Vontades

143 8 8
                                    

– Papai você pode me dar outro au au? – Marina perguntou subindo na cama dos pais devagar.

– Mais outro filha? Mas nós já temos a Paris – Ele disse com as costas encostadas na cabeceira.

– Por favor papai, ela fica triste.

– Ah! Ela fica triste....– ele riu da desculpa da menina.

– Mas não conta pra mamãe tá? – Ela sussurrou deitando no peitoral dele.

– Mas porque não? – ele perguntou rindo.

– Porque é segredinho papai – ela disse baixo colocando o dedinho na boca como silêncio.

Janja havia chamado a atenção do noivo bastante vezes, por ele fazer tudo que Marina queria. E a loira não gostava dessa certa educação, pois gostaria que a menina aprendesse que nem tudo é tão fácil, embora os pais tenham um ótima condição.

Mas lula não aguentava as manhas da filha. É como aquele ditado sempre diz "o primeiro grande amor de um pai, é uma filha mulher".

Se passou dois dias, lula tentou fazer Marina esquecer dessa insistência no cachorro, mas ela não desistiu. Até que sem aguentar mais, aproveitou que a mulher estaria o dia ocupada no Planalto, ele buscou Marina mais cedo na aula e se dirigiu até um petshop mais perto.

Quando a menina viu a placa com um cachorrinho, ela se animou e fez o pai ir a loucura. Ela amava animais e era mega extrovertida igual a mãe.

– Lembra que você queria um doguinho? – ele perguntou pegando a menina no braço e adentrando no petshop com dois seguranças.

– Sim papai.

– Hoje a gente veio buscar, mas a mamãe não sabe, é supresa – ele disse e a menina abriu um sorriso largo.

– Vamos vamos papai, vamos – ele disse apressada querendo descer do braço dele e ele riu.

– Bom dia senhor lula – A gerente do lugar comprimentou o presidente.

– Bom dia – ele comprimentou de volta.

– Oi tia, a gente quer um cachorro – Marina disse na frente fazendo os adultos rirem.

– Como a mocinha já disse, viemos atrás de escolher um cachorro pra adoção – Lula disse para a mulher que acenou.

Ele não quis comprar, ele preferiu adotar um animalzinho que foi abandonado pelos ex donos.

A gerente direcionou eles em uma sala de paredes brancas, cheios de vidraças com vários doguinhos, alguns latiam, outros dormiam, outros olhavam desconfiados.

Eles olharam quase todos, mas teve um que Marina não quis sair de perto, colocou o dedo no vidro e o animal lambeu o dedo dela. E ela sorriu animada pedindo ao pai.

– Parece que ela que escolheu você garotinha –  A gerente disse sorrindo.

– Agora ela é minha né papai? – a menina olhava com os olhinhos pidão, iguais o da mãe.

– É né Maria bonita – ele disse convencido rindo.

A cachorrinha era pequena, pelos escuros, rosto fofo. E super meiga e dócil, seria um grude enorme, pelo fato da cachorra ser calma, não teria intrigas com Paris.

– Que nome vamos dar á ela? – Lula perguntou ajudando a filha a entrar no banco de trás com a cachorrinha.

– Deixa a mamãe escolher papai – ela disse com o animal nos braços.

– Quando sua mãe souber.....– ele riu balançando a cabeça em negação.

Após alguns minutos demorados, eles chegaram no Planalto. Janja já havia chegado, por o carro que ela havia ido, já estar estacionado na garagem do Palácio.

A loira estranhou lula não estar em casa e nem a filha. Pois já era doze horas, e eles chegavam onze e vinte quase sempre.

– Santo dios, onde vocês estavam? – ela perguntou caminhando até a vidraça da entrada, seus saltos faziam barulho quando pisava.

– Temos uma supresa mamãe – Marina disse sendo ajudada pelo segurança a descer.

– Oque? – ela perguntou desconfiada e o marido se aproximou dando um beijinho nela.

O segurança abriu mais a porta do carro e a cachorra pulou descendo em direção á eles, e janja logo virou o olhar para lula.

– Não acredito – ela disse olhando pro marido e cruzando os braços.

Ele não falou nada e apenas riu, e a garota correu com a cachorrinha em direção a Paris, as duas se cheiravam, e andavam em volta uma da outra. Paris tentou se afastar de primeira, mas depois tudo ficou tranquilo.

– Ela me pediu tanto amor – Lula disse caminhando com a mulher de volta a sala de estar.

– Nós já conversamos sobre isso Luís, você precisa parar de tá fazendo tudo que a marina quer amor. Não é assim que as coisas funcionam – janja disse séria, porém falando baixo.

– Ela pediu incontáveis vezes, eu tentei fazer ela esquecer.....

– Toda vida que ela quer algo, ela já vai até você, ela não vem tanto mais até mim. Porque sabe que você faz tudo que ela quer, do jeito que ela quer. Não podemos educar a marina assim, não quero que ela se torne uma garota mimada – janja disse tirando os óculos e limpando com o lenço.

– Tá certo – ele suspirou concordando.

– Gosto muito de animais, principalmente cachorrinhas. Mas, vamos manerar nas coisas né? – janja perguntou colocando os óculos de novo.

– É...– Lula disse e sorriu depois de canto.

– Mamãe! Mamãe! – Marina se aproximou afobada.

– Oque foi querida? – janja perguntou.

– Qual o nome dela? – marina perguntou se referindo a cachorra.

– Não sei....– janja disse tentando pensar.

– Não sendo Londres....– Janja fez a piadinha e lula revirou os olhos, mas em seguida caiu na risada.

– Resistência! – janja disse, lula estranhou ainda, olhou para a mulher com uma cara de confuso.

– Porque esse mamãe? Não é nome de doguinha – Marina disse.

– Porque ela foi abandonada, e esperou até alguém cuidar dela com amor. Ela resistiu meu bem, ela é uma cachorrinha guerreira – janja explicou e lula olhou admirado, e a filha sorriu e voltou correndo até a pet que explorava o ambiente.

– E você, ajude a sua filha a cuidar da nova integrante – janja sussurrou apontando o dedo pra lula.

– Que correria viu amiga, mas eai? Vamos hoje? – gleise perguntou olhando pra janja desbruçada no sofá do escritório da amiga.

– As 13hr depois do almoço – janja respondeu.

Com a data do casamento marcada, hoje seria o dia que janja iria no ateliê de noivas, experimentar seu novo vestido, e decidir cores para madrinhas.

Continua

Tiro ao AlvoOnde histórias criam vida. Descubra agora