yeonjun estava exausto, seus olhos marejavam de tanta irritação. fazia apenas meia hora que havia conseguido se deitar, e já podia escutar o choro agudo do filho vindo do quarto ao lado. levantou preguiçoso, caminhando lentamente até o quarto do menino chorão e o pegando no colo. desistiu da idéia de deixá-lo ali sozinho, o ninando em seu quarto mesmo, dormindo juntinhos na cama.
sempre tivera sido muito temperamental, carregando sempre uma carranca no rosto, desde o colegial. mas isso não dificultou que huening se apaixonasse por si, na verdade, costumava dizer que ele era coisa mais fofa do mundo. por mais que o moreno não concordasse com tais estereótipos, não podia negar de sempre ser muito gentil com o mais novo. e quando foi ver, também acabou de apaixonando.
— amor, cheguei! — avisou fechando a porta atrás de si com os pés, não se importando com a fechadura eletrônica. deixou os sapatos ajeitadinhos no armarinho um tanto nanico que tinha na entrata, pois sabia que seu marido odiava bagunça. e seguiu descalço a procura dos outros moradores da casa. — oops. — resmungou com a troca de olhares do filho, o pegando no colo antes que yeonjun acordasse. — não acorda a mamãe, um? prometo te dar um bom presente em troca. — propôs em tom de segredo para mingyu enquanto cobria o mais velho dali. saiu do quarto em passos leves, tentando ao máximo não fazer barulho. confessava que estava exausto, o dia inteiro lidando com crianças malcriadas do segundo ano do fundamental. mas nada o impediria de dar atenção filho, que apenas com um ano, não falava quase nada e chorava por tudo.
os dois não entendiam o motivo do desenvolvimento tão desvagar do filho, mas deixavam tudo no tempo deles. o garoto poderia até não saber falar, porém, sabia pedir em montes. apontava para tudo que via, algo que derretia o coração de seus pais.
— ei, gyu. isso é feio! — repreendeu o menino que batia em seus brinquedos inocentemente. — isso dói, não pode fazer isso, se não eles ficam tristes. — fez um biquinho, se agachando no chão para ficar na altura do moreninho que apenas lhe deu língua em troca. — com quem você aprendeu isso? se bem... — revirou os olhos lembrando de yeonjun lhe dando língua, tão novo e já estava puxando os trejeitos do pai. — eu até te daria danone de pinguim, porém sua mãe não deixa. ela brigaria comigo sabe? e ninguém quer ver a mamãe brava, né'? — riu descrente imaginado a figura engraçada do homem furioso em sua frente, arriscava dizer que era fofo, com as mãos na cintura e uma das sobrancelhas arqueadas.
— ei, o que vocês estão tramando falando ai baixinho? — disse o dorminhoco, que mal dormia esses dias, mingyu tivera passando por uma fase chata de ficar grudado em si o dia inteiro. — amor, eu já disse para não dar doce para ele. — revirou os olhos já irritado, pronto para tomar o filho nos braços e tira-lo da companhia do pai irresponsável. — mingyu, que isso na sua boca? — ajoelhou preocupado, tirando um brinquedo engraçado, que nem pode identificar de tanto desespero. — é um pinguim?! kai kamal huening, quando que você deu esse brinquedo para ele?
— mas eu não dei... esse não é o meu pinguim dourado da minha coleção? — perguntou embasbacado. — mas isso fica lá no alto, e no meu escritório! como ele pegaria isso sem ser visto? e agora está todo cheio de baba, muito obrigado, choi mingyu! — se levantou com um ar de criança birrenta, tirando um sorriso descrente de yeonjun. não acreditava que tinha que conviver com duas crianças birrentas, uma sendo seu filho e a outra seu marido. era realmente hilário.
— neném, é só limpar. — se lavantou com a criança no colo, o colocando em sua cintura delgada, pegou o brinquedo sem nojo algum e se direcionou para cozinha. lavou com detergente mesmo, estava nem aí se fosse estragar ou não. — aqui, toma. — entregou a miniatura para o loiro, andando calmamente para o quarto. se deitou e esticou as pernas com o filho deitado na barriga, esse que ficava quietinho escutando seu coração bater, enquanto brincava com os brilhinhos do pijama do pai.
— tete. — pediu bicudo, única palavra descoberta de seu dicionário. dado o pedido, yeonjun levantou a coluna, se levantando um pouco. o menino afobado para seu lanchinho da noite, nem esperou que a mãe libertasse o seio miudinho, puxando ele mesmo a blusa para baixo.
— mingyu huening, isso é feio. não pode. tem que aprender a esperar. — repreendeu o filho, o ajeitando em seu colo e ajustando sua própria postura. sabia que ele nem tinha lhe dado ouvidos, sendo presunçoso desde cedo, que nem o pai.
depois de um bom banho, para descarregar todo o cansaço de ter escolhido um trabalho envolto de crianças, ficou os observando no batente da porta. sorriu já que nem foi notato pelos dois, que dormiam serenamente em uma posição engraçada. se aproximou e ajeitou a blusa do marido, escondendo o seio melecado e os cobrindo logo ele seguida. nem pensou em levar mingyu para o quarto, sabia que ele abriria o berreiro. apenas aceitou que por mais uma noite ele dormiria no meio deles, o chutando algumas vezes e roubando yeonjun todo para si. não é que ele tivesse ciúmes, longe disso, mais também queria um pouquinho de atenção.
— amor... — o maior resmungou no ouvido do marido na manhã seguinte. o abraçou por trás, aconchegando sua cabeça na nuca cheirosinho do moreno. que riu quando arrepiou com o contato quente tão repentino. — me dá um pouquinho de carinho? aproveita que o mingyu ainda está dormindo.
— desde quando você é do tipo carente, neném? — largou o preparo do café da manhã deles, para iniciar um ósculo carinhoso junto do mais novo. que retribuiu imediatamente, o puxando para mais perto, em um aperto malcriado. não satisfeito, aproveitando da pele branquinha, encheu seu pescoço de mordidas e chupões memorável para o mais baixo. kai só parou com os beijos, mas ainda abraçado no corpo pequeno, quando escutou o som característico das engatinhadas desajeitadas do filho. — como assim ele não chorou? — perguntou baixinho no ouvido de yeonjun, escutando ele se aproximar.
— tete, mamãe, tete. — disse perfeitamente sentado na porta da cozinha, deixando os seus pais impressionados com tal ocorrido. na mesma hora mais velho se soltou do abraço do maior, e pegou mingyu no colo, não entendendo como ele conseguiu chegar até ali. falsamente enciumado, o loiro chegou perto da criança e lhe deu língua, levando uma cara emburrada em troca.
— por que você diz mamãe e não papai? — choramingou.
— né', filho? por que você diz mamãe e não papai? assim você me deixaria um pouco em paz, e perturbaria mais esse cabeça de mola. — revirou os olhos deixando o marido sozinho na cozinha, tendo em mente que o menininho começaria a chorar se não desse o famoso tete dele.
— mingyu, deixa eu ficar só um minutinho com a sua mãe? — suplicou se ajoelhando na frente do sofá, tirando uma risada gostosa do bebê que mamava. esse que olhava atentamente para o pai, achando tudo aquilo muito divertido. — em, filho! só um minuntinho sozinho com ela, você fica o dia inteirinho grudado no cangote dela e ela nem pode me dar atenção. tá. — fez um bico pedindo por misericórdia, por mais que soubesse que o filho não estava entendo nada. — estava só brincando, filhotinho. pode ficar grudado na sua mãe, ela te ama. — se levantou e fez cosquinhas no menino. — mas cuidado que daqui à pouco vai começar a creche, hein. tome cuidado. — deu língua e voltou para cozinha. deixando um yeonjun risonho para trás e um mingyu amedrontado com as "ameaças" sem fundo do pai. — e, amor, você está lindo hoje! como sempre.
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danone de pinguim.
Fiksi Penggemaronde hueningkai era totalmente apaixonado por seu marido, até mesmo quando ele estava de mau humor.