5. Apesar de tudo

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● Autor Pov

A primeira coisa que o conde e a condessa notaram ao adentrar em seu castelo foi um leve cheiro de feromônios. O de seu próprio filho que eles já conheciam, café e madeira tudo acompanhando de uma leve olência de desejo.

Podia sentir no ar luxúria e desejo misturada ao cheiro de Max. Mas tinha algo a mais, algo que eles não conseguiram identificar. O casal se entreolharam hesitante, uma conexão se estabelecendo na ausência das palavras não ditas.

Era claro o que estava acontecendo ali, mas o quê surpreendeu de verdade era o local de onde o cheiro estava vindo.

Elle fez um meneio com a cabeça para o marido que confirmou em resposta ao diálogo silencioso. O mais calmos possíveis eles andaram nas pontas dos pés em direção à ala de criados.

Suas mentes perturbadas antecipando o choque. Não havia outra explicação para aquele cheiro. Seu filho, seu precioso visconde estava se deitando com uma criada.

Antes mesmo de avançarem todo o caminho Nakul conseguiu distinguir o outro cheiro que estava mesclado ao do seu filho.

Ele parou e olhou para Elle que sem falar uma palavra notou o que o duquesa queria falar. Ela ficou pálida olhando para o corredor a sua frente, mas precisamente para a última porta.

Seu marido a puxou levemente, mas ela não se moveu o choque tão claro em seu rosto quanto a certeza de quem era o outro cheiro misterioso, quem estava com Max do outro lado da porta.

Depois de algumas tentativas falhas o seu marido conseguiu puxá-la de volta para sala. Onde caíram contra o sofá ainda trêmulos.

- Nakul, não pode ser! - A negação saiu como um lamento, Elle não podia acreditar, não queria, não iria fazer isso antes da verdade. Quer dizer era Max seu filho nobre mas meio arrogante e preconceituoso, nem em seus sonhos mais louco algo assim poderia acontecer.

Sentando no sofá a condessa abriu um leve sorriso quando o marido não estava olhando.

"E se?"

●Max POV

Fecho o último botão da camisa enquanto Nat ainda está na cama seus olhos fechados e a respiração suave. Me permito olhar um pouco para o seu rosto, ele é tão lindo, lindo de tirar o tipo que tira seu ar.

- Não me olhe assim. - Ele diz ainda com os olhos fechados. Eu desvio o olhar rapidamente.

- Levante-se e vista-se meus pais irão chegar a qualquer momento. - Saiu mais como uma ordem do que um pedido, fiz careta para as minhas próprias palavras.

Não tinha como ser diferente. Nada havia mudado, Nat ainda era o meu empregado e não passaria disso.

Pelo canto do olho vi Nat se levantar e colocar um novo roupão dessa vez um menos revelador, eu não olhei diretamente para ele. Ele ainda tinha um certo domínio sobre mim.

- É incrível a sua grande capacidade de se superar em ser uma babaca. - Nat cuspiu passando por mim como um raio eu mal consegui reagir, fiquei estático me perguntando se ele havia mesmo dito aquilo.

O tom dele era de decepção o rosto dele gritava desapontamento. Meu coração murchou. Alguma coisa havia mudado dentro de mim em relação a Nat. Algo que me fez querer protegê-lo e confortá-lo.

- Nat! - Chamei o seguindo pelo corredor, corri para tentar alcançá-lo, mas antes que me desse conta Nat tinha parado no meio da sala eu olhei para onde estava a sua atenção.

Nossos pais. Nos observando.

Meu pai com cara de poucos amigos assim como os pais de Nat, a expressão da minha mãe era ilegível mas por um momento curto, vi o choque passar pelo seu rosto.

O Visconde E Eu ( MaxNat)Onde histórias criam vida. Descubra agora