Capítulo Nove

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Um barulho irritante e insistente continuava e não me deixava dormir. Esfreguei o rosto no travesseiro e forcei-me a abrir os olhos, Naruto estava abraçado, sua perna enroscada entre as minhas e o braço por cima das minhas costas.

— Hmm… — Nem ao menos tinha amanhecido direito e já tinha uma pessoa inconveniente ligando. Me estiquei para alcançar o celular no móvel de cabeceira e apenas apoiei na orelha. — Alô. — Não houve resposta. — Alô! — repeti mais irritado.

— Sasuke?

— Sim.

— Por que é você quem está atendendo o celular do Naruto?

— O que? — Sentei rapidamente arrancando um resmungo de Naruto por tê-lo empurrado. — Minato?

— O próprio!

— O que foi? Deita de novo, nem amanheceu. — Naruto agarrou minha cintura e puxou-me, mas eu estava tão paralisado quanto um poste.

— O que está acontec…

Em pânico, desliguei a chamada antes mesmo que Minato terminasse sua pergunta. Olhei para o celular, incrédulo pela minha própria mancada. O aparelho tocou novamente e dessa vez enxerguei claramente o nome “Pai” escrito no visor. Virei para Naruto e mostrei o celular enquanto ele tentava acordar.

— Teu pai está ligando. — Naruto pegou o celular e atendeu sem muita pressa.

— Oi, pai… Sim, eu sei… Esqueci, me desculpe… Ah, o tio Sasuke? — Naruto me encarou, mas ele realmente não parecia preocupado com nada. — Ficou tarde e acabei dormindo aqui… Só! O que mais seria?... Ok. — Naruto encerrou a chamada e jogou o celular ao lado. — Ele quer falar com você depois, tio Sasuke.

— Não me chame de tio depois de me foder a noite quase toda! — disse entredentes. Esse garoto! Porra, por que eu não olhei antes de atender?

Naruto riu daquele jeito gostoso e eu não achei a mínima graça. Essa conversa ia acontecer, é claro, mas eu vinha adiando. A falta de interesse por parte do Naruto sobre isso me deixava acomodado, mas também irritado. A verdade é que eu não podia cobrar, afinal, quem era amigo de longa data do pai dele era eu, então, logicamente, eu que teria que resolver.

— Então devo te chamar de Sasukezinho? — Abraçou-me e beijou o centro das minhas costas. — Ou talvez, Sas, ou Suke. Ou talvez… amor?

— Pare de palhaçada! — Levantei já sentindo a dor de cabeça. Mesmo que eu soubesse o que precisava fazer, não significava que queria fazer.

— Onde você vai? Deita aqui de novo, nem fizemos um sexo matinal.

— Não vai ter sexo matinal! — Esbravejei ao recolher minha cueca do chão e depois, um pacote rasgado do preservativo.

— Mas eu tô duro! — Tirou o lençol de cima e mostrou a ereção. Ele se alisou e se masturbou de leve. — Nem uma chupadinha?

— Não, Naruto. — Desviei o olhar e continuei recolhendo as coisas. Não foi surpresa ser agarrado por trás.

— Seu pau discorda. — Naruto alisou minha barriga até descer por meu pênis que já estava bem animado.

Suspirei respondendo ao seu toque, era inevitável não sentir. Ele beijou meu ombro, minha nuca.

— Sabe, depois de te ver engolindo meu pau daquele jeito guloso, fiquei com vontade de ser fodido também. — Fechei os olhos sentindo o vai e vem suave de sua mão e sua respiração quente em minha nuca. — Eu vi que ainda tem uma camisinha na sua gaveta. Quer usar?

Sabor Melão (Sasunaru, Narusasu)Onde histórias criam vida. Descubra agora