— Hoje foi um dia cheio! Estou quase exausto... — dizia Brasil, tirando os sapatos e sentando sobre a sua cama
— Acho que eu mereço um descanso agora — ele completou se deitando.— Tem certeza filho? Eu estou preparando o jantar, não gostaria de vir comer comigo? — Portugal apareceu na porta do quarto, sugerindo.
— Não precisa, pai, estou bem, apenas preciso descansar — Brasil já se encontrava bem relaxado, já não era possível fazê-lo ficar com os pés no chão.
— Então está tudo bem, pelo menos sobrará mais para mim — o português com uma risadinha apagou as luzes do quarto, e fechando a porta.
Agora tudo estava bem escuro, um ambiente pacífico e tranquilo, o brasileiro adormeceu seus olhos, agora estava em completa paz.
Aqueles dois olhos dourados se abriram, o lugar era totalmente novo, árvores estavam ao redor e o brasileiro andava com um par de botas em uma trilha feita de terra. Ele estava indo a algum lugar, mas que lugar?
O vento era agressivo e os seus cabelos verdes balançavam fortemente, tanto que ele tinha uma dificuldade até para seguir em frente.
— Meu boné! — gritou o pequeno brasileiro vendo seu chapéu ir embora, ele tentou pegá-lo, mas sem sucesso.
Deixando isso de lado, Brasil ainda continuava a caminhar, andou e andou quilômetros, parecia que nunca irá chegar naquele lugar que ele tanto desejava.
Uma casa foi avistada, ela parecia simples, e a chaminé estava saindo fumaça, talvez lá nosso querido Brasil pudesse descansar um pouco.
Ele andou até a porta, deu umas batidas, mas sem resposta, apenas a abriu com delicadeza. Avistou um homem cozinhando algo, parecia ser sopa, era bem alto e tinha cauda de onça. Sua pele era bastante familiar ao brasileiro e sua coroa refletia na luz, dando um charme e brilho a ela.
O homem logo olha para Brasil, ele ficou contente com a presença do garoto e cresceu em seu rosto um belo sorriso.
— Brasil! Você veio, é uma honra te ver por aqui — o homem caminhou até Brasil e parando de cozinhar, logo ele apontou para uma mesa de madeira, e com uma postura de cavaleiro disse:
— Por favor, sente-se, preparei um belo jantar para nós dois.
O brasileiro obedeceu ao homem, ele andou em direção a mesa e se sentou, aguardando pela comida.
A tigela com a sopa foi colocada sobre a mesa, o homem da cauda de onça a pôs tão forte que a mesa tremeu um pouco.
Brasil encara a comida com aversão, o cheiro era tenebroso. Parecia que quem fez a comida tivesse vomitado ali e colocado no forno para cozinhar.
— Uhh... — ele encarava a sopa, já estava até sentindo enjôo, e seus olhos arregalaram quando viu uma bolha estourar naquele mar de musgo.
— Não gostou? — o homem se sentiu magoado ao ver a reação do brasileiro.
— Claro que não! — o Brasil exclamou — deve estar uma delícia — pegou uma colher e começou a colocar tudo para dentro.
A comida não havia nenhum gosto, era como se o brasileiro estivesse comendo vento, ele até ficou aliviado, imaginava que iria vomitar na frente do homem por causa do gosto horrível.
— Então, gostou? — o homem intrometeu Brasil
— Não tem gosto de nada.
— Imaginei que falaria isso — ele ri
— Posso te fazer uma pergunta? — Brasil olhou fixamente para os olhos vermelhos e vivos do homem
— Mas é claro! O que seria sua pergunta?
— Qual é o seu nome?
Um silêncio percorreu na casa, o homem abriu um longo sorriso, já imaginava que o brasileiro iria perguntar seu nome, mas é incrível como ele não o reconheceu direito.
Então ele se levanta, Brasil se mantinha bem confuso sobre tal situação.
— Meu nome é Império Brasileiro — império o ergueu a mão, mas foi recusado
— " império brasileiro " ?
