Capítulo 24

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"E você mereceu." Ela rolou os olhos. Eu bufei.

Logo um portal apareceu, revelando o meu pai saindo dele. Ele tinha uma expressão séria no rosto.

"Bem-vindo de volta, Aranwe." Sera respondeu de forma formal.

Ele assentiu sem dizer nada.

"Oi pra você também, desgraçado." Minha mãe disse brava.

"Eu abraçaria você." Eu disse para o meu pai. "Se eu não estivesse lotada de perguntas sem respostas! E um montão de magoas!" Eu disse brava.

"Sera, quem é essa garota?" Meu pai falou confuso. "E por que ela se parece tanto com a Rossi-" Ele iria dizer mas ele se interrompeu. "Você ficou com outra cara, Rossi?!" Ele levantou a sobrancelha enquanto olhava para a minha mãe.

"Oh seu idiota, acorda pra vida e tira a cabeça das nuvens! É sua filha!" Ela disse irritada.

"Minha oque?!" Ele juntou as sobrancelha.

"É, sua primeira filha. Desde o dia em que você me deixou parada na frente do nosso ponto de encontro!" Ela bateu o pé no chão.

"Eu?! Te deixar sozinha no nosso ponto de encontro?! Do que você está falando?! Quem me deixou sozinho foi você!" Ele falou, ficando mais confuso e bravo.

"Quem mente aqui são os demônios, ta afim de virar um anjo caído?!" Ela serrou os punhos.

"Mas eu não to mentindo, e você sabe muito bem! E por que não me contou que estava grávida?! Eu teria assumido sem mais nem menos! Você sabe que não sou esse tipo de homem." Ele serrou os olhos.

"Para!" Eu falei brava e assumi a forma angelical. "Da para vocês pararem?!" Eu falei brava.

"(Isso é um show a ser assistido...)" Será pensou, levantando uma das sobrancelhas enquanto assistia sentada.

Minha mãe bufou.

Meu pai ficou incrédulo. "Você é... Igual a mim. Herdou meu sangue?!" Ele perguntou.

"É, feliz? Eu tive que esconde-la do mundo praticamente! Eu posso odiar ela, mas eu não me perdoaria se eu a deixa-se por aí, ela pode morrer só por ter esses poderes. O mundo é cruel.... " Minha mãe disse, abraçando a si mesmo enquanto olhava para baixo.

"Eu simplesmente não... Não tive idéia de que isso era possível... " Meu pai falou, com um peso nos ombros.

"Mas é, pai... Se não for pedir muito, quero que me falem a visão de cada um de vocês." Eu falei. "Do dia do ponto de encontro... " Eu falei num tom sério. "Isso conta com você também, Sera. Você disse que sabia de muitas coisas, certeza que está envolvida nisso." Eu olhei para Sera, ela assentiu.

"Eu conto a minha versão, não quero ouvir a dele antes de contar a minha." Minha mãe disse, cruzando os braços.

Pov narradora ◆◆◆

Rossi se sentou numa das cadeiras da sala de reunião enquanto começava a falar.

"Eu e seu pai... Marcamos um encontro, ele me disse que iria ter uma surpresa. Me lembro como se fosse ontem... " Rossi disse, com um pequeno sorriso apaixonado, mas ele se foi quando notou Aranwe a olhando e rindo um pouco.

Flashback on~

Pov Rossi ➹

Eu estava na casa dos meus pais, me arrumando, obviamente escondida dos meus pais. Eu nem estava acreditando que realmente teria uma surpresa nesse encontro. Na época eu tinha apenas 17 anos, e ele tinha 18. Eu vesti um vestido preto com a saia rodada e bonita, com mangas transparente. Eu estava na frente do espelho, colocando delicadamente uma rosa negra nela, rosa queimada, mas, ainda sim.

Eu tinha um sorriso alegre no rosto e meus olhos brilhavam de alegria. Jurava que nunca poderia ser tão feliz quanto eu estava nesse momento. Eu me olhei no espelho e fiquei vendo se meu corpo estava bom no vestido. Desci meu olhar para a minha barriga e quando vi que ela estava um pouco mais grande, eu achei estranho. Logo temi que poderia estar grávida, eu não sabia se ficava feliz ou se choraria, o medo de Aranwe não assumir só me dominava. Eu tentei ignorar e pensar que não era nada, até que eu senti uma onda forte surgir dentro de mim, eu corro para o banheiro e jogo tudo oque comi para fora. Eu não sujei o vestido nem nada, só tive que limpar a privada rápido e escovar meus dentes de novo. Passei na farmácia que por algum motivo, pegava fogo, e por sorte, acabei encontrando um teste de gravidez.

Fui de volta para casa, ansiosamente desesperada para fazer o teste, minha sorte é que estava cedo, ainda era apenas 17:33 e o encontro era as 21:00 da noite.

Eu entrei no banheiro e tranquei a porta e comecei a fazer o teste. 5 minutos se passarem e eu olhei para o teste pela milésima vez, e quando eu vi, tinha dado positivo.

Eu comecei a chorar em silêncio para minha mãe nem meu pai escutarem, mas não era um choro de tristeza ou felicidade, era choro de medo.

10 minutos se passaram, comigo no banheiro chorando em silêncio, eu olhava várias vezes para o teste, para ter certeza de que não estava delirando ou alucinando. E eu não estava....

P. N. T (pulo no tempo).

Finalmente chegou o horário de eu ir. Eu dei um retoque na simples maquiagem que estava no meu rosto.

Cheguei no ponto de encontro, que era um restaurante bem bonito. Tinha mesinhas do lado de fora e me sentei numa delas, tentando não parecer ansiosa. Vários tipos diferentes de demônios como , famílias casais e crianças saiam aos poucos do restaurante, felizes, oque fez eu me sentir solitária, mas eu tentei não ligar muito.

. . .

Já se passaram quase uma hora desde que estou parada naquela mesa sem ninguém, minha esperança indo embora aos poucos. Meu olhei para os lados a procura dele, mesmo estando sem esperança. Eu olhei na direção de um beco e vi um vulto branco passando do nada e quando eu pisquei, sumiu. Eu achei estranho, até sentir uma mão no meu ombro. Eu me viro e me deparo com um diabrete que atendia as pessoas dentro do restaurante, ou pelo menos ele estava atendendo antes.

"Senhorita, o restaurante já está fechado." Ele me alertou.

Eu olho para as outras mesas e me deparo que as cadeiras já estavam empilhadas nas mesas.

"Ah, claro." Eu me levanto, me sentindo estúpida e decepcionada.

"Tenha uma noite péssima." O diabrete disse, colocando a cadeira em cima da mesa.

"Mais do que já está? Obrigada. Pra você também." Eu falei dando as costas e indo para casa, com raiva.

E depois daquele dia, eu passei a odiar Lela por conta de achar que  Aranwe me abandonou porque eu achei que ele sabia que depois daquele dia, eu estaria com um suposto ser morando na minha barriga.

Flashback off -

Pov narradora ◆◆◆

"Espera ai, você foi no horário das 21:00 da noite?." Aranwe falou confuso.

"Fui, por que? Esqueceu do encontro? Assim como da minha existência?" Rossi cruzou os braços.

"Não! Nunca poderia esquecer da garota que roubou o meu coração no meio de um monte de xingamentos e me fez ficar apaixonado." Aranwe disse, com um pequeno sorriso. "Eu perguntei porque esse não foi o horário que eu fui ao ponto de encontro." Aranwe disse confuso.

Três garotas, Um Amor: Hazbin hotel (UA)Onde histórias criam vida. Descubra agora