Depois do encontro acidental onde Hiroki e Sayu esbarraram com Nao e Kokujin, as tensões aumentaram consideravelmente. Kokujin, humilhado por ter sido impedido de atacar Hiroki, jurou vingança. Dias se passaram e, em uma noite tranquila, Hiroki e Sayu estavam assistindo a um filme em seu apartamento. A atmosfera era relaxada, e a paz parecia reinar no pequeno refúgio que compartilhavam. Sayu, exausta, adormeceu no sofá, enquanto Hiroki se lembrava de que precisava comprar algumas coisas no mercado. Sem querer incomodar Sayu, ele decidiu sair sozinho.
Ao sair do apartamento, Hiroki sentiu o ar fresco da noite e caminhou tranquilamente pelas ruas silenciosas. O mercado ficava a apenas alguns quarteirões de distância, e ele pensou que seria uma caminhada rápida. As luzes das ruas projetavam sombras alongadas no chão, criando um cenário quase cinematográfico.
No entanto, à medida que se aproximava do mercado, Hiroki notou algo estranho. As ruas que costumavam ser tranquilas pareciam ainda mais desertas do que o habitual, e ele sentiu um calafrio subir pela espinha. Ignorando o desconforto crescente, ele continuou em frente.
De repente, sem aviso, Hiroki foi cercado por Nao, Kokujin e mais dois amigos de Kokujin. O olhar de malícia no rosto de Kokujin deixou claro que eles estavam ali com um propósito sombrio. Antes que Hiroki pudesse reagir, um dos amigos de Kokujin sacou uma arma e disparou, acertando Hiroki e o deixando incapaz de se defender.
Com um sorriso cruel, Kokujin se aproximou do corpo caído de Hiroki, enquanto Nao e os outros filmavam a cena com seus celulares. Hiroki, em um último esforço, tentou se mover, mas sua força estava rapidamente desaparecendo. As risadas e zombarias dos agressores ecoaram pela noite, adicionando uma camada de horror à situação.
Após garantir que Hiroki não sobreviveria, Kokujin pegou a filmagem e a transferiu para um DVD. Na manhã seguinte, Sayu acordou e percebeu que Hiroki não estava em casa. Preocupada, ela começou a procurá-lo, sem imaginar o pesadelo que a aguardava.
Poucas horas depois, um pacote anônimo foi deixado na porta do apartamento. Com as mãos trêmulas, Sayu abriu o pacote e encontrou o DVD. Ao assistir, seu mundo desmoronou ao ver Hiroki sendo brutalmente assassinado. A dor e o desespero tomaram conta de Sayu, enquanto ela caía de joelhos, gritando em agonia.
A tela do televisor era iluminada por imagens sombrias e perturbadoras. Sayu assistia, com os olhos arregalados e a respiração presa, brutalidade que havia sido infligida a Hiroki. Cada disparo, cada grito de dor, era uma faca cravada em seu coração. 0 sangue de Hiroki manchava a tela, e as risadas dos agressores pareciam ecoar pelo apartamento, transformando o local em uma prisão de tormento para Sayu.
Incapaz de suportar a visão, Sayu desligou o DVD e caiu no chão, abraçando-se enquanto lágrimas quentes escorriam pelo seu rosto. A dor era avassaladora, um abismo sem fim de sofrimento. Ela sentia como se uma parte de sua alma tivesse sido arrancada, deixando um vazio insuportável. 0 apartamento, que antes era um refúgio de amor e felicidade agora estava impregnado com a sombra da morte e do desespero.
Sayu se levantou, cambaleando, e começou a andar pelo apartamento, tocando os pertences de Hiroki, buscando qualquer conexão com ele. A camiseta que ele havia deixado sobre o sofá ainda guardava seu cheiro, e isso a fez chorar ainda mais. Ela abraçou a peça de roupa, buscando conforto em uma presença que jamais voltaria.
Ao voltar para a mansão, Sayu sentiu o peso da solidão envolvê-la mais uma vez. As paredes imponentes e os corredores vazios pareciam ecoar com a ausência de Hiroki. Cada canto da mansão agora carregava memórias dolorosas, lembrando-a de tudo o que havia perdido.
