1. De volta ao lar

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Max olhou para o chão batendo o pé nervosamente no piso de marfim caro, sua cabeça rebobinando as últimas palavras de sua mãe. Era um ladainha de " Nat é um ômega, Nat é um ômega..." o jovem visconde não aguentava mais, ele passou a mão no rosto frustrado e nervoso tentando dissipar o que estava em sua cabeça. O mantra ecoando em seu cérebro como um tormento cruel. Era difícil acreditar que Nat pudesse se tornar alguém tão sujo o menino era como um querubim uma criança linda e suave. Quer dizer Nat tinha todo o estereótipo de ômega desde o início mas não significava que ele seria um.

Até agora.

Ele estava a horas sentado na poltrona olhando de vez enquando para o corredor que dava direto para o saguão. Seu humor estava péssimo desde quê os seus pais haviam buscado Nat no internato. Eles não aceitavam garotos ômegas então Nat teria que voltar. Mas Max se convenceu que isso era apenas um erro, Nat jamais seria a escória da humanidade ele era bom demais para ser alguém tão sujo.

- Isso não é possível! Como Nat poderia ser um ômega? Com certeza, existe algum engano.

Impaciente ele se levantou o nervosismo e a espera estava o corroendo, ele andou sem rumo pela luxuosa sala olhando os objetos dessenteressante, as vezes observando pela janela se os seus pais já estavam chegando, mas nada. Max sentiu que ia ter um surto a qualquer instante. Ele passou a mão em seu cabelos que antes estavam perfeitamente alinhados, mas agora se assemelhava a ondas revoltas em um mar furioso, assim como o seu estado de espírito, seus ouvidos capitaram um som, vozes? Ele não sabia mas eram barulhos humanos. De repente ele ouvia o som da porta se abrindo, Max ficou tenso, ele conseguia sentir o seu pulso e sua corrente sanguínea em seu ouvido, expectativa jornadeou seu corpo, o ar parecia está mais denso e pesado ele respirou fundo engolindo uma grande quantidade de ar e prendendo um pouco antes de soltá-lo lentamente. Primeiro o seu pai apareceu, rosto simples olhar profundo, ele parou no meio da sala lançou um olhar significativo para Max, coisa que ele próprio não fazia ideia o que significava m, e logo após olhou para trás, se sentando em sua poltrona branca com arabescos dourados, Max seguiu seu olhar, a sua mãe estava visível um sorriso no rosto bonito e olhos gentis, tudo o que a condessa representava, a visão de Max desviou-se para baixo atrás de sua mãe vendo as pequenas pernas e uma mala marrom ao lado, ele inclinou a cabeça tentando ver o garoto lá atrás, à condessa notando que Nat não estava ao seu lado olhou para trás confusa.

- Oh! Nat, querido saia não tenha medo é apenas Max.

Então o garoto deu um passo incerto para o lado e ficou finalmente visível a sua frente. Foi espantoso, a boca de Max abriu se perdendo em palavras que ele não conseguia formular. Max sentiu o coração bater em todos os cantos do seu corpo, sua respiração... o visconde não sabia que estava respirando, e então suas mãos começaram a formigar para sentir, conhecer como era aquela linda pele sob seus dedos. Ele realmente não se lembrava o quão pequeno era Nat. E bonito também, o garotinho havia crescido e se transformando em um lindo jovem de tirar o fôlego. Pele pálida mas brilhante, boca pequena em formato de coração, bochechas rosadas, era como olhar para um anjo, o anjo mais lindo que poderia existir.

Era apenas Nat, ele já o conhecia, eles eram um só na infância. E Max não fazia ideia o porquê de ele está a beira de um ataque de pânico.

Claro que eles não se viam desde muito tempo quando Nat ainda tinha 7 anos, mas no mínimo Max esperava... ele não sabia ao certo o que devia esperar, talvez aquela familiaridade ou algum resquício dos sentimentos que ele havia nutrido por Nat. Mas agora era estranho não tinha nada disso lá, ele se sentiu chocado e quente como o inferno.

- Oi Max, quanto tempo...

A doce voz saiu trêmula e suave era como uma sinfonia aos ouvidos de Max ele estava enfeitiçado. E então Nat levantou o rosto e olhou para ele. Diretamente em seus olhos, ele havia sido arrebatado naquele momento Max tinha total conhecimento de que havia ficado viciado naqueles olhos a partir daquele momento. Era como se alguém estivesse acabado de abrir as comportas do universo. Max ficou embasbacado, preso a aquelas duas esferas castanhas, tímidas e cintilante o observando tímido e curioso. O vinconde não se lembrava que os olhos de Nat eram tão lindos, simplesmente os incríveis olhos mais grandes e brilhantes que ele ja virá. O menino todo era um combinação fatal, ele havia sido moldado no fogo do inferno para acabar com a vida do visconde.

O Visconde E Eu ( MaxNat)Onde histórias criam vida. Descubra agora