Prólogo

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ALTADELLYS, 15/09/2900

A mãe de Arthur dizia que, se ele fosse fazer alguma coisa, era para ser grandioso. O menino nascido no Sul de Kaoac no país de Gayl, cresceu olhando para a lua e disse que algum dia, estaria lá. Não seria o primeiro e isso às vezes era decepcionante, mas se algum dia, fosse astronauta, ele seria o melhor. E foi exatamente isso que ele se tornou, alguns diziam que foi sorte, mas para Arthur, foi muita dedicação. A foto da sua formatura estava na sua sala de estar, e foi a última coisa que olhou antes de subir naquele foguete.

A missão 1969 foi dada apenas para os melhores e Arthur estava entre eles. O serviço encerraria a corrida espacial que começou há dois meses com objetivo de pousar no novo planeta hostil.

Seriam cinco, os melhores dos melhores astronautas. Colocariam a bandeira de Gayl naquelas terras e finalmente mostrariam para os países que entraram nessa disputa o quão inútil havia sido tentar.

Arthur colocou o cinto e deu os comandos para os outros.

1...

...2...

...3.

Arthur estava acostumado com o decolar. A pressão e a expressão em seu rosto. Só conseguiu relaxar, quando saiu da órbita e adentrou os limites do outro. A turbulência foi violenta de depreciativa. Os quatro ficaram em choque, quando o foguete cravou naquelas terras. Arthur constatou: seria impossível que aquele foguete saísse dali novamente. Alertou que precisavam voltar no foguete de emergência. Ninguém pareceu se importar. Arthur, o líder dessa expedição, saiu com a bandeira e cravou na terra, conforme os outros gravaram.

Como um animal, o planeta parece se enfurecer. O céu ficou amarelo e o calor começou. Os astronautas que ainda não haviam descido ficaram tão assustados que mandaram voltar.

Arthur tentou correr, mas não conseguiu passar, a luz o cegou momentaneamente e imediatamente, sentiu cair no chão. Arthur não via nada, mas sentiu o calor no seu corpo, quase como se estivesse dentro de uma panela fervente. Ouviu alguém gritar, mas não conseguiu responder. Então, quando finalmente aquela radiação passou e seus olhos voltaram a ver, não havia ninguém.

1969Onde histórias criam vida. Descubra agora