Sentada no sofá da sala de estar, Sayu se deixou levar pelas lágrimas do remorso. Ela se culpava por ter insistido em conhecer a cidade natal de Hiroki, por ter desencadeado uma série de eventos que levaram à sua morte brutal. Hiroki sempre foi tão compreensivo, tão amoroso, e ela, egoisticamente, tinha buscado satisfazer sua própria curiosidade, ignorando os perigos iminentes.
Lembranças de Hiroki invadiam sua mente, cada gesto gentil, cada palavra de conforto. Ele a amava incondicionalmente, fazendo de tudo para vê-la feliz, mesmo que isso significasse enfrentar os demônios do seu passado. Agora, tudo o que restava era um vazio doloroso, um silêncio ensurdecedor que ecoava pelas paredes da mansão.
Sayu se levantou, sentindo o peso da culpa esmagá-la. Ela vagou pelos corredores sombrios, os quadros nas paredes pareciam observá-la com olhos acusadores. Ela se perguntava se algum dia conseguiria perdoar a si mesma por ter levado Hiroki à morte.
Ao chegar ao quarto que costumava compartilhar com Hiroki, Sayu se viu diante de um mar de lembranças. O cheiro do perfume de Hiroki ainda pairava no ar, como um lembrete constante da sua presença ausente. Ela se aproximou da cama e afundou no colchão macio, abraçando o travesseiro dele como se fosse a única âncora em um mar de desespero.
A mansão, que antes era um lugar de conforto e segurança, agora se transformara em uma prisão de dor e arrependimento. Sayu se sentia perdida, sem rumo, sem saber como seguir em frente sem o amor e apoio de Hiroki.
Enquanto as lágrimas continuavam a rolar pelo seu rosto, Sayu fechou os olhos e se deixou levar pela onda avassaladora de tristeza. Ela sabia que o caminho à frente seria difícil, cheio de obstáculos e desafios, mas ela também sabia que precisava encontrar uma maneira de honrar a memória de Hiroki, mesmo que isso significasse enfrentar seus próprios demônios interiores.
Sayu tentou desesperadamente encontrar refúgio no sono, mas era um luxo que lhe fora negado. Cada vez que suas pálpebras pesavam e ela mergulhava na escuridão, as imagens vívidas de Hiroki sendo brutalmente assassinado a assaltavam, arrancando-a de seus sonhos com um grito silencioso de agonia.
Ela se viu presa em um ciclo interminável de terror e desespero, incapaz de escapar das memórias que a assombravam. Seu coração batia descontroladamente, como se estivesse tentando fugir do horror que se desenrolava em sua mente.
Sayu apertou os olhos com força, tentando bloquear as imagens horríveis que ameaçavam consumi-la. Mas não importava o quanto ela lutasse, as lembranças persistiam, gravadas em sua mente como cicatrizes indeléveis.
O quarto estava envolto em escuridão, apenas a luz fraca da lua filtrando pelas cortinas entreabertas. Mas para Sayu, mesmo a luz mais tênue era suficiente para iluminar os cantos sombrios de sua alma, revelando os terrores que ali residiam.
Ela se sentou na cama, o coração ainda martelando em seu peito, o suor frio cobrindo sua pele pálida. Sayu sentia-se como se estivesse à beira de um abismo sem fundo, prestes a ser engolida pela escuridão que a rodeava.
As lágrimas voltaram a escorrer pelo seu rosto, uma torrente de tristeza e desespero que parecia não ter fim. Ela desejou poder voltar no tempo, salvar Hiroki da morte prematura que ele enfrentara, mas sabia que era um desejo fútil, uma fantasia nascida da dor e do arrependimento.
Com um suspiro resignado, Sayu envolveu os braços em volta do corpo trêmulo e fechou os olhos, tentando encontrar um lampejo de paz em meio ao caos que a cercava. Ela rezou para que o amanhecer trouxesse consigo uma nova esperança, uma chance de recomeçar em um mundo que parecia ter desabado ao seu redor.
Mas, por enquanto, ela estava sozinha em sua agonia, presa em um labirinto de dor e desespero do qual não havia escapatória.
Capítulo concluído.
Neste capítulo, quis mostrar a dor da personagem. O próximo capítulo, irei tentar trazer esta madrugada, pois é feriado, terei a noite inteira para escrever e buscar inspirações.
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A irá de uma mulher apaixonada.
FanfictionEm breve. Está será mais uma versão aonde terá acontecimentos diferentes.