capítulo 1

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   Aemond sempre colocou sua família e causa em primeiro lugar, sempre apoiando seu avô e mãe como o filho certinho, o perfeito..... Até que Lucerys Velaryon entrou por aqueles portões de Ponta Tempestade como mensageiro de sua mãe. O pequeno bastardo o ignorou e ainda lê deu as costas, então ele sentiu a dor daquela noite borbulhando em seu estômago junto da fúria que só ele poderia entender.

   Então, em seu momento de loucura, ele deixou que Vhagar perseguisse o pequeno dragão pérola do Strong e no final, acabou que Vhagar matou os dois acima das nuvens e a guerra, de verdade, começou.

    Aemond depois de derrotar Rhaenys, perder Helaena e Jaehaerys, aceitou o desafio de seu tio, já sabendo que não voltaria para seu irmão e sua mãe,  pois Deamon Targaryen não seria Deamon Targaryen se o permitisse viver para conquistar mais aliados para seu irmão e derrotar sua amada esposa. Então os dois lutaram nos céus, Vhagar ao seu lado até o fim, enquanto Deamon e Caraxes os derrubavam no Mar Negro, naquele dia, por mais que ele perdeu sua vida com sua morte, ele levou Deamon Targaryen, o maior apoiador de Rhaenyra junto com ele e os dois morreram...... Ou foi nisso que ele acreditou.

    Ele sentia o seu corpo pesado e não via nada além de escuridão, até que seus olhos começaram a se abrir e imagens borradas apareceram em sua visão, imagens essas que começaram a se tornarem nítidas enquanto ele se acostumava com a luz do lugar, logo túnicas brancas e cinzas claras apareceram a sua frente enquanto um homem enrugado se suspendia encima de seu corpo e dele, olhando de lá para cá com seus olhos sábios, que só um Meistre tem.

    Então, outro som foi ouvido, como o de uma porta se abrindo rapidamente enquanto uma pessoa entrava e logo, o Meistre se levantou para saudar a pessoa que entrará, tentando explicar a situação até que o vestido verde esmeralda, junto de cabelos vermelhos, entraram em sua visão,  junto de lágrimas. Ele não era uma pessoa que mostrava carinho ou afeto desde o dia em que perdeu seu olho, pois ele sabia que se mostrasse a sua "fraqueza" como mostrou naquela noite, os abutres que o rodeavam o iriam destruir rapidamente, então para se mostrar forte, impiedoso e enigmático, adotou um personagem que luas depois, fora apelidado pelo povo com Aemond, O Caolho e então histórias na corte, na cidade e mas ruas, sobre a sua crueldade, começaram a se espalhar.

    Mas antes que ele pudesse sair de seus pensamentos, braços confortáveis o rodearam cuidadosamente e delicadamente, ele foi recebido com olhos chocolate brilhando com lágrimas contidas, bochechas vermelhas de tanto chorar e um sorriso triste de sua mãe, que continuava igual, cabelos cacheados e vermelhos, pele branca e olhos marrons chocolate até em seu vestido verde esmeralda com emblemas dourados no peito, que brilhavam. Então ele sabia, essa é sua mãe e ele havia sobrevivido de alguma forma ou estava sendo torturado pelos deuses, com uma falsa presença de sua amada mãe.

"Aemond, meu filho, você está......", tentava fórmula uma frase, enquanto abraçava Aemond mais forte.

"Mãe, ah.....", tentou falar sem conseguir, por sentir dor no olho direito como em sua garganta.

"Vossa Graça, é aconselhável que deixemos o príncipe descansar por mais alguns dias, antes de o encherem com perguntas ou..... Toques.", aconselha um dos meistres.

"O Meistre Hermam tem razão, Vossa Graça não se preocupe, o príncipe está sendo muito bem cuidado pelos guardas, ninguém entrará sem uma permissão de tua Graça.", afirma Sor Criston.

   Olhando para o seu guarda juramentado e para o Meistre, Alicent se separou lentamente de Aemond enquanto o ajudava a se deitar novamente nos travesseiros.

"Meu doce menino, eu tenho que sair por agora, mas voltarei para te ver e quebrar o jejum pela manhã, está bem.", explicou acariciando o braço de seu garoto.

   Ele tentou responder, mas vendo que seu movimento na boca só piorava a dor decidiu por balançar lentamente a cabeça em concordância com as palavras de sua mãe.

"Bom...... Meistre Hermam, deixo a saúde e segurança de meu filho em suas mãos.".

"Não se preocupe Vossa Graça, o príncipe está seguro e estará bem em alguns dias.", afirma o meistre.

    Com essa afirmação, a rainha relaxou os músculos consideravelmente e se permitiu uma olhada de despedida para seu filho, antes de deixar o aposento seguida por Criston, então aliviado, Aemond se permitiu uma olhada em volta enquanto o Meistre se afastava, os aposentos não lê eram conhecidos em nada, mas lembravam a descrição de livros antigos de Dragonstone, o aposento era maior do que o seu antigo na Fortaleza Vermelha, ele era de pedras cinzas com dragões desenhados em quase todas as paredes, considerando que uma dessas paredes tinham aberturas enormes por onde se podia ver o lado de fora do aposento e era por onde o sol entrava.

    Haviam muitos móveis também, como velas em lustres, no chão e uma lareira no  canto direito onde os degraus e as portas permaneciam fechadas, com duas pilastras de cada lado  e em sua cama, os lençóis eram cinza desbotado, preto, cinza escuro e um pouco de branco diferente da Fortaleza e então seu olho começou a pinicar, a arder e o meistre tomou isso como a deixa de se aproximar com as pomadas, remédios e água morna.

      A limpeza foi rápida e dolorida, mas o bom é que depois que eu tomei o remédio, ele agiu rápido me fazendo dormir pesado e profundamente, então foi uma surpresa quando eu acordei no meio da madrugada sentido desconforto com ardência nos olho machucado,  enquanto percebia estar em uma posição sentada, com as costas encostadas em algo muito áspero, como se fosse madeira além de estar sentindo uma dor  nos braços e pernas, que logo tentei mexer sem sucesso e acabei por perceber, eu estava amarrado em uma carroça que estava balançando demais e como se não bastasse isso, havia um pano amarrado na minha boca, o impedindo de falar ou gritar.

  Espero que gostem da leitura,
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O Herdeiro DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora