onde uma das amigas de João manda foto de um de seus amigos, o garoto logo sente um crush a partir do momento em que vê-lo. será que eles vão se encontrar em caminhos? ou melhor, será que eles vão dar certo?
🚨 ‘esse capítulo contêm gatilhos, se for sensível, não leia. 🚨
· Malu point' view
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João tinha me mandado mensagens de madrugada bêbado, sabia que isso iria acontecer, ele tinha ido pra uma festa sozinho. fui correndo rapidamente com o Pedro até o lugar em que ele estava, estacionamos o carro em frente ao bar, que por acaso estava lotado, entrei e fui com o Pedro atrás dele, corri pelo bar inteiro.
até encontrar ele deitado no chão, na porta do banheiro, com uma garrafa de vinho. ele estava chorando no chão, logo em que me viu se levantou, quase caindo e veio correndo em minha direção me abraçar.
— oi! — quase nem saí nada de sua boca, ele estava com cara de quem vomitou muito. — tava com saudade! — ele se aperta em meu abraço, logo desgruda ao ver Pedro em meu lado.
— vamos lá pra casa, a gente te dá um banho, você conversa comigo e dorme quentinho num lençol com meu cheiro, que você tanto gosta. — dou um beijo em sua bochecha, ele estava cheirando forte a bebida.
— obrigado, eu te amo! — diz ele choroso.
Pedro ao meu lado não diz uma palavra, fica com seus braços para trás, quieto. gosto desse jeito do Pedro, de ir acompanhar e ficar quieto quando precisa está, só ele ali já basta.
— é... — finalmente saí um palavra da boca do Pedro, logo eu e João olhamos fixamente para ele. — vamos pra casa então? — ele pega a chave do carro apontando em direção a rua.
— vamos! — puxo o braço de João, fazendo ele ficar apoiado em mim, levo ele em direção ao carro.
entramos no carro, fui atrás com João enquanto Pedro ia dirigindo, João passou o caminho chorando em meu ombro, não sabia o motivo daquele choro, mas sabia que precisa de alguém. Já Pedro estava dirigindo, sempre olhando pro banco de trás pra ver se algo demais tinha acontecido.
— chegamos. — Pedro diz e logo desliga o carro, puxei João que estava babando no meu ombro e levei ele junto com a ajuda de Pedro.
— você pode levar ele? — pergunto.
— uhum. — Pedro diz enquanto pega o garoto pelos braços.
assim que chegamos em casa fui logo levar ele pra tomar um banho, dessa vez ele tomou sozinho!
— acho que metade do álcool desceu! — João diz após sair do banho, o cheiro do shampoo que ele usou do Pedro estava por toda casa.
— exagerou no meu shampoo! — diz Pedro.
eles formam um casal tão lindo, fico pasma.
— pelo menos estou com seu cheiro, Tófani! — ele rebate, dando um sorriso.
— desculpa atrapalhar o casal, mas, João precisamos conversar, é sério! — chego junto ao garoto.
— tá bom. — ele fecha a cara, nervoso. — conversar onde? — ele pergunta.
— no meu quarto, vamos!
assim que chegamos no meu quarto me sentei no chão, fiquei apoiada do lado da cama juntamente com o garoto.
— quer me contar o por quê disso? — pergunto indo para perto dele, ele logo se ajeita e se deita na minha perna.
— Malu, complicado! — ele bufa.
— a gente tem todo tempo do mundo, você pode começar a falar quando quiser, eu não vou te julgar de maneira nenhuma. — digo, fazendo o garoto se sentir confortável.
— tá bom.. — ele olha pra cima, olhando para meus olhos e decide se levantar, ficando novamente ao meu lado. — fui pra festa, decidi ir sozinho, 'cê sabe que eu e o Pedro ficamos, certo?
— certo. — concordei.
— eu sei que a gente não vai ter nada, mas eu vi uma coisa nesse menino que não foi normal, como se eu já tivesse conhecido ele em outra vida, e eu nem conheço ele direito! — ele riu. — mas nos dois ficamos muito afastados, o que não era pra acontecer, era para nos dois ficarmos juntos, ficarmos próximos, quem sabe conhecer um ao outro.
— eu falei isso a ele, vocês precisam se conhecer!
— exato! — disse ele. — enfim, mas eu sou todo errado e gosto de ser imaturo, como sempre! fui a uma festa sozinho, bebi mas do que devia e fiquei com vários. Malu, não é legal beijar várias bocas em uma noite, qual a graça se nenhuma é a dele? o vazio vai sempre permanecer o mesmo, então me arrependi, eu me senti culpado, não sei, não estava bem, e eu ultimamente sempre venho andando com uma lâmina.
— puta que pariu, João Vitor! — após a última frase dele, abaixei minha cabeça em minhas pernas, já sabia o que viria pela frente.
— eu me senti culpado e acabei.. — ele não fala mais nada, apenas mostra as cicatrizes em seu braços. — acho que a solidão faz isso com as pessoas. — ele diz choroso.
— vem cá! — puxo ele mais pra perto de mim, fazendo nos dois nós abraçar, ele apoia sua cabeça em meu ombro e começa a chorar.
do mesmo jeito em que eu já tive um passado ruim com o Pedro em questão de relacionamentos, tive com João em relação a depressão. porra, as recaídas dele voltaram.
ele precisava de mim, Pedro precisava de mim, mas eu também precisava deles. porra.
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