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A brisa suave da noite acariciava nossos rostos enquanto aguardávamos na fila da pastelaria

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A brisa suave da noite acariciava nossos rostos enquanto aguardávamos na fila da pastelaria. Danilo, com sua voz rouca e expressão séria começou a falar.

Danilo: Mas você parou pra pensar que eles vão ficar com o crédito de tudo que você tá planejando? - indagou ele, erguendo as sobrancelhas com uma mistura de incredulidade e preocupação. - Os caras querem um evento novo e exclusivo e não sabem ser criativos nem pra uma ideia mínima. Esse bagulho não é justo, não, Valentina.-

Valentina- sorrio com a franqueza do mesmo, e o respondi com convicção - Eu estou sendo contratada pra isso, Danilo. Além de receber pelas coisas que vou criar, vou receber pela criação do evento. Não é meu trabalho? Não é, mas pelo menos irão me pagar a mais, e provavelmente serei indicada a pessoas de nível mais alto. Além disso, tenho meu assistente e outras pessoas pra me ajudar. Tipo você, que nem foi pago e me deu aquela brilhante ideia. -

Danilo - Você sendo paga é o que importa. Então se for indicada vai ser bom pra tua carreira, né? Tu tá chique memo ein, assistente e pessoas para ajudar. Então quero uma parte desse trabalho, ein. -

Valentina- com as palavras dele senti um misto de gratidão e animação ao ouvir suas palavras. - O dinheiro é importante, mas vai ser mais importante ainda vendo tudo sair perfeitamente, claro que vai!! Vai fazer eu ser mais vista, o que vai ser bom pra quando eu lançar minha própria marca pro mundo todo. É quase igual a você, né? Aquele cara que anda contigo é tipo seu 'assistente', e os restante são pessoas que te ajudam. Só trabalhamos em áreas diferentes. -

Danilo- Parece ser importante pra você essa parada de ter sua própria marca. Pô, pode crer, é quase a mesma fita só muda a área- ponderou Danilo, revelando uma compreensão admirável.

Conforme avançávamos na fila, nossos olhares se perdiam na multidão que aguardava ansiosamente por seus pedidos.

Valentina- Esse pastel deve ser bom pra caralho, né? Oiá o tanto de gente -comentei, quebrando o silêncio momentâneo.

Danilo- Se eu soubesse que tava tão cheio, dava um jeito de pegar mais cedo. Eu pensei em dar um trocado a mais pro nosso ser mais rápido, mas é zoado, né.

Concordei com um aceno de cabeça, observando os nomes na tela à nossa frente.

Valentina- É sim, mas daqui a pouco chega nossa vez. Parece que tem pouca gente na nossa frente- comentei, sentindo a expectativa crescer em meu peito enquanto nos aproximávamos do balcão.

[...]

Danilo gentilmente abriu a porta para mim entrar dentro do carro. Segurei as coisas com cuidado enquanto entrava, sentindo o aroma tentador do pastel embrulhado em papel marrom. Uma onda de memória da infância invadiu minha mente; os fins de semana na feira com meu pai e Danilo, devorando pastéis até não aguentar mais e quando chegava em casa era minha mãe brigando com meu pai por te deixado a gente comer pastel demais o que acabava deixando a gente sem almoçar e as vezes com a barriga doendo.

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