiro, muito dinheiro. Um pouco de fama tamb...