Brasil estava paralisado, o seu coração batia tão forte, que não se sabia se ele iria saltar para fora de sua boca ou de seu peito.
Ambos os dois se encaravam, nenhum queria puxar uma conversa, mas império insistiu em quebrar aquele silêncio.
— Filho? — tentou chamar a atenção do brasileiro de modo sereno, mas o que recebeu foi ele caindo no chão.
Império foi até Brasil, e se agachou, acho que ele não se lembrou de coisas tão bonitas quando ele se revelou para seu filho.
— Acho melhor você descansar um pouco — essas foram as últimas palavras do imperador.
A visão de Brasil se embaçou rapidamente, já havia se apagado por completo.
Ele acordou desesperado, estava ofegante, aquilo só não se passava de um pesadelo.
Olhou ao redor do quarto e chamou pelo seu pai:— Pai? — seu grito ecoou no quarto
— Sim?
Brasil mirou aonde surgiu a voz que atendeu ao seu chamado, para seu azar não era o português, mas uma sombra enorme e totalmente escura que era grudada na parede do quarto.
Ele tomou um susto ao ver aquela criatura, seus músculos já não se moviam, Brasil não tinha como fugir, seu coração acelerava mais e mais.
" O que eu fiz para merecer isso? "
A sombra se desmembrou da parede, revelando ser império brasileiro mais uma vez, ele aumentava seu tamanho até às costas baterem no teto, havia garras e dentes enormes, e é claro, o par de olhos vermelhos que encaravam o pequeno brasileiro, que já estava para gritar a qualquer momento.
Império abriu sua boca, pronto para devorar a cabeça de Brasil, e quando ele finalmente iria morder...
Brasil gritou, ele esperneava no quarto, e lágrimas escorriam sobre seu rosto. Logo ele se aliviou, seus braços e pernas se moviam novamente, tudo não passava de apenas um pesadelo. Ele acalmou sua respiração, se sentindo muito mais seguro.
— Brasil? — Portugal apareceu na porta, com aquele grito já esperava que ele concerteza iria ouvir — aconteceu alguma coisa? — ele falava preocupado, se aproximando do brasileiro e se sentando junto com ele na cama
— Eu tive um pesadelo, na verdade, acho que estava mais para paralisia do sono — Brasil enxugava as suas lágrimas
— Não se preocupe, papai está aqui, eu vou sempre te proteger — Portugal abraça Brasil, e ele retribuiu - quer vir jantar? eu sei que você não queria, mas pelo menos para esquecer isso - o português propôs
— Claro, eu adoraria!
Ambos países saíram do quarto, para poder fazer uma deliciosa refeição, e deixaram o quarto totalmente escuro.
Uma mão saiu da cama, era império em uma forma de sombra, seu rosto era de irritação, por não ter conseguido trazer seu verdadeiro filho para ele.
Império apenas se desmembra na luz da lua e desapareceu.Talvez aquilo não foi só um pesadelo...
notas do autor:
Hey! Então, talvez eu volte a escrever fanfics futuramente, mas não sei ao certo já que estou com medo de eu acabar deletando elas porque "meu trabalho é um lixo", eu sou muito perfeccionista em relação aos meu trabalhos e sempre fico me comparando, eu vou tentar lidar com isso se conseguir. Se vocês tiverem gostado eu agradeço muito! Essa Fanfic é basicamente um remake de uma Fanfic que escrevi a meses atrás, acho que minha escrita melhorou muito em relação aquela. Mas enfim, obrigada por ter lido até aqui, tchau:)
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" P e s ª d 3 L ø " - · Countryhumans [ Remake ] 🕷️
FanfictionBrasil, após mais um dia cansativo, irá finalmente ir para a cama e poder dormir. Mas seu sonho não foi o que ele esperava ser. -- • Remake de um antigo one shot que fiz a um tempo atrás, fiz isso para "restaurar" essa história. • Desenho da capa de...