Sara Houston
Dizem, por aí, que nossas escolhas moldam nosso futuro. Minhas escolhas de resolver as coisas me prejudicaram bastante. Hoje vivo em um lugar que não me pertence, mas fazem eu sentir que sim, ou melhor, eu pertenço. aos meu dezesseis anos, cometi um crime digno de uma doente mental, psicopata, e assim que as pessoas me enxergam.
Assim, sete anos se passaram, e eu ainda estou aqui. Minha imagem e de assustar qualquer um, pareço um típico fantasma. Eu quase não saio para o jardim, de tanto viver presa em uma cama de um quarto escuro, meu olhos doem na luz.
E não, ninguém dos meus familiares vem aqui, talvez tenham se esquecido de mim. A última vez, que eu lembre, ter visto alguém conhecido, foi meu irmão mais velho, Anthony, mas foi de longe.
— Bom dia Srt Houston.– Elle, uma soldas enfermeiras entra no quarto.
— Pronta pro café da manhã?– Seu sarcasmo, sem graça, faz eu ignorar sia presença ali.O meu "café da manhã" eram os líquidos que eles me injetam, todos os dias. No começo, me contorcia com tamanha dor, mas hoje é apenas uma ardência momentânea. Logo após isso, ela me trazia um mingau horrendo, como se visse vômito.
— Já, já eu volto. Hoje é dia de respirar ar puro.– ela sorri e se retira.
Não entendo sua felicidade, como pode não ter um pingo de remorso, em ver alguém sofrer. Até hoje eu não sei o que me injetam, nunca nem ouvi murmúrios.
Elle voltou e me levou para fora, e como esperado, meus olhos doeram. Mantenho es fechados, abrindo devagar em seguida, acostumando aos poucos com a claridade.
Fico só e me apóio em um pequeno corrimão.— Novata?– alguém pergunta.
Tento novamente abrir os olhos devagar. Era uma mulher, aparentava ter quase minha idade. Apoiava a cabeça nos dois braços, cruzados em cima do corrimão, enquanto me olhava.
— Nunca te vi por aqui.– Ela diz .
Eu jeito de falar não era de uma pessoa louca, e eu estou acostumada a ver por aqui.
— Não.– digo descendo os degraus.
Sigo até um banco de madeira, como os de praça, e me fico ali. Meus olhos não doíam tanto, agora era suportável.
— Beatrice Stuart, prazer.– Ela senta ao meu lado.
— E você quem é?– ela me pergunta com o olhar curioso.— Sara...– digo.
— O que voce quer?– pergunto, se não fosse nada, esperava o bom senso de me deixar em paz.— Eu apenas esperava ter um bom papo.– Ela apoia os cotovelos nas costas do banco.
— Porque está aqui? Não vejo nada anormal em você, a não ser sua aparência, mas eu sei que são os maus tratos desse lugar.– ela diz olhando ao redor.
— Vim parar aqui pra culpa de uns amigos, me meti onde não devia e acabei sendo acusada de coisas que não fiz.– Ela suspira e me olha, como se esperasse eu dizer oq que me trouxe aqui.— Matei alguém...– Falo olhando para o céu.
— Wow, você é perigosa.– ela diz rindo.
— Mas você não deveria estar na prisão? A não ser que você não tenha simplesmente matado alguém.– Sua feição era de um detetive ligando os pontos de uma caso.Realmente, foi além de um assassinato. Cinco mortes justas, porém incompleta, posso dizer, ninguém esteve no meu lugar para saber os motivos.