Capítulo 2: I'll be watching you

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Ódio, Agonia. Esses sentimentos juntos são capazes de não deixar uma pessoa viver em paz, de fazê-la sempre pensar naquilo que a faz sentir isso, de deixar seu coração nervoso batendo descontrolado, de fazê-lo suar frio e querer ver aquilo que o deixa assim o tempo inteiro.

Bem parecido com uma paixão na verdade.

Como aquela frase, dita por Shakespeare: "⁠Ame-me ou me odeie, ambas estão ao meu favor: Se você me ama,eu vou estar sempre no seu coração,se você me odeia,eu vou estar sempre na sua mente".

Vecna fumegava de ódio a cada vez que pensava naquela menina, o que num tédio como o do mundo invertido era constantemente, sem parar por um mísero segundo, ela havia tomado sua mente como um parasita!

Se envergonhava do jeito que tinha agido como um bobo, parecendo um idiota daquele jeito, sendo zuado e humilhado por ela, tratado quase como um cachorro. Era incontrolável o jeito que queria mata-la, de um jeito que nunca quis matar tanto alguém, isso ocupava sua mente ainda mais. O desejo insaciável de rasgar sua pele e sentir sua carne nas unhas até gritar e ver seu último suspiro. Mas naquela noite quando a arranhou... Se sentiu tão culpado.

Era mesmo um idiota, não cansava de ficar chateado com sigo mesmo por tê-la machucado daquele jeito, ela ficou tão dolorida, era um simples arranhão não tinha nada demais, não era nem metade do que desejava fazer então por que se culpava tanto?

Queria ela ali de novo, pra acabar com ela definitivamente, pra ver se estava bem, pra perguntar quem era ela, quem sabe pedir desculpas, ou acabar com seu sofrimento, e puni-la por tê-lo desafiado.

Era por isso que era perigoso ficar perto dela, porque o deixava confuso, brincava com sua mente como se fosse um simples boneco.

Mas pelo menos ele poderia se vingar, brincando com sua mente....

Emily estava agoniada desde aquela noite, já perdia a conta de quanto tempo havia passado, só sabia que não parava de pensar nisso. Era um sonho? Não era? O que era aquele monstro, ou melhor, quem era ele? Será que sua teoria estava certa? Ela tinha mesmo quase sido morta? Se sim porque não tinha a matado? E porque queria vê-lo de novo?

Isso não deveria a preocupar, mas recentemente estava tirando seu sono, toda noite sonhava com a cena em que era jogada na parede, impedida por suas garras e questionada sobre quem era e suas razões, o que a fazia lembrar do que passou antes de vir para a Casa Creel. Pra esquecer isso, sua própria mente a fazia lembrar de algo mais agridoce, quando caiu em cima dele e pediu desculpas de forma tão idiota, fala sério ele queria mata-la! Mas seu coração bateu tão forte naquela hora que sentiu que sairia pela boca, e ele se desculpando depois não ajudou em nada com esse sentimento.

Mas os sonhos de longe eram a coisa mais estranha que aconteciam.

Ia no banheiro e as aranhas enchiam a banheira quando abria a torneira, Emily teve que passar a tomar banho de mangueira no quintal com o único biquíni que tinha, isso felizmente não era interrompido.

Teve que comprar várias lâmpadas, porque as luzes ficavam piscando ou queimando, essa era o ruim de casa velha.

As vezes via coisas estranhas, como relógios  antigos e quebrados dentro da parede, poderia estar ficando maluca?

A última foi pela manhã, quando foi lá pra fora ver a correspondência, e encontrou corvos mortos estirados pelo chão, sujando a calçada inteira de vermelho, de penas e de ossos quebrados, com um cheiro horrível! Aí aí realmente essas empresas colocando química no ar estava complicado.

Como não tinha escolha, limpou a calçada e foi fazer o almoço, um delicioso risoto de frango....ou quase isso.

Era incrível como não importava o que fizesse aquela menina não se apavorava, ou era muito lerda ou muito inteligente, talvez os dois. Ele precisaria pegar mais pesado!

𝑫𝒓𝒆𝒂𝒎 𝒂 𝑳𝒊𝒕𝒕𝒍𝒆 𝑫𝒓𝒆𝒂𝒎 𝒐𝒇 𝒎𝒆 - VECNA | Monster Romance Onde histórias criam vida. Descubra agora