Capítulo Sete

535 69 61
                                    

Estava tão irritado, a semana tinha sido caótica e pensava seriamente se essa onda de azar era o universo me punindo. Não é que estivesse dando tudo errado, mas digamos que estava sendo difícil solucionar algumas questões. Eu tinha burocracias demais para resolver em um pequeno tempo, certamente o Brasil é um lugar difícil para resolver coisas simples. Até mesmo ir ao supermercado era burocrático, no entanto, eu estava em um porque precisava comer.

Meu apartamento tinha sido desocupado, mas precisei providenciar alguns reparos, claro, era um apartamento antigo com pessoas estranhas morando há muito tempo, logicamente, algumas coisas precisavam de reparos, além disso, precisava mobiliar, não havia nem mesmo uma xícara na cozinha.

Com tantas coisas para fazer nesse pequeno tempo, ainda tinha espaço para pensar naquele garoto e ele também não me deixava esquecê-lo. Por alguma razão, Naruto me tinha como uma diversão, ele realmente acha que pode me manter nas mãos desse jeito. Acontece que apesar de ter alguns sentimentos confusos, eu não estava disposto a ser o seu brinquedo.

Naruto me deixou chupando aquele pirulito e não tinha um maldito dia que meu pau não desse sinais de vida ao lembrar daquele garoto. Eu devia sair com alguém para espairecer e matar esse tesão, se eu me dedicasse um pouco e olhasse mais ao redor talvez achasse uma transa casual, mas essa ideia não me animava, eu não queria sair com qualquer um.

Olhei o rótulo daquela batata frita apenas para constatar o óbvio, eu deveria apenas olhar a validade e esquecer todas aquelas substâncias que por alguma razão a indústria acha que pode ser ingerida. Acontece que no meu quarto de hotel só tem um pequeno frigobar e eu não tenho tanto dinheiro para ficar esbanjando. Minhas economias estavam indo pelo ralo diariamente e eu ainda nem tinha resolvido tudo sobre o divórcio, até mesmo o advogado estava me falindo, claro, tinha meu salário, mas ainda não podia contar com ele.

Joguei mais um pacote de batatas dentro da cesta. Estava cansado, puto e com tesão. Andei por alguns corredores amaldiçoando por esse lugar ser tão grande e depois de encher a pequena cesta, parei na enorme fila do caixa rápido que não tinha nada de rápido.

Suspirando, alcancei o celular no bolso que começou a vibrar. O que ele queria? Naruto normalmente só mandava mensagens. Ele não devia estar na faculdade?

- Oi, Naruto. - Esperei sua resposta, mas um pequeno gemido me deixou tenso. - Naruto?

- Hmm, tio Sasuke...

- Mas o que...

- Sinto saudades... ah... Sabe o que estou fazendo agora?

Olhei ao redor como alguém culpado de um crime. Meu rosto quente devia estar vermelho e... eu estava desconcertado. Saí da fila rapidamente e me afastei o máximo que pude.

- Naruto, o que você pensa que está fazendo? Vou desligar!

- Não! Não desligue, eu estou quase, quero gozar ouvindo sua voz.

- Você é louco.

- Hmm... sim, fale mais...

Fechei os olhos por um momento, seus gemidos estavam indo direto para aquele lugar que tento ignorar há dias.

- Onde você está?

- No meu quarto... Ah... tão bom... está tão melado... Queria que estivesse aqui me lambendo, lambendo a cabecinha.

A imagem dele se masturbando se formou perfeitamente na minha cabeça, olhei para as pessoas alheias ao que eu estava fazendo, tentando mostrar uma expressão indiferente, mas eu não sabia se estava conseguindo.

- Você está... - Engoli a saliva que se formou e lambi meus lábios secos. - Você está perto do fim?

- Sim... eu queria tanto que estivesse aqui, eu queria gozar dentro de você, meter meu pau com força.

Sabor Melão (Sasunaru, Narusasu)Onde histórias criam vida. Descubra agora