capítulo 25

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Victor camilo❤️‍🔥

Agarrando a cômoda na minha frente, um gemido escapou dos meus lábios, sentindo a dor que os homens do meu pai causaram mais uma vez. Todos os anos, no meu aniversário, faço um teste. Um teste de lealdade e força. Os hematomas e cicatrizes faziam parte do meu papel nesta família. Se é que pode chamar o que somos de família.

Minha porta foi aberta de repente e o som da maçaneta fechando me fez virar rapidamente, pressionando minha 9mm na cabeça da pessoa que ouviu um suspiro. Meus olhos estão em Bárbara, que estava a poucos centímetros de mim.

Eu não deveria querê-la. Eu não deveria desejar a pele dela na minha e definitivamente não deveria tê-la beijado. Impedir-me de me apaixonar por ela era impossível e acredite, eu tentei. Abaixei minha arma e de repente seu corpo foi pressionado contra o meu, sentindo suas mãos percorrerem meu abdômen antes de segurar meu rosto em suas pequenas palmas.

"Vic, eu ouvi minha mãe e meu pai conversando sobre o que ele faz com você e vim correndo para cá. Por que você não me contou? Você sabia que eu teria entendido."

Suspirei, movendo minhas mãos em cima das dela antes de tirá-las do meu rosto. Eu os combinei antes de dar um beijo neles.

"Eu não queria sobrecarregar você."

"Como você pode fazer isso? Quero que você me deixe entrar e aceite seus sentimentos, vic. Estou me afogando aqui esperando, mas isso não importa agora. Vá para a cama. Vou limpar você."

Abri minha boca para me opor a essa conversa ridícula. Ela sabia que todos os anos isso acontecia e era ela quem esperava que eu voltasse. A garota que estava fora dos limites, mas tão perto do meu alcance. Fechei olhando para ela cruzando os braços, batendo o pé irritada e eu sabia que ela não iria a lugar nenhum até saber que eu estava bem.

Suspirei sentando na minha cama e ela deu seu sorriso de vitória antes de correr para o banheiro. Revirei os olhos, sentindo um sorriso surgir quando ela voltou, pulando bem na minha frente com um kit de primeiros socorros.

Olhei para cima enquanto ela levantava meu queixo com a mão, inclinando minha cabeça para o lado.

"Por que ele te machucou no seu aniversário? Qual é o propósito?"

"Eu poderia te perguntar o mesmo."

Deslizei minha mão por sua barriga delineando os hematomas que ela tentou esconder de mim com corretivo que nunca funcionou. O estremecimento de dor franziu suas sobrancelhas, seus olhos evitando os meus tentando esconder a dor com um sorriso. Um sorriso que eu conhecia muito bem. Eu sabia quem era Bárbara Passos e a pessoa que ela queria ser.

"Sua mãe machuca você e você não me deixa fazer nada sobre isso. Ela merece apodrecer e queimar no inferno."

Observei enquanto ela se encolheu, sentindo minhas mãos sobre ela, mas virou a cabeça para trás, suspirando. Suas mãos agarraram as minhas, puxando-as de sua barriga para seu peito.

"Você não pode falar assim. Minha mãe é irmã dele, vic. Ele nunca a deixaria morrer. Eu não posso deixá-la morrer e se você matá-la, você matará uma parte de mim."

"Você não é sua mãe."

"Eu sou o sangue dela. Sua carne e sangue. Alguns de nós não podem simplesmente esquecer quem nos deu à luz. Não importa o quanto tentemos."

𝓔𝓼𝓽𝓻𝓪𝓷𝓱𝓸 𝓿𝓲́𝓬𝓲𝓸 - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora