Capítulo 1

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[dia 5 de Maio de 1997]

08:00 a.m

J U N G K O O K•

Um frio se acumulou dentro de casa e resolvi pegar lenha e acender o fogo para esquentar aquele local, sentei-me perto da lareira estendendo minhas mãos para sentir o calor. Senti mãos grossa tocarem meus ombros e quando olho para trás vejo meu pai olhando o fogo com um sorriso nos olhos, sua expressão parecia feliz pelo seu sorriso bonito. Ele se sentou ao meu lado e me abraçou entrelaçando seus enormes braços por meu corpo, senti o seu doce cheiro de pêssego.

Nossa meu pai era cheiroso.

Me desfiz do abraço e me levantei olhando pela janela vendo que estava um vento forte que estava levando alguns panos para longe, afastei-me e me sentei ao lado de meu pai apoiando minha cabeça no seu braço direito.

- caminharei hoje a noite - falei e tive sua atenção aos meus olhos - será que posso?

- tome cuidado - sua voz grossa ecoou pela sala - existem muitas pessoas más por aí, cuidado.

Assenti.

Ficamos por um tempo perto da lareira e já estava começando a sentir calor, eu me deitei no sofá já acabado mais ainda macio, e acabei adormecendo mais eu pude sentir um cobertor me cobrir por inteiro deixando apenas minha cabeça para fora para poder respirar bem.

Meu sono era pesado mais havia acordado com um barulho muito alto vindo lá de fora, como era curioso resolvi ver oque era, muitas pessoas estavam reunidas num bolo na frente de casa parecia ser algo chocante, eu saí e me enfiei no meio da multidão e ali estava, um corpo morto o homem estava com a  garganta cortada e seus pulsos com cortes profundos o sangue estava se espalhando parecia que haviam o matado agora pouco o sangue estava fresco. Senti as mãos grossas de meu pai tocando meus ombros e puxando para dentro não era bom ficar olhando aquela cena por tanto tempo, as vezes tinha pesadelos com isso.

Me sentei no sofá e comecei a pensar se eu deveria sair para caminhar hoje a noite, depois dessa cena que vi fiquei com medo, e fiquei com mais medo ainda se isso acontecesse comigo depois de minha saída.

- ainda pretende sair? - meu pai falou enquanto pegava uma caneca - acabou de ver uma cena terrível.

- estou com medo, mais eu irei sair.

- acabou de acontecer uma morte bem em frente à nossa casa, meu filho, estes dias está sendo perigoso sair de casa.

- eu sei, mais não se preocupe eu já sou grande posso me virar sozinho.

- não irá, eu me preocupo com você, portanto ficará aqui.

- mas-

- sem mas, agora vá tomar seu banho para jantar.

Queria poder sair, era minha rotina da noite eu sempre saia todos os dias à noite para ver as estrelas ou para vagar por aí. Eu adentrei o banheiro pequeno do meu quarto e entrei na bacia azul e joguei uma cuia com água em minha cabeça, peguei o shampoo derramando o líquido transparente em minhas mãos e esfregando meus cabelos e assim podendo sentir o cheiro de café.

Sim, um shampoo que cheirava à café.

Minutos depois eu já estava cheirosinho e corri rapidamente me sentando na cadeira de madeira esperando pela comida em meu prato, feijão e arroz, meu preferido é estava quentinho e delicioso, com muita velocidade pela fome havia terminado e lavei meu prato.

Exército - jjk & pